quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um Erro Intencional Providenciado De Cima


Antes da quebra, havia um vaso que queria receber a Luz para doar (Adão e Eva). Mas havia um lugar neste vaso chamado coração de pedra que era impossível de corrigir. A Luz Superior não podia entrar nele. A Luz Circundante não podia entrar nele também. Então, como era possível corrigi-lo? Afinal de contas, ele é toda a essência da criatura.

Acontece que eu tenho um desejo de receber que é oposto ao Criador, a Luz Superior, que não pode entrar nela. Isso entraria em contradição com a lei de equivalência de forma, e depois de tudo, diz-se: “Ele deu uma lei que não pode ser quebrada”, o próprio Criador não quebra Suas próprias leis. As leis foram determinadas, e toda a realidade, toda a criação, existe de acordo com essas leis.

Portanto, o que podemos fazer? Como pode a criatura ainda ser corrigida e tornar-se semelhante ao Criador? Como ela pode tomar a forma do Criador, se a Luz Superior não pode sequer tocar o coração de pedra de acordo com as leis da restrição e da falta de equivalência de forma? Ela nunca pode fazer isso, uma vez que o coração de pedra é a essência da criatura.

A quebra foi necessária; ela foi necessária para confundir a criatura, a fim de que ela desejasse receber a fim de doar, como se isso fosse possível no coração de pedra. Assim é como o Criador organiza a criatura e esta aceita esta ação em devoção absoluta. A Luz Superior lhe dá essa sensação pelo Partzuf que ela criou no qual a cabeça do Partzuf pertence à Bina e o corpo pertence à Malchut. Ela pretende usar todos os seus desejos em prol de doar em sua cabeça; isto é Bina pura, doação pura. 
Então ela não sente que há uma chance para que isto dê errado ou falhe, mas ainda assim ela falha.

Não foi um erro ou uma falha; não dependeu da criatura, mas também foi intencionalmente providenciado de Cima. Mas a incorporação mútua dos vasos de Bina e dos vasos de Malchut ocorreu como resultado da quebra. A principal coisa é que isso permite a continuidade da purificação de todos os vasos, exceto o coração de pedra.

Este é um ponto muito delicado que devemos pensar, “a vantagem da Luz sobre a escuridão”. Nós purificamos as primeiras nove Sefirot, todos os seus discernimentos, exceto o coração de pedra, que está “na razão”, no ego, que nós não purificamos. Mas ao purificar tudo ao seu redor, eu conheço o coração de pedra, e com isso conheço o próprio Criador dentro dele.

Assim, nós realizamos a correção sem corrigir o nosso próprio desejo. Mas nós temos que diferenciar e extrair dele tudo o que pudermos, deixando apenas o verdadeiro coração de pedra no qual não há mais nada que possamos corrigir. Como resultado desta purificação, nós descobrimos a forma do coração de pedra, em contraste com a forma do Criador e chegamos ao fim da correção.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/07/13, Escritos do Baal HaSulam 

Por Que Você Precisa Deste Problema?

Por Que Você Precisa Deste Problema?

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tanto Com Uma Linha Como Também Com Círculos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Hoje praticamente tudo está se deteriorando em direção à gestão rígida e totalitária. Essas empresas realmente demonstram o máximo de eficiência e o mínimo de conflitos dentro da coletividade. Pode o método integral alterar a estrutura de gestão das empresas?

Resposta: É impossível ter apenas um tipo de estrutura, porque o sistema integral é circular, analógico. Isso só é possível numa coletividade onde todas as pessoas se encontram no mesmo nível e trabalham cooperativamente.

Numa empresa ou numa fábrica deve haver uma hierarquia que tenha o direito de comandar todos os elos, mas em cada nível as pessoas precisam estar organizadas em círculos integrais.

Portanto, uma coisa não contradiz a outra. Pelo contrário, grandes coletividades como estas devem ser construídas tanto com uma linha como com círculos.

Juntamente com isto, em todas as circunstâncias, sistemas de controle darão instruções, porque as pessoas que passaram por esse aprendizado único e que trabalham lá sabem, entendem e pensam sobre tudo, e estão no comando, porque elas têm sabedoria, força de vontade, desejo e a capacidade de assumir a responsabilidade para si.

Para o resto das pessoas, não; elas são especialistas em alguma área específica. Para se sentir como pertencentes ao nível do conhecimento superior da natureza, elas passam pela formação integral, e isso as torna capazes de se unir para um trabalho cooperativo sem prejudicar o outro.

Em coletividades como estas, a produtividade aumenta, elas começam a entender o outro com meia palavra, e a probabilidade de erro num projeto particular diminui ao mínimo, porque todos vivem em prol de um objetivo.

De KabTV “Através dos Tempos” 20/03/13

terça-feira, 16 de julho de 2013

O Progresso É Fácil Quando Tudo Está Pronto



Dr. Michael Laitman
O ser humano tem uma característica única que não existe em nenhum animal: se ele quer comer algo doce, ele vai misturar isso com algo salgado, ou seja, com um gosto oposto. O princípio da “vantagem da luz sobre a escuridão” é expresso nele significativamente. Mesmo no nível animal existe um fenômeno como este, mas num grau muito limitado.

A mesma coisa acontece nos estados pelos quais nós passamos, e há muito estados bons e agradáveis entre eles, embora os percamos mais tarde sem prestar atenção. O sentimento gradualmente desaparece e eu não sinto a perda. Falta-me a consciência de sua importância e a incessante preocupação de que devo proteger este sentimento.
Então, por que eles me levam a este estado e não me deixam perceber a sua importância e permanecer nele? É por isso que eu atingirei um estado ainda maior. No entanto, eu não sinto nenhuma necessidade de um estado mais elevado; não tenho apetite por ele, não há “aperitivos” que aumentarão meu apetite. Portanto, eu mesmo preciso construir um desejo adicional dentro de mim de modo que não ficarei satisfeito com o estado atual.
Isto é muito difícil. Só se eu quiser expandir o meu desejo de doação, existirá uma possibilidade como esta, graças ao ambiente. Mas se isto se refere ao desejo de receber, isso é totalmente impossível. Por isso, eles nos dão um estado de descida.
A descida pode acontecer desta maneira. Eu não posso ser satisfeito no estado atual e quero acrescentar a ele. Eu me comparo com o ambiente e vejo que os outros avançam em doação mais do que eu. Desta forma, o vazio é formado em mim, e eu aspiro a uma doação maior sem uma descida. Isto é, o ambiente forma uma impressão de descida em mim, e eu já não preciso de uma descida verdadeira.
E se eu não sinto a descida através da comparação com os outros e não vejo que eles doam mais do que eu, então eles me dão uma descida verdadeira e acrescentam ego a isto, um desejo de prazer acima do qual eu devo ter sucesso em trabalhar e levar à forma correta. Este é um processo demorado que continua por um longo período de tempo.
Esse desejo que eu finalmente atinjo, depois de trabalhar no meu ego após a descida e levá-lo até a forma de doação para o próximo nível, eu poderia ter recebido já pronto do ambiente e usado imediatamente! Pensem nisso!
Especificamente neste lugar eu preciso me esforçar, e não tomar o caminho mais longo da primeira descida e só depois ser despertado por aquilo que é ruim para mim. Porque daí eu serei forçado a cair neste mundo, em seus desejos egoístas, até finalmente ser despertado e lembrar que preciso aspirar à doação, e me voltar ao grupo de estudo. Este é um caminho muito longo.
Em contraste a isto, se eu me exponho à influência do ambiente, a inveja e a ambição me expulsam “deste mundo” da situação anterior. Mesmo que eu me encontre num excelente estado e tenha alcançado a subida, eu posso descrever isto para mim como uma descida em relação ao estado do ambiente que parece superior e mais bem sucedido para mim. Todos os amigos parecem grandes para mim, mais elevados.
Pode ser que neste momento o desespero seja despertado em mim, uma sensação da minha inferioridade em relação aos outros, a inveja material mundana de que eles têm êxito e eu não. No entanto, isso só vai me estimular e despertar, e daí é muito fácil passar para a inveja espiritual e se deixar levar por eles, querer trabalhar com eles e ser como eles. Isso já é um estado de “Lo Lishma“, após o qual a Luz que Reforma aparece imediatamente e nos ajuda a avançar.
Seja como for, a vantagem da luz é conhecida apenas a partir da escuridão, e não acreditem que seja possível encontrar o mundo espiritual sem esforço. E vice-versa, não acreditem que alguém faça um esforço e não encontre! A satisfação é determinada apenas pelo Kli (vaso), e não importa onde nós obtemos este Kli: nós mesmos o construímos durante o trabalho difícil em nós mesmos com a ajuda do ambiente ou o recebemos pronto do  ambiente?
Em última análise, o meu Kli é encontrado entre os amigos, no ambiente, que é onde a minha alma se encontra. Portanto, não faz diferença se estou imerso em mim mesmo, no meu ego que desperta estados opostos em mim e por isto me obriga a me voltar ao ambiente, a passar por atividades externas fora de mim mesmo, a fim de estar conectado a algo com todos os outros, ou se eu recebo imediatamente deles a aspiração correta, graças à inveja e atinjo facilmente o mesmo objetivo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A Refeição É Um Momento De Contemplação



Dr. Michael Laitman
Pergunta: Suponha que nós unimos as pessoas no centro de acordo com o sistema integral. Nós temos worskhop, jogos de conexão e uma refeição em conjunto. Como devemos nos preparar para a refeição?

RespostaA refeição é o momento de uma séria contemplação, já que a pessoa só pensa para quê, por que, a quem está conectada durante a refeição, e como ela faz agora para se satisfazer física e espiritualmente?
O nosso sistema digestivo é feito de certas partes. Por que temos 32 dentes? Isso decorre das 32 fontes de sabedoria. Por que nós trituramos a comida quando a mastigamos com os dentes e depois a engolimos?
É interessante aprender como nossa garganta é construída, uma vez que tudo se concentra nela. Nenhum animal é construído dessa forma.
Por que o homem é chamado de “falante” e não apenas o “que anda ereto?” Um avestruz também tem duas pernas, mas não é chamado de “falante”.
A questão é que o nosso sistema digestivo é curiosamente completo e graças a ele nós somos diferentes do mundo animal. O nosso sistema digestivo, que é animal em sua essência, tem uma adição interessante: a garganta e as cordas vocais que são gerenciadas pelo cérebro que é nossa parte mais elevada.
Tudo o que eu digo vem do cérebro e é gerido de forma consciente, não por instinto! Aliás, é tão curto (que vem da palavra, curto-circuito) e intrinsecamente conectado: qual a energia que eu uso quando falo, qual é o conteúdo dos sons que produzo. Eu também posso gerenciar cinco tipos de sons da minha garganta usando a garganta, a língua, os lábios, os dentes e o palato. Eu também aciono os pulmões em relação à garganta, que também são feitos de cinco partes, e assim por diante.
Isto significa que não estamos apenas falando sobre o sistema digestivo, mas que ele está conectado com a parte mais central e importante no corpo humano (razão pela qual somos chamados de “falante”), e nós conscientemente cortamos esta parte quando comemos. Contudo, outras partes do sistema são ativadas com exceção desta.
O sentido do olfato desempenha um papel importante no processo de alimentação. Nós devemos acrescentar aromas para sentir o gosto e o cheiro dos alimentos.
Cada tipo de alimento deve ter seu cheiro típico,  por isso os aromas,  como as especiarias, são a parte principal do alimento. Nós não conseguimos sem sal e pimenta, e sem compor os atributos de diferentes sabores. Nós podemos, é claro, pegar algumas folhas insípidas e comê-las. Obviamente, nós receberemos vitaminas delas, mas também precisamos de certos atributos dos sabores e cheiros que nos influenciam. Isto é essencial.
O sistema auditivo também afeta o sistema digestivo – determinada música que está sincronizada com o sistema digestivo e o complementa num nível diferente. Assim, a satisfação dos cinco sentidos faz uma refeição.
Em outras palavras, comer uma refeição é chamado de “satisfação” de uma pessoa através de todos os canais possíveis.
De KabTV “A Medicina do Futuro”, 07/04/13

terça-feira, 9 de julho de 2013

O Criador É Sempre O Bem Absoluto

Baal HaSulam, “A Essência da Religião e Seu Propósito”: … O Criador é, em Si mesmo, completo e não precisa de ninguém para ajudá-Lo a completar, uma vez que precede tudo. Portanto, é claro que Ele não tem qualquer desejo de receber. E como Ele não tem desejo de receber, Ele é fundamentalmente desprovido de um desejo de prejudicar alguém; simples assim.

Além disso, é completamente aceitável para a nossa mente como o primeiro conceito, que Ele possui um desejo de doar bondade aos outros, ou seja, às Suas criaturas. E isso é evidentemente demonstrado pela grande Criação que Ele criou e pôs diante de nossos olhos. Porque neste mundo há seres que inevitavelmente experimentam um sentimento bom ou ruim, e esse sentimento vem necessariamente a eles do Criador. E uma vez que é absolutamente claro que não há nenhum objetivo de prejudicar na natureza do Criador, isto exige que as criaturas recebam apenas bondade Dele, pois Ele as criou apenas para lhes doar.

Assim, nós aprendemos que Ele tem apenas o desejo de doar bondade, e é absolutamente impossível que qualquer nocividade possa permanecer em Seu domínio, que possa irradiar Dele. Por isso é que temos definido Ele como “o Bem Absoluto”. E depois que nós aprendemos isso, nós vamos dar uma olhada na realidade atual que é guiada por Ele, e como “Ele doa apenas bondade a eles”.

Nós não vemos dessa forma. Para nós, parece que tudo está de cabeça para baixo neste mundo. Comparado à natureza inanimada, vegetal e animal, o nível falante sofre muito mais do que os outros. Quanto mais avançada for a pessoa, maiores serão suas angústias. Então, onde é que vamos ver o “Bem Absoluto” aqui?

Isto se aplica a outro nível de existência, a um plano de vida diferente. Aqui, não há vestígios do Bem Absoluto, nem podemos esperar que, em algum momento, as coisas se tornem melhores. Pelo contrário, ao longo da história, nós avançamos unicamente pelo mal. A verdade é que nós nos desenvolvemos a fim de compreender a nossa inclinação ao mal, que é construída em nossa natureza, nossas propriedades. Não importa exatamente onde, porque dá no mesmo. É por isso que é inútil ter esperança ou esperar por coisas positivas neste mundo.

Quanto ao Bem Absoluto (o Criador) e nossa conexão com Ele, nós somos incapazes de sequer fantasiar sobre isso, uma vez que somos limitados por nossos limites atuais. Isso não tem absolutamente nada em comum com este mundo. Não há nenhuma ligação entre este reino e a força superior. Tudo o que temos aqui é o desejo de receber que continua a mudar. No entanto, não há nenhum “Bom que faça o bem”, nenhuma “Benevolência Absoluta”, nenhum Criador!

O objetivo deste mundo é revelar o fato de que não podemos tolerar este reino por mais tempo. O truque é que devemos revelar este fato e divulgar as razões que causam este estado. Não só eu estou com dor e clamo por isso. Esta dor deve explicar por que passo por isso e como me livrar disso.

Caso contrário, eu vou controlar a minha dor para chegar a um estado melhor. Isso não significa que não haverá dor na minha vida, embora eu vá chegar a um nível diferente, mais elevado de conhecimento, compreensão e percepção, que me permitirá me controlar usando minha aspiração ao deleite e à aflição como as rédeas para o autocontrole. Nesta fase, eu não quero me livrar do sofrimento ou me divertir. Eu começo a entender e a esclarecer exatamente o que deveria aspirar. Independentemente da minha aversão à aflição e do meu desejo de ser feliz, eu ainda quero me comportar corretamente. Gradualmente, ao perseguir este caminho, eu provo o que significa “corretamente”.

Este tipo de análise inicia no nosso estado atual e continua de um estágio para o outro. Gradualmente, nós começamos a reconhecer as características potenciais do Bem Absoluto. Leva muito tempo e uma grande quantidade de esclarecimento. É um processo que torna isto possível para nós, para definir o que é bom e o que é ruim.

Então, nós consideramos estes conceitos não apenas com base no que sentimos, mas propositadamente. Assim, nós podemos avançar. Nós subimos acima da análise “animal” do que é bom e o que é ruim, que é baseada em nossas sensações positivas ou negativas. Em vez disso, nós mudamos para uma análise humana que relaciona tudo à meta superior. Nós colocamos a meta superior à frente de tudo. Somente através da meta superior nós podemos distinguir entre o bem e o mal.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/07/13, “Não Há Outro Além Dele”


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Julgamento E Misericórdia Na Cozinha Da Familia



Dr. Michael Laitman
Eu recomendo workshops, discussões conjuntas e exercícios práticos para os casais. Comecem com a pergunta: “O que significa ‘um está incluído no outro’  do ponto de vista do julgamento e do ponto de vista da misericórdia?”

Julgamento significa agir pelo bem do meu ego, e misericórdia significa agir pelo bem do ego da minha esposa. Minha tarefa agora é esclarecer o que significa a “linha média”, onde eu constantemente tento manter um equilíbrio entre julgamento e misericórdia. Ou seja, eu tento doar à minha esposa tanto quanto possível, mas faço isso para obter um bom exemplo dela, para receber uma boa reação, ou seja, um bom relacionamento dela.
Se eu estou preocupado apenas comigo isso é chamado de “linha esquerda”. Se eu levar em conta o ego da minha esposa e estiver pronto para cumprir tudo o que ela me pede, isso é chamado de “linha direita”. Em outras palavras, a linha esquerda é o julgamento e a linha direita é a misericórdia.
A linha esquerda ou julgamento são todas as exigências que eu apresento à minha parceira e quero que ela as satisfaça. A linha direita ou misericórdia são todas as exigências da minha esposa sobre mim. Portanto, é claro que o julgamento e a misericórdia, a linha direita e a linha esquerda, se contradizem.
E quando eles vão parar de lutar entre si e conseguir receber satisfação plena? Isto é possível se a pessoa se torna serva do outro. Ou seja, com uma decisão unilateral onde eu recebo a minha esposa para ser minha serva e a conquisto, de modo que ela vai me obedecer ou ela faz isso por mim.
Mas há uma oportunidade para nós dois nos satisfazermos de uma forma aperfeiçoada, muitas vezes superior do que através da servidão do parceiro. Para isso, é necessário que cada um inclua o ego do outro. Faz sentido que nós precisemos trabalhar apenas na conexão entre nós. Quanto mais eu posso satisfazer o ego da minha esposa e ela ao meu, mais nos satisfazemos.
Como não perder o equilíbrio? Para fazer isso, nos precisamos nos manter num sentimento compartilhado de conexão entre nós, num determinado ponto de equilíbrio, como se nos situássemos na ponta de uma agulha. Nós precisamos de um ponto de conexão como este, uma gota de unidade, que exige reciprocidade para não exceder e perder o equilíbrio.
Aqui nós precisamos de um sentimento compartilhado chamado “acoplamento”, onde ambos estão unidos com um único desejo de doação mútua em prol de uma conexão recíproca. Nós agarramos o ego um do outro como um meio onde, através de sua satisfação, construímos a conexão entre nós. Assim, o ponto compartilhado que nos conecta é chamado de “tela”.
Nós dois estamos conectados com o desejo mútuo de satisfazer um ao outro e tentamos não perder o equilíbrio, ao nos sentir todo o tempo como um todo. Este sentimento é renovado e fortalecido em nós o tempo todo: novos pensamentos e sentimentos estão sempre aparecendo em nós, movendo-nos para frente. Nós nunca ficamos no mesmo lugar.
De KabTV “Uma Nova Vida # 46″ 01/08/12

terça-feira, 2 de julho de 2013

Prazer Por Meio Da Rejeição Do Ego



Dr. Michael LaitmanPergunta: Entre os meus conhecidos que passaram pela guerra no Afeganistão, lembranças muito claras da guerra permanecem. Lá, houve morte, sangue e lama, e de repente eles têm memórias destas coisas. Uma classe, um pelotão ou uma empresa, representam uma espécie de grupo Cabalístico onde eles passam “bolas vermelhas” entre os amigos?

Resposta: Entre as pessoas, há aquelas que estão conectadas a esses tipos de relacionamentos. É quando elas percebem que não têm nada para pensar, exceto na salvação mútua em comum, quando cada uma vê que não pode salvar a si mesma, mas é completamente dependente das outras. Então, sentindo umas às outras, elas se tornam de algum modo um grupo Cabalístico.

Não importa que elas não saibam e não entendam o método espiritual. Algum tipo de transformação acontece aqui, um desprendimento do ego que não tem mais um lugar, e você entende que é você ou outra pessoa, não faz diferença se você é melhor do que outra pessoa. Aqueles que experimentam momentos extremos como estes reconhecem o sentimento do auto-sacrifício que aparece devido à interdependência.

Eles experimentaram o prazer através da rejeição do ego e, portanto, lembram-se deste tipo de calor proveniente dele. Esse tipo de liberdade, esse tipo de descanso, é impossível sentir na vida cotidiana; nós voltamos a ela e ela se prende em nós de novo.