sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Propósito Da Vida É A Auto-Realização Espiritual


Dr. Michael LaitmanPergunta: Ao estudar Cabalá, nós nos transformamos de “Nações do mundo” em “povo de Israel.” Se eu entendi corretamente, ao alcançar a realização espiritual nós obtemos maior sofrimento do que as “Nações do mundo”? Ou será que entendemos a relação de causa e efeito?

Resposta: Eu tenho muitos amigos da escola, universidade, com quem às vezes mantenho contato. Eles são pessoas normais, desenvolvidas, mas não me entendem. De qualquer forma, eu não negligencio nenhum deles; eu os aprecio e os amo, mas nós somos apenas pessoas diferentes.

Então, nós não podemos avaliar a nós mesmos em relação aos outros. É mais fácil para uns e mais difícil para outros; todo mundo tem seu próprio destino. A única coisa que uma pessoa deve fazer é realizar a si mesma.

Você não deve invejar ninguém, dizendo: este é sortudo, veja como ele é rico; e este aqui é um preguiçoso, mas tudo é mais fácil para ele; um terceiro nasceu “com uma colher de prata na boca”. Isso não vai ajudar. Isto sugere que você apenas não sabe como realizar a si mesma. A pessoa tem que aprender!

Pegue seu desejo mais profundo, mais verdadeiro e nostálgico, e comece a ser você mesmo. Você verá que este é o melhor que pode acontecer. É improvável que você vá ser feliz se trocar de lugar com alguém. Somente ao se realizar, tornando-se semelhante ao Criador, você estará completamente satisfeito.

Quanto mais a pessoa segue adiante, quanto mais avança, maior vazio emerge nela. Mas esses vazios tornam-se repletos de discernimentos, um sentido de eternidade, perfeição, vida eterna, uma sensação de Infinito. A pessoa vê o universo de uma ponta à outra.

Por exemplo, uma pessoa normal neste mundo, um pastor que anda com as vacas no campo, assobiando, sentindo-se bem, vivo, sem preocupações em sua cabeça. Nós podemos ter inveja dele? Sim, é claro. Mas inveja do quê e até que ponto? Afinal, chegará um momento quando ele vai realizar seu programa.

Portanto, não pense no sofrimento. Realize-se! Caso contrário, no fim das contas, você amaldiçoa o Criador por ter criado você. O que poderia ser pior do que isso? Então, vamos ser gratos!

Da Convenção em Novosibirsk 09/12/12, Lição 5

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

As Faces Do Faraó

Os vasos de doação, que uma vez foram separados, caíram nos vasos de recepção, e agora são encontrados lá, sob seu controle. Este estado é chamado de “exílio” e se expressa no fato de que o desejo de receber está utilizando a qualidade de doação com a intenção de doar na intenção de receber.

Isto é, o “exílio” é um conceito espiritual que não é simples. Eu o alcanço verdadeiramente quando sei que doo ao Criador a fim de receber prazer Dele. Eu sou todo Klipa, e isso quer dizer que estou no exílio, num nível espiritual muito alto de uma conexão contaminada com o Criador. Existem apenas duas forças: de recepção e de doação. E eu, a força de recepção, recebi a força de doar, a retenho e a utilizo para o meu próprio prazer.

Hoje, no entanto, eu não sinto que estou no exílio; ao contrário, eu me identifico com o desejo de receber. Se eu me identificasse com o desejo de doar, eu teria dito que estou no exílio, sob o controle do Faraó, ou seja, do ego. Cada vez que eu quisesse doar, eu teria subitamente sentido que atuo em prol de receber.

Nós podemos dividir o exílio do Egito em fases, de acordo com o sentimento do exílio. Baal HaSulam escreve sobre isso em sua Carta 14: E a questão é que a medida que o povo de Israel pensava que o Egito o escravizou e o perturbou no seu trabalho para o Criador, na mesma medida ele realmente estava no exílio egípcio. Tudo depende do “usuário”, aquele que recebe e sente. Por exemplo, quando Moisés matou o Egípcio, os Judeus o denunciaram. Eles não sentiam que estavam no exílio, mas ao contrário, era Moisés e não o Faraó que tornava suas vidas difíceis.

Portanto, quando aconteceu a quebra, os vasos de doação, ou as almas de Israel que são chamadas de Yasher Kel (ou seja, a intenção de doar), caíram nos vasos de recepção, na intenção de receber. Mas isso em si não quer dizer nada. Nós precisamos de esclarecimento, com o qual seremos capazes de nos identificar tanto com os vasos de recepção quanto com os vasos de doação. Se no Egito eu me identifico com os vasos de recepção, eu estou florescendo, como o Faraó que está construindo belas cidades (Pitom e Ramsés) para si.

Por outro lado, para aquele que quer chegar à doação, essas são cidades pobres, perigosas: “Talvez não sejamos capazes de sair do controle do ego, do controle do Faraó!”.

Portanto, nós devemos entender onde estamos. A pessoa que tem um ponto no coração, que já anseia pela sabedoria da Cabalá, a revelação do Criador, precisa sempre verificar a si mesma: “O que em mim prevalece agora, o desejo de receber ou o desejo de doar? Se for o desejo de receber, então eu sou um trabalhador do Faraó; se for o desejo de doar, então eu sou ‘Israel no exílio’”.

Este é o primeiro discernimento. Depois disso, se a pessoa o desenvolve, ela finalmente sai o exílio. Como o Rabash escreve no Shlavey Sulam (Os Degraus da Escada) (1985/1986), Arrtigo 6: Verifica-se, que o exílio é o estado do Kli, e a redenção é a Luz e doação. É exatamente de dentro dos problemas, quando sentimos que estamos sob este controle, que o novo vaso começa a se formar, com o qual a pessoa sai do exílio. Não há vasos prontos; “vasos” são novos discernimentos que geramos a partir do trabalho no Egito, no exílio, as quatro fases, que no final criam um desejo completo que sente que isto se tornou a redenção para nós.

Na verdade o que é a fuga do Egito? De quem você está fugindo? Do desejo de receber? Não, ele permanece do mesmo modo que o desejo de doar permanece. Então, por que Faraó se inverte?

Na primeira fase, o grupo de Abraão saiu da Babilônia, ou seja, do desejo de tirar vantagem do Criador para seu próprio bem. Em outras palavras, os vasos de doação fizeram uma “restrição” em seu desejo de receber, que na época não podia ser corrigido, e eles se separaram dele. Mais tarde, esse desejo cresceu – apareceu Isaac, que representa a “linha esquerda”, e ele se separou de Esaú. Cada vez o desejo de receber é acrescentado a nós, e nós fazemos esclarecimentos e nos desconectamos dele, deixando-o para o futuro, até que sejamos capazes de trabalhar com ele.

Nós só adicionamos a nós mesmos, à intenção de doar, os vasos que somos capazes de corrigir.

Portanto, o “Faraó” é um desejo de receber muito grande que veio depois que o povo de Israel se preparou para o novo estágio. Primeiro eles completaram o próximo nível no desejo de receber chamado “Jacó”. Então, a necessidade de continuar a crescer foi criada, que é chamada de “fome na terra”, e eles desceram para o Egito.

No início, o Faraó era bom e a vida do povo de Israel no novo lugar era boa. Eles sentiram que o acréscimo do desejo de receber não atrapalhava o desejo de doar. Assim, num primeiro momento, eles conseguiram viver no Egito: eles controlavam seu desejo de receber. Portanto, este não era o exílio, mas “sete anos de saciedade”.

Mais tarde, quando os filhos de Israel se conectaram ao novo vaso, este se transformou em “sete anos de fome”. O desejo de receber continua a crescer, e em algum momento, eu não sou capaz de fazer nada com ele. Lentamente ele “me engole” e me coloca no desejo de doar a fim de receber. O Faraó toma cada vez mais dos filhos de Israel, e eles são impotentes contra o seu controle. Este desejo simplesmente os engole, como um crocodilo, e nada é deixado de doação, e o Faraó cresce. Finalmente, da escuridão total, o ponto no coração desperta em nós: Moisés que nos tirará do Egito.

Este é o caminho do desejo de receber, e estes são os discernimentos típicos por ele. A história toda é desenvolvida dentro do desejo. Depois de sair da escravidão no Egito, chegamos ao “Monte Sinai”, a montanha do ódio (Sina). Este é o mesmo Faraó, só que de uma forma diferente. Mais tarde, repetidamente, somos confrontados com o egoísmo crescente. Cada vez de uma forma diferente, e isso nos permite continuar a fazer as correções.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/11/12, “Exílio e Redenção

do blog do Dr Michael Laitman As Faces Do Faraó

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Método De Evocar O Amor

Dr. Michael LaitmanNós vemos que o mundo carece de unidade. O mercado comum europeu pode servir como um exemplo brilhante disso. Os europeus se esforçaram para criar a unidade, mas esqueceram que ela deve ser apoiada pelo desejo e boa vontade de se conectar entre pessoas, países e nações.

Não basta estabelecer ligações financeiras, industriais e comerciais. As coisas não funcionam sem a intervenção humana. Hoje, de forma a tornar o negócio rentável, temos que manter boas relações com os empregados, passar fins de semana com eles e suas famílias, abrir creches, e assim por diante. Muitas coisas carecem de um elemento humano.

No entanto, os arquitetos da Europa não levaram em consideração o fator humano. Eles não incluíram a educação integral em seu programa. Eles não têm ensinado as pessoas a se unir e se tornar uma entidade, em vez de simplesmente participar de um mercado comum. É por isso que os seus projetos falharam.

Em Israel, nós devemos considerar tais coisas. A correção deve ser feita através dos meios de comunicação. Eu falei sobre este fato no fórum em Arosa há seis anos. Nós devemos envolver televisão, rádio, imprensa, internet, programas educacionais, e cursos no local de trabalho e nas escolas. Temos que construir um ambiente que vai lembrar as pessoas da necessidade de se unir para sobreviver.

Não se trata de serem educados entre si, como os adultos que pedem as crianças pequenas para parar de brigar. Nós estamos diante de uma escolha muito difícil: ou vamos para o caminho da discórdia ou escolhemos o caminho da unidade. Levando em consideração as ferramentas de destruição que temos à nossa disposição, é extremamente perigoso escolher a primeira opção.

Pergunta: Que dificuldades o povo de Israel vai enfrentar se não aspirar à unidade?

Resposta: Os profetas previram coisas muito desagradáveis. O povo de Israel vai implantar a sua predeterminação de qualquer maneira, mesmo que isso exija uma enorme pressão e situações difíceis.
Diz-se que a aflição potencial não é limitada pela próxima guerra mundial. Como está escrito nas Escrituras Sagradas, “As mãos das mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos. Eles serviram de comida para elas”. Péssimos comentários são dados a este respeito. Todos eles são feitos para obrigar o povo de Israel a cumprir sua missão de corrigir o mundo.

O povo de Israel tem que perceber que ninguém mais no mundo tem autoridade, exceto ele, nem ninguém mais tem a chance de realizar esta tarefa. As explicações que são dadas às outras nações são necessárias somente para fazê-las compreender o papel do povo de Israel, e depois obrigar o povo de Israel a agir de boa-fé, evitando catástrofes, empurrando-o para começar a fazer o seu trabalho.

Como a nossa correção tem uma natureza comum e recíproca, o povo de Israel deve elucidar e disseminar o conhecimento disto e implantar o método da educação integral, que explica como unir e onde começar o processo. Nós conduzimos nossas atividades em Israel para demonstrar que isto é possível e para iniciar esta prática.

Em todos os lugares que vamos, nós tentamos organizar mesas redondas e criar uma atmosfera de colaboração. Isso se aplica não só aos judeus, mas a todos os que vivem aqui. Todos os nossos vizinhos e o mundo inteiro devem entender que isto é possível.

O objetivo do povo de Israel está intimamente ligado à correção do mundo. Como está escrito: “E vocês serão para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa”, o que significa que as centelhas de doação e amor devem se derramar sobre todas as nações através dos filhos de Israel. Se este país não optar por agir em conformidade e não transmitir a Luz ao mundo inteiro, vai ser privado de seu papel no cenário mundial e, assim, vai se transformar em uma parte desnecessária.

O princípio do “amai ao próximo como a ti mesmo”, é a base do povo Judeu. Isso tem sido preservado desde que Abraão o formulou pela primeira vez. No entanto, estas não são apenas palavras bonitas, mas uma metodologia real de conquista da unidade que permite a agitação do amor de outras nações e, consequentemente, a união, de forma que todos se tornem como “um homem com um coração”.

O método é bastante simples. O egoísmo (a linha esquerda) está se desenvolvendo rapidamente dentro de nós, mas nós temos que chegar à linha média. Para isso, nós nos sentamos numa mesa redonda, ou sem ela, em grupos de 10 pessoas e começamos a falar sobre unidade e solidariedade. Ao mesmo tempo, cada um dos nós diminui a sua linha esquerda (ego) e nós aumentamos a parte que está orientada ao amor e à conexão com os outros. Como resultado, a linha esquerda diminui, ao passo que a linha direita se move para cima.

Então, enquanto estamos aplicando esforços para nos unirmos, vemos que isso é possível por causa do poder do amor (a linha direita), que governa entre nós. Se acontecer de nos unirmos, vamos resolver os problemas que são causados ​​pelo nosso egoísmo, ou seja, em nossa linha esquerda. Quando isso acontece, não é tão complicado combiná-los, e desta combinação nós podemos aumentar a linha média.

Agora, nós entendemos que os filhos de Israel passaram pelo exílio e não por acaso; eles precisavam adquirir o seu ego. Isto amplia o valor do amor que eles possuíam na época do Templo.

Em hebraico, o Templo significa “Casa de Santidade”, isto é, um vaso espiritual geral onde a doação mútua e o amor recíproco habitam. Nos tempos antigos, o povo Judeu alcançou isto até certo ponto, mas, basicamente, eles devem atingir o nível do Terceiro Templo. Hoje, nós temos que voltar a amar, indo acima do egoísmo que foi adquirido no exílio e exaltá-lo acima da linha esquerda para o nível que é chamado de “o Terceiro Templo”.

Da Conversa em 05/06/12

do blog do Dr. Michael Laitman  O Método De Evocar O Amor

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Unidade Dos Irmãos: O Melhor Presente Para O Pai

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que transforma todas as nossas orações em uma oração? Como podemos pedir pela  mesma coisa juntos? 
Resposta: A fim de fazer isso, temos que explicar repetidamente que é impossível elevar uma oração sozinho. Tal oração não é aceita.
Nosso objetivo é que o desejo de receber se una num todo com uma intenção, como era antes. Havia totalidade até que a quebra inseriu a intenção de doar em cada grão do desejo de receber. Agora, esta intenção quebrada está sob o domínio do ego, mas com isso  há uma conexão entre os dois desejos, o desejo de receber e o desejo de doar, como se estivessem misturados, e assim eles podem ficar juntos.
Mas esta conexão traz a seguinte questão: Como devemos trabalhar? Como devemos esclarecer as coisas, se levarmos em conta que os desejos estão em você? Visto que você tem que processar a sua parte “privada”. A correção não é quando o desejo de doar controla o desejo de receber, mas quando, após a quebra, os desejos de receber são conectados pelos desejos de doar.
Nós somos inclinados a trabalhar individualmente: “Eu estou disposto a fazer tudo o que o Criador exige de mim”. Se Ele quiser que eu doe, eu irei doar; se Ele quiser que eu realize uma adesão com Ele, irei realizá-la. Eu estou pronto para qualquer coisa em meus vasos particulares, “Só me diga o que tenho que fazer”. Mas se conectar com outras pessoas, através dos atributos de doação que você herdou durante a quebra, de jeito nenhum.
Enquanto isso, o Criador desfruta sua ação que visa à conexão. Porque assim você está usando Seu poder, e, em vez de odiar os outros você os ama. Com isso você se desenvolve em direção à força do amor, ao querer se assemelhar ao Criador, embora pareça que você não tem relações com Ele. No final, você pretende dar alegria a Ele, mas a ação em si é satisfeita entre nós; sua unidade com os amigos é um prazer para o Criador.
Nós somos feitos de desejos de receber que querem ser preenchidos, e também de desejos de doar que estão à procura de uma oportunidade de lucrar à custa da doação aos outros, para usar os outros de uma forma mais astuta. Você tem que inverter tudo isso para se conectar com os outros, “como um homem em um só coração”. Se você se conecta com os amigos para dar alegria ao Criador, e se ao mesmo tempo você se torna como Ele no seu desejo de receber, então, você está dando alegria a Ele, e, assim, alcança o que é desejável.
A criança que Ele criou e preparou finalmente quer se parecer com Ele, ser como seu pai; ela quer ser independente, assemelhar-se a Ele em suas ações. Você não pode e não precisa fazer nada, exceto dar este prazer a Ele: crescer através da conexão com outros.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 30/11/12, O Zohar 

do blog do Dr. Michael Laitman A Unidade Dos Irmãos: O Melhor Presente Para O Pai


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Estágios No Caminho Para Doação


Dr. Michael LaitmanPara alcançar a meta da criação, precisamos desenvolver um desejo por essa meta, um vaso, um lugar onde seremos capazes de imaginar, sentir e realizar esta meta. Tudo depende do tipo e da característica do desejo que precisamos preparar.

Por essa razão, há uma fase inicial, quando a pessoa leva uma vida bestial, cuidando apenas das necessidades materiais: comida, sexo, família, riqueza, respeito e conhecimento, ou seja, desejos naturais com os quais nasceu.

Depois se segue uma fase em que a pessoa começa a procurar o verdadeiro sentido da vida. Ela sente que os prazeres terrenos regulares deixam de satisfazê-la e acha difícil acreditar que nasceu para viver uma vida assim. Ela não acredita que todo o universo infinito só existe para o homem nascer, viver de alguma forma, e morrer. Tem que haver uma meta mais exaltada aqui!

Este é um sinal de que o ponto no coração começou a falar na pessoa, que a obriga a buscar. Agora, a partir deste ponto, ela precisa desenvolver um vaso completo. Esta fase é chamada de “uma vida escassa e infeliz”. É por isso mesmo que a pessoa tenha todas as bênçãos materiais, não irá ajudá-la se ela se limita artificialmente, vivendo de “pão com sal e água”.

A humanidade passou por várias etapas durante seu desenvolvimento: 2000 anos vezes três, num total de 6000 anos de desenvolvimento espiritual do mundo. Nos primeiros dois mil anos houve caos, seguido por 2000 anos de Torá, e os últimos 2000 anos é a era do Messias, a correção final.

É por isso que diferentes leis estavam em vigor em cada período de tempo. Cada período corresponde ao seu nível de desejos: HBT, HGT e NHY, e cada nível é ainda dividido nos mesmos níveis de HBT, HGT e NHY. Desta forma, podemos dividir todo o processo de desenvolvimento em fases cada vez menores, 6000 níveis. Consequentemente, seremos capazes de compreender quais alterações ocorrem em cada parte e durante cada segmento do caminho.

É por isso que durante este período de tempo, as qualidades das almas que entram em nosso mundo para o processo de correção se ajustam à fase concreta de desenvolvimento e pertencem a HBT, HGT ou NHY. No nosso tempo, a correção só é possível pela Luz que Reforma. Durante as gerações anteriores, antes da época dos sábios Talmúdicos, era possível se corrigir restringindo os desejos corpóreos. Afinal, as pessoas naquela época agiam no nível zero do desejo de desfrutar.

Claro, a vida é sentida como escassa precisamente no sentido espiritual. Ela também pode ser dividida em três etapas: a pessoa se encontra na Cabalá e no início não sabe o que está acontecendo, onde se encontra. Ela estuda Cabalá teoricamente, com a esperança de se tornar mais sábia. Ela sonha apenas com o seu próprio sucesso, aumentando seus desejos egoístas, até que entende que a conquista não significa que ela desenvolve os desejos de receber, mas sim que adquire os desejos de doar.

A Luz Circundante ilumina e muda gradualmente a pessoa. Como uma moeda de um centavo que ajuda numa grande soma, ela finalmente começa a entender que esta não é a meta e que não vai conseguir nada desta forma. A forma egoísta em que tentou satisfazer seus desejos egoístas torna-se inaceitável para ela. Agora ela está pronta para tudo, apenas para fazer a transição para os desejos de doação.

Essa mudança é um sinal da transição para o estado de Lo Lishma. Ou seja, a pessoa descobre que não está em Lishma, não está em doação. Tudo o que fez em sua vida, não na vida cotidiana, mas principalmente em termos de sua participação no grupo, nos estudos, e os estados diferentes que passou, tudo isso era apenas para seu próprio benefício, consciente e inconscientemente!
Isto é revelado a ela, mas de forma que ela não fique completamente chateada e possa continuar, que recorra a uma oração e não fuja completamente.Assim é como a pessoa avança até que descobre todos os seus desejos, o que depende de sua aceleração do tempo e perseverança. E o mais importante é o suporte do ambiente, a ajuda mútua que lhe permite fazer a transição de Lo Lishma para Lishma.

Isso se torna possível porque ela criou os vasos, a necessidade de atingir a meta. Isto é expresso como a elevação da oração (MAN), o desejo que visa à Luz, ao Criador, o único que pode fazer alguma coisa, até mesmo mudar a natureza do homem. Não há outra fonte.

Quando a pessoa obtém a intenção de doar, esta intenção é realizada nos próprios desejos que anteriormente eram destinados apenas à satisfação bestial. Ela esperava preenchê-los com a ajuda da Cabalá, egoisticamente, e depois, durante o período do exílio, tentou revelar neles a qualidade de doação. Mas no final, ela recebe a oportunidade de doar nos mesmos desejos, e vê isso como libertação. Este estado é chamado de Lishma, em que ela se torna digna da verdadeira vida, tanto neste mundo quanto no mundo vindouro.

do blog do Dr. Michael Laitman Estágios No Caminho Para Doação

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

De Que Depende A Nossa Vida?


Dr. Michael LaitmanPergunta: Se eu entendi bem, a Cabalá é uma ciência que nos ajuda a avançar. Podemos dizer que tudo está em nossas mãos e o que acontece amanhã depende de nós? Em outras palavras, a vida não depende de oportunidades, mas sim dos nossos esforços, intenções e trabalho
.
Resposta: Não há acidentes na vida! Quanto mais penetramos neste mundo, mais claro percebemos que nada é acidental. Como crianças, nós simplesmente não sabemos as leis da natureza quando exclamamos: “Ops! De repente, caiu e quebrou”. Não é um acidente; é uma falta de conhecimento, uma vez que não temos conhecimento das circunstâncias que causaram esta ocorrência.

Portanto, não há tal coisa de “acidente” na natureza, começando com a menor partícula e terminando com as estruturas mais complicadas. Tudo é pré-determinado e está em conformidade com as leis da natureza. Nós devemos aprender e segui-las e tudo vai ser bom.

Há uma solução muito simples para este problema. A natureza nos mostra os problemas do nosso desequilíbrio com ela na forma de crises. Problemas! Digamos, eu tenho pressão alta; é um problema. Existe uma condição normal e existe uma anormalidade que eu posso medir e comparar com a normalidade e equilibrá-las. Nós chamamos isso de tratar uma doença ou readquirir o equilíbrio, mesmo que seja feito artificialmente.

O mesmo se aplica aqui. Nós estamos num estado de desequilíbrio com a natureza, que nós consideramos como várias crises: na ciência, cultura, finanças, economia, sociedade humana, terrorismo (você escolhe!), incluindo a crise ecológica. Nós temos que nos equilibrar com a natureza, é absolutamente o mesmo sistema: “O que está dentro, também está lá fora”.

A Cabalá nos ensina como ficar em equilíbrio com a natureza. Nós certamente observamos a harmonia na natureza, mas a Cabalá nos ajuda a aprender mais rápido, nada mais do que isso. “Cortar” (se livrar das) as aflições é o único problema a ser resolvido aqui. Nós vamos chegar a esse ponto de qualquer maneira. No entanto, o problema também pode ser resolvido de uma forma muito dramática que é muito mais intenso do que o furacão que recém sobrevivemos.

Imagine que um furacão acontecesse em algum outro lugar, e não em Nova York, mas digamos que num dos muitos países subdesenvolvidos. Como o país lidaria com seus desdobramentos? Ele seria jogado de volta à Idade Média e seria impossível ajudá-los. Talvez eles recebessem um par de aviões com farinha; é isso.

Nós devemos pensar nessas questões. É uma pena que as pessoas não percebam o quão eficaz o “remédio espiritual” pode ser na luta contra os sintomas graves da doença.

Da Convenção na Georgia 05/11/12, Lição 1

do blog do Dr. Michael Laitman De Que Depende A Nossa Vida?

O Criador É Revelado Dentro Da Unidade

Dr. Michael LaitmanO próximo nível depois do amor dos amigos é “amar ao próximo como a si mesmo”. Nós nos conectamos não apenas com o ponto no coração, mas também com todos os outros valores que se complementam como um coro harmonioso. Então, eu começo a amar todos os atributos de todos os amigos, porque eles me complementam e eu os complemento, formando um todo completo.

Através do ponto no coração nós somos capazes de nos conectar a fim de alcançar a equivalência de forma com o Criador. Nós chegamos à equivalência de forma com Ele quando todos os nossos atributos tornam-se completamente conectados, complementares entre si. Portanto, “amar o próximo como a si mesmo” é o nível em que a unidade, isto é, o Criador, revela-se no homem.

Assim, fica claro o quão importante são os meus amigos para mim. O importante é que sem eles sou incapaz de chegar a algum lugar. Somos todos partes de uma criação, nos quebramos e nos sentimos divididos. Todo mundo é egoísta, sente só a si mesmo, e os outros são sentidos apenas na medida em que, de acordo com seus conceitos, podem ajudar ou incomodar a pessoa. Isto significa que os amigos são importantes apenas no trabalho mútuo, e só quando eu constantemente me anulo perante eles sou capaz de me conectar a eles. Esta é a importância do grupo.

A conquista da meta depende do nosso constante desejo a partir do ponto egoísta inicial de cada pessoa, o ponto no coração, através do grupo, da conexão com a revelação do Criador dentro dele. Isto significa a qualidade do Um, Único e Unificado.

O “Criador” é, especificamente, um atributo e não algo que existe pessoalmente. Nós não conseguimos sentir nada na separação. Nós sentimos a manifestação somente na matéria. Assim, quando se fala de certa força, queremos dizer onde e como ela se expressa.

Assim, quando falamos do Criador, queremos falar do atributo de unidade, unicidade, amor, doação, o atributo de abundância, de plenitude que se revela em nós. Caso contrário, não podemos falar de Deus, uma vez que não sabemos como isso pode acontecer externamente a nós.

Portanto, o grupo deve chegar a um estado onde irá demonstrar o atributo do Criador.
Disso surgem muitas conclusões diferentes: “Como fazer um amigo”? Como se relacionar com ele: como superior ou inferior a mim? Como um estudante ou um Rav?

Acontece que todas as respostas estão corretas: também como um igual, também como aluno e também como um Rav. À primeira vista, como ele pode ser igual a mim, se todos nós temos naturezas completamente diferentes!? Ele pode ser igual a mim só numa coisa: eu não sou capaz de alcançar o Criador sem ele e ele não pode sem mim. Parece que desde o início somos parceiros na adversidade.

Depois nós começamos a agir da seguinte maneira: cada um de nós tem que estar acima do amigo, a fim de ajudá-lo, e estar sob o amigo, a fim de saber como receber a inspiração que ele tem, para receber dele o reconhecimento da importância da meta, e ansiar pela unidade. Esse desejo está faltando em cada um de nós e sempre faltará. Só é possível recebê-lo dos outros.

Assim eu trabalho com o amigo: ele é maior que eu, ele é menor do que eu, ele é igual a mim. Então, uma conexão realmente ocorre. O ponto principal deste trabalho é chamado de “Faça-se um Rav e compre um amigo”.


do blog do Dr. Michael Laitman O Criador É Revelado Dentro Da Unidade

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Onde Estão Localizados Nossos Desejos E Pensamentos?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Onde está localizado o desejo de uma pessoa: no corpo, fora dele, no ar, ou ao lado da pessoa?

Resposta: Não há nenhum desejo no corpo. Nós podemos substituir cada órgão no corpo de uma pessoa, fazer quantos transplantes quisermos, mas não causaremos qualquer impacto no ser humano neste corpo.

Quando há meio século o Professor Barnard fez o primeiro transplante de coração na África do Sul, todo mundo se preocupou: “O que vai acontecer com o paciente? O que ele vai sentir depois?”. Absolutamente nada! O coração é simplesmente um mecanismo que bombeia o sangue, nada mais do que isso.

Mesmo se fizermos um transplante de cérebro, nada vai mudar. Nosso cérebro não é uma unidade pensante; ele não cria pensamentos. É apenas um condutor que nos conecta com o campo universal da razão. Nossos desejos também existem no mesmo campo, e não em nossos corpos. Nosso corpo aparentemente existe nesse campo e apenas o percebe. Uma pequena indução trazida até nós é, na verdade, a vida que sentimos.

Pergunta: Em outras palavras, na razão integral, quando a pessoa entra no campo geral do amor, ela começa a usar seu condutor de forma plena e, portanto, desenvolve-o ainda mais?

Resposta: Sim, mas não será o mesmo cérebro que temos atualmente!

Nós só temos uma ferramenta semelhante a uma bobina de indução, que capta o campo exterior e desencadeia certas correntes nele. E o que sentimos é essas correntes, aquelas que somos capazes de reconhecer, controlar e estar cientes. Na realidade, porém, o campo que nos rodeia é tremendamente poderoso e intenso.

Pergunta: Ao intensificar a nossa “bobina” 100%, podemos expandir a nossa consciência?

Resposta: Ela só se expande quando nos conectamos com os outros. Portanto, se quisermos “acionar” a nós mesmos e nos transformar num “solenoide” confiável, temos que penetrar e adquirir os desejos de outras pessoas, para contemplar e sentir como podemos nos aproximar dos outros e ajudá-los a se aproximar uns dos outros.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman,” 03/10/12



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

De Que Maneira O Ego É Bom?

Dr. Michael LaitmanPergunta: De que forma o ego é bom e como é possível usá-lo beneficamente?

Resposta: O ego é bom, porque é a única energia que existe em nós. É o que nos empurra para frente, nos eleva. Ao longo da evolução ele tem nos elevado constantemente do nível animal para o nível atual.

E hoje nós estamos no ponto onde realmente mudamos. Começamos a compreender que a forma anterior de ego que usávamos se esgotou. Nós não somos capazes de trabalhar mais com ele; deste modo ele nos mostra a crise atual.

Esta é a crise do ego anterior, quando nos o usávamos e parecia que estava tudo bem, tudo estava normal, e era possível continuar desta forma até o final. Mas, de repente, foi revelado que ele tinha se fechado, tinha nos englobado num único sistema, na interdependência completa.

E se nós estamos completamente dependentes uns dos outros, como podemos usar nosso ego? Aos poucos nos tornamos como uma família, onde todos são dependentes um do outro, e eu preciso usar o meu ego, calculando minha dependência dos outros. Isto significa que, desta forma, eu preciso usá-lo de forma diferente, ou seja, já de forma integral, de acordo com o ego dos outros.

Acontece que temos que começar a usar o ego geral que é compartilhado por nós: conectá-lo em conjunto e superá-lo, de modo que a nossa unidade, conexão e apoio serão maior do que o nosso ego pessoal, isto é, para que o nosso ego se torne mútuo, social e coletivo.

Isto significa que o nosso grupo precisa ter um objetivo comum, e nós precisamos alcançar este objetivo mútuo, cada um empurrando nessa direção com seu ego pessoal. Então, todo mundo vai estar pronto para um objetivo comum, uma conexão mútua, e no final nós vamos começar a medir o nosso sucesso conforme a nossa conexão. Isso é muito importante. Assim, o nosso ego não é anulado, mas é simplesmente utilizado conforme o modo que é revelado hoje para a humanidade, ou seja, de uma forma integral.

Da Lição Virtual 21/10/12

do blog do Dr. Michael Laitman De Que Maneira O Ego É Bom?

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Rejeição Social Vinculada A Posteriores Consequências Na Saúde

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do ScienceDaily): “Não importa de que forma você olha para ela, a rejeição dói. Experimentar a rejeição de um chefe, de um amigo, ou um parceiro é bastante difícil para muitos adultos. Mas os adolescentes, que estão lidando com a forte mudança biológica e social, podem ser mais vulneráveis ​​a seus efeitos negativos”.
 
“Em um novo estudo publicado no Clinical Psychological Science, um jornal da Association for Psychological Science (Associação para Ciência Psicólogica), o pesquisador Michael Murphy da Universidade de British Columbia e seus colegas examinaram a resposta imunológica humana como uma ligação potencial entre estressores sociais como rejeição e posteriores conseqüências físicas e mentais”.

“Existem muitos tipos de estressores que aumentam nosso risco de doença, mas estressores que ameaçam a nossa posição social, como a ‘rejeição dirigida’, parecem ser particularmente prejudiciais”.

“Muitas pessoas provavelmente estão familiarizadas com a ‘rejeição dirigida’ em seus dias de escola, quando um aluno era ativa e intencionalmente rejeitado por outro aluno ou grupo de alunos. É o tipo de comportamento que vemos em muitos casos de ostracismo e bullying”.

“‘A rejeição dirigida é central para algumas das experiências mais angustiantes da vida: como ficar quebrado, ser demitido e ser excluído do seu grupo de colegas na escola’, disse Murphy. ‘Neste estudo, tivemos como objetivo analisar os processos que possam fornecer a essas experiências a capacidade de afetar a saúde’”.

“Pesquisas anteriores têm demonstrado que pessoas que estão na extremidade que recebe este tipo de rejeição experimentam sintomas de depressão três vezes mais rapidamente do que pessoas que também se deparam com graves eventos na vida. Os investigadores acreditam que certos processos inflamatórios, que fazem parte da resposta imunitária, podem ser o elo entre a rejeição dirigida e a depressão”.

“Os pesquisadores observam, porém, que uma resposta imune muito produtiva pode ser prejudicial à saúde física e mental no longo prazo. Se forem fundamentadas em pesquisas futuras, essas descobertas podem ter implicações para a compreensão de como as condições sociais aumentam o risco para uma série de doenças relacionadas à inflamação, incluindo obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, certos tipos de câncer e depressão”.

Meu Comentário: Sem dúvida, nada é mais prejudicial para a nossa natureza egoísta do que o sentimento de negligência. Isso causa sentimentos violentos e reações fisiológicas que mobilizam todo o corpo e o capacita a dar passos mais críticos. Há apenas um tratamento: corrigir o homem e a sociedade!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Conectados Pelo Ódio

Dr. Michael LaitmanA fim de nos livrarmos de todos os nossos problemas, nós temos que estar em contato com o pensamento geral original que opera toda a natureza. Nós o implantamos pelos nossos vasos internos, pela conexão correta entre pessoas.

Hoje nós irradiamos “ondas” de má influência por nossa mente, pela força que visa o nosso desejo – verdadeiros “vírus” de controle, do uso dos outros, etc. Quando eles são transmitidos de um para outro, esses “vírus” levam a diferentes fenômenos negativos. Eu infecto outras pessoas e depois a infecção volta para mim multiplicada. No final, todo mundo sofre por um espaço coletivo poluído numa humanidade que está numa rede de ódio mútuo.

Este é o sistema em seu estado atual: ódio, rivalidade, inveja, luxúria, orgulho, dominação, e um anseio eterno de usar tudo para o meu próprio bem.

O que devemos fazer? Nós devemos procurar formas para mudar este sistema de acordo com o princípio: “Não faça ao outro o que é odioso para você”, e “Ama teu amigo como a ti mesmo”. Com a ajuda do professor e do ambiente certo, você vai começar a mudar seu pensamento e transformar seus pensamentos na direção certa para o bem do mundo. Estes pensamentos começarão a se espalhar no mundo como ondas, desta vez como “vírus” benéficos.

Por que vírus? Porque eles penetram os outros sem o seu conhecimento. É como se você manipulasse os outros pela boa intenção de seus pensamentos e os transformasse para o bem e não para o mal.
Assim, você tornar o mundo mais saudável. Afinal, uma partícula da “centelha” que criou o Universo vibra em você e você se torna o seu “representante”; você a opera. Ela operou a humanidade e agora a humanidade a opera usando esta Luz, a força superior.

Pergunta: Pode o vírus benéfico romper meu escudo egoísta e me tornar um altruísta?

Resposta: Não, isso é apenas parte da ideia. Ninguém tira o seu livre arbítrio. Os pensamentos externos que são suportados por outros fatores em nossos relacionamentos, como os meios de comunicação, parentes, conhecidos, etc., não lhe forçam, mas apenas lhe ajudam a chegar a uma decisão. Eles têm um impacto positivo e, gradualmente, a partir de diferentes fontes, trazem a mensagem de que a raiz de todos os nossos problemas, seja a economia, ecologia, problemas financeiros, de saúde, divórcio, dependência de drogas, suicídio, pressão arterial elevada, diabetes, etc., reside na conexão entre as pessoas. Esta conexão está desequilibrada: todo mundo quer enganar os outros, embora devessem, de fato, manter o equilíbrio entre eles.

Você gradualmente internaliza esta mensagem e recebe um determinado golpe, por exemplo, no seu negócio, ou alguma doença, ou talvez os seus filhos se envolvam com drogas e prostituição. Há oportunidades suficientes para chegar aos nossos pontos fracos. Em geral, é impossível resolver estes problemas com dinheiro.

Então você começa a pensar na sua vida: “Como posso corrigir isso? Como posso equilibrar os problemas? Como posso suavizar a situação?”. Aos poucos você começa a perceber que a verdadeira razão para o que está acontecendo é a falta de equilíbrio geral na sociedade humana; portanto, há uma necessidade de equilibrar as coisas.

Pergunta: Suponha que você me “bombardeie” com vírus positivos. Mas eu também produzo vírus egoístas. Então, por que os seus vírus são mais fortes do que os meus?

Resposta: Porque estamos operando com a natureza. Há um plano geral, e nós o implantamos e promovemos. É fácil para nós, uma vez que operamos de acordo com o mecanismo superior. Por outro lado, você vai contra ele, contra a corrente. Então seus problemas aumentam a cada dia até que finalmente você fica totalmente “falido”.

Finalmente, se nós usarmos a terminologia deste mundo, nós temos que atingir todo o sistema, o equilíbrio entre nós e toda a natureza: inanimada, vegetal e animal. As duas forças, positiva e negativa, têm que se conectarem dentro de mim de forma plena, em equilíbrio e apoio mútuo. Elas não se anulam e não me deixam no meio; não, eu uso ambas positivamente, para doar aos outros. Este é o verdadeiro equilíbrio.
Então eu vou ser como a centelha original; vou me conectar conscientemente com o plano geral da natureza e voltar à minha raiz: à doação e amor.

Pergunta: Pode o amor nos ajudar a lidar com nossas confusões e problemas agora?

Resposta: Naturalmente, uma vez que ele contém todo o ódio nele: ele não o anula, mas o contém.
Primeiro, eu descubro o ego dentro de mim, o mal em sua forma plena, o que significa o desejo de usar os outros para o meu próprio bem. Eu quero extrair dos outros, tanto quanto possível, e isso me ajuda a entendê-los profundamente. De forma ideal, eu tenho que conhecê-los profundamente, até a última célula, a fim de extrair profissionalmente todo o “suco” deles, para usá-los ao máximo, e depois descartá-los. Isto é o que o ego aspira. Se ele não existisse eu não conseguiria contato com ninguém. O ego me ajuda a “engolir” o outro e compreender inteiramente a ele.

Agora, pelo contrário, eu quero ajudá-lo e dar-lhe presentes. Portanto, como eu posso viver sem o ego nesta doação? Na verdade, eu continuo a usar todos os vírus, mas os transformo no bem. A inclinação ao mal se torna a boa inclinação.

Hoje, a mesma coisa está acontecendo em todo o mundo, que se tornou integral graças ao ego; nós descobrimos a inseparável conexão mútua e, ao mesmo tempo, a conexão negativa que realmente destrói e nos mata. A União Europeia está dividida em pedaços, mas não pode se desintegrar. Nós estamos desesperados, mas não há para onde correr: É impossível cortar os laços. Só há uma solução: corrigir a conexão entre nós, se não conseguirmos fugir dela.

Da “Discussão sobre uma Nova Vida” 10/10/12

Do blog do Dr. Michael Laitman: Conectados Pelo Ódio

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Por Que Não Somos Um Bom Partido Um Para O Outro?


Dr. Michael LaitmanPergunta: No curso das discussões sobre educação integral surgiram questões sobre as relações familiares, porque as pessoas estão cansadas de problemas domésticos e sentem que não precisam de famílias. Como pode ser explicado a uma pessoa que ela precisa de uma família? Qual é a vantagem de formar este tipo de relação para o desenvolvimento de uma pessoa?

Resposta: Há algum tempo as pessoas viviam muito primitivamente: nós não deixávamos nossas cidades, nossas relações pessoais, bem como o sexo era primitivo – não exigíamos nada.

Hoje, as pessoas mudam em poucos anos ou mesmo mais freqüentemente. Nós não estamos satisfeitos com as mesmas coisas de antes. Se eu me casei com uma garota que gostava e que realmente me agradava nos meus vinte anos, então, em meus trinta anos eu já não gosto dela. E nos meus cinquenta e sessenta eu já não gosto da segunda mulher. O que pode ser feito? Nós sentimos que nossos pontos de vista diferem e não é culpa de ninguém.

Esta é a turbulenta evolução interna que estamos experimentando hoje, e esta é a rapidez com que estamos mudando.

Por esta razão, ninguém deve impor às pessoas a idéia de um casamento prolongado, especialmente devido à duração da vida atual. Um sério sistema de incentivos deve ser inventado num casamento para que as pessoas possam ver um claro benefício para se manterem casadas, uma vez que têm que substituir os hábitos, responsabilidades, incompatibilidades físicas e morais com o parceiro com quem passaram dez ou quinze anos. Como isso pode ser feito?

Deve haver uma ideia superior, algo superior ao nosso mundo, uma recompensa que só poderia ser obtida dentro de um casamento.

De KabTV “Construindo um Ambiente Social” 24/09/12

Do Blog do Dr. Michael Laitman Por Que Não Somos Um Bom Partido Um Para O Outro?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Uma Premonição Da Doação

Dr. Michael LaitmanNós tentamos realizar atos mútuos de doação e falamos sobre o amor entre nós, embora ele não esteja lá. No entanto, ainda falamos sobre doação, sobre o amor do Criador, sobre a adesão a Ele, sobre a adesão entre nós, sobre conexão e unidade, em suma, sobre o vaso corrigido. Após a quebra do vaso geral, falamos sobre a sua correção. Antes havia uma alma, e falamos sobre a reconexão das almas individuais em uma única. 

Estas conversas nos permitem ficar impressionados uns com os outros tanto qualitativa como quantitativamente, e, gradualmente, todos os nossos esforços se unem num todo. No final, nós criaremos um estado do qual seremos capazes de gritar, o que significa elevar uma oração coletiva. Quando as pessoas se reúnem, mesmo que sejam poucas, elas têm muitos vasos e discernimentos e assim elas elevam uma “oração de coletiva”.

Mas esta oração deve ser destinada a uma Fonte, um objetivo, para ser uma. Eles querem receber o atributo de doação mútua, o que eles imaginam como um valor supremo, como parte de seu ambiente. Este atributo, a força que gera e revive tudo, é chamada de Criador, e eles querem que ela seja revelada entre eles de acordo com os esforços que fizeram.

O atributo de doação não está em algum lugar do lado de fora. Portanto, se os amigos tentarem, ele será revelado dentro, entre eles. É como se isto viesse a nós de duas direções: por um lado não há vaso, e por outro lado não há Luz, mas quando os amigos tentam ficar juntos o máximo que podem, num determinado ponto, tanto o vaso quanto a Luz são criados simultaneamente. Eles não podem existir separadamente.

Nós trabalhamos pedindo, através de uma oração comum, e assim nos aproximamos desta revelação, a revelação dentro de nós do atributo de doação e amor, que é o Criador.

Aqui é importante lembrar que, durante a fase de preparação, nós não descobrimos o verdadeiro atributo, mas a necessidade dele. Nós não sabemos de antemão o que é este atributo. É como se quiséssemos adquiri-lo e, em seguida, quando ele é revelado, ele acaba por ser uma verdadeira surpresa e muito longe do que pensávamos que seria. Isto é porque se trata de algo que não faz parte da nossa natureza.

Nós só precisamos do sentimento de necessidade, para que possamos antecipar e ter uma premonição disto. Mesmo que isto não reflita a realidade futura, a pessoa ainda tem que imaginar o próximo estado através deste jogo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/10/12, Escritos do Rabash 

Do site do Dr. Michael Laitman:  Uma Premonição Da Doação

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Do Egoísmo Ao Amor É Uma Parada Ascendente


Dr. Michael LaitmanO único meio para o avanço espiritual é trabalhando no grupo, graças ao qual nós esclarecemos se queremos nos conectar um com os outros. No final, nós descobrimos que não podemos nos conectar, nem sequer queremos, e rejeitamos totalmente a conexão mútua.
Toda a nossa natureza se revolta contra tal conexão. Nós estamos prontos para tolerar qualquer coisa, exceto isso. Há relações que nós apreciamos e queremos, mas a conexão com os amigos, uma conexão mútua onde cada indivíduo serve o geral, o nosso coração nunca vai concordar com isso.
Somente tal relação mútua é chamada de “conexão”, onde cada um é como um componente num circuito elétrico, ou num motor. Assim, em cada sistema integral, cada componente é parte do sistema e tem que realizar o seu trabalho e manter suas obrigações para com as outras partes.
A fim de fazer isso, é preciso anular o ego. As pessoas cujo ego não é tão desenvolvido estão prontas para estar com as outras, e é fácil para elas estar próximas, sentir as outras, ser amigas. No entanto, quanto mais a pessoa se desenvolve, mais o seu ego cresce e mais difícil ela acha se conectar com as outras. Afinal, ela não sente que tem amigos.
Antigamente, mesmo algumas décadas atrás, as pessoas se sentiam perto umas das outras, mas hoje todo mundo vive por si. Nós nem percebemos como todos estão fechados em seu nicho. Nós nos escondemos atrás da tela do computador e chamamos isto de relacionamento. Sentimo-nos melhor assim, mais confortáveis! Toda a humanidade é assim agora.
Existem diferentes métodos para fazer as pessoas se conectarem, que se baseiam principalmente no nazismo, fascismo e fundamentalismo. Esses métodos são destinados a despertar o sentimento de solidariedade nas massas. Em certa medida, eles impedem seus desenvolvimentos psicológicos e por isso é mais fácil de manipulá-las.
Porém, no desenvolvimento espiritual há duas abordagens opostas que estão integradas. Por um lado, a pessoa tem que ser muito desenvolvida, um grande individualista. Cada um deve sentir que está totalmente isolado e que não pertence a mais ninguém. Isso é tão importante que parece como se ele não pertencesse a este mundo.

Por outro lado, nós somos obrigados a nos conectar de forma tão poderosa que todos devem se anular totalmente contra seu desejo de anular os outros. É a exigência mais irreal que pode existir em nosso mundo, e é contra a tendência do desenvolvimento humano. Afinal, à medida que o ego se desenvolve as pessoas se tornam cada vez mais distante uma das outras. Todo mundo se afasta dos outros e se escondem atrás de seu computador, seu celular, ou em casa.

Todo mundo vive no nicho que criou para si mesmo. De repente, ele é obrigado a fazer o contrário: deixar seu nicho e se conectar em seu coração e alma. Aliás, nós temos que fazer isso não por sermos forçados, mas querendo isto por nós mesmos! Afinal de contas, nós descobrimos que essa unidade é o valor mais alto.

Não há nenhuma vantagem nisto, mas este é o lugar onde está a verdade. Por isso, é muito difícil abordar os valores de doação e amor, se internamente em nossos sentimentos, não encontramos uma justificativa para isso.

Mas este é o princípio segundo o qual o mundo espiritual funciona! Para adquirir estes valores, que são totalmente opostos aos nossos valores atuais, nós temos que recrutar a ajuda da força superior. Assim, ela irá nos influenciar e nos mudar.

Nós temos que pedir isso durante o estudo. Afinal, nós estudamos as ações que ocorrem num nível mais alto – ações de doação, de amor e conexão – trabalhando nos sistemas das almas. Não se trata de um sistema mecânico sem emoção, mas um sistema vivo no qual a mente e os sentimentos agem de acordo com a lei da garantia mútua.

Nós estudamos as relações entre os nossos desejos, que estão em doação mútua, e queremos nos assemelhar a eles, o que significa estudá-los, conectar a eles e entrar no mesmo estado. Assim, somos atraídos a este estado e estimulamos a influência da força chamada “Luz que Reforma”.

Nós temos que pensar e estudar esses estados superiores, sobre como nossos desejos egoístas agem com lealdade na doação mútua.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/09/12, O Zohar

 

Não Nos Faça Transportá-lo Numa Maca!

Não Nos Faça Transportá-lo Numa Maca!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Evolução Da Consciência Planetária

A crescente crise global requer uma solução. Muitos cientistas e filósofos, ao redor do mundo, a estudam e investigam, mas atualmente não podemos dizer que entendemos sua causa e, menos ainda, as ações a serem tomadas para resolvê-la.

Hoje já não podemos negar sua existência. Abundam as teorias e sugestões quanto à natureza da crise como aos meios para eliminá-la. Nesta parte do livro, tratarei de descrever o estado atual da humanidade do ponto de vista da ciência, com a qual tenho me comprometido durante os últimos trinta anos de minha vida, a ciência da Cabala.

Na antiguidade, o homem estava mais próximo da Natureza e tratava de manter-se ligado a ela. Havia dois motivos para isso:

- O egoísmo, não desenvolvido, ainda não havia distanciado o homem da Natureza, permitindo-lhe sentir-se parte integrante desta.

- O conhecimento insuficiente da Natureza causava medo, obrigando o homem a considerá-la superior a ele.
Por esses dois motivos, o homem aspirou não somente a acumular os conhecimentos sobre os fenômenos do mundo que o cerca, como também a conhecer as forças que o governam.

A gente não podia se esconder dos elementos como o fazemos hoje em dia, evitando as forças da Natureza num mundo criado artificialmente. Seus órgãos sensoriais ainda não deformados ou degenerados pela tecnologia contemporânea, eram incapazes de sentir o mundo ao seu redor em maior profundidade. O medo da Natureza, e simultaneamente, a aproximação dela, levou o homem a descobrir o que esta queria dele, se tinha alguma meta, e para que criasse os homens (para quem foram criados os homens). A humanidade aspirou a entendê-la tão profundamente quanto lhe foi possível.

Os antigos cientistas compartilharão seu conhecimento da Natureza. Os cabalistas, de sua parte, farão o mesmo com os cientistas. A Cabala estuda o sistema que governa nosso mundo. Sua principal tarefa e explicar as causas e metas da Criação.

Obviamente, não me refiro no que hoje em dia esta sendo vendido como " Cabala", capitalizando sua popularidade. A Cabala autêntica é uma ciência séria que investiga a estrutura do universo, e que deu o conhecimento básico à muitas outras ciências. O contato entre os cabalistas e os antigos filósofos deu lugar à filosofia antiga, convertendo-se na origem da ciência.

Trecho do livro:  Torre de Babel
Rav Dr. Michael Laitman

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Não Se Puxe Pelos Cabelos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que o Criador não nos deixa ter sucesso em nada e nos obriga a voltar a Ele?

Resposta: Ele lhe dá todo este mundo e lhe obriga a executar diferentes ações, e lhe faz tropeçar para que você se volte a Ele. Caso contrário, por que e como você poderia ter sucesso?

Afinal, tudo o que você precisa é se voltar ao Criador. Como você pode se corrigir e se tornar semelhante a Ele? Você não vai puxar a si mesmo para fora do pântano pelos próprios cabelos, ou, como está escrito: “Um prisioneiro não pode libertar a si mesmo”, já que você é apenas desejo de receber.

Portanto, você passa por diferentes estados assim como o resto do mundo. Os europeus, por exemplo, estão tentando desesperadamente manter sua “união”. Na verdade, eles parecem cegos e estúpidos, mas o que eles podem fazer?

Nada vai acontecer até que eles passem por todo este processo e, finalmente desistam. Eles vão ter que reconhecer o seu fracasso, antes da guerra ou depois dela, dizendo: “É isto. Nós não sabemos o que fazer”. Então, eles vão nos ouvir.

Portanto, nós temos que preparar com antecedência uma carta com instruções a eles e enviá-la. É nossa obrigação. Não importa quem a receba ou leia. Não importa em que lixo ela pode ser jogada ou em que arquivo será enterrada. Nós devemos fazer isto.

O mesmo vale para cada um de nós, mas de maneira diferente dos europeus. Nós temos que voltar ao Criador, porque Ele é a fonte de todas as forças. Quem mais pode nos ajudar? Nós precisamos da Luz que Reforma e da força de doação para residirmos acima da força de receber, estabilizá-la com precisão no que diz respeito a isto.

Todo o nosso trabalho se resume em nos voltarmos ao Criador. Todo o nosso livre arbítrio está em fazer isto o mais rápido possível, precedendo as aflições. Por que eu deveria experimentar meus fracassos ano após ano para, no final, sucumbir e depois me voltar ao Criador?
Como está escrito: “Quem é sábio? Aquele que vê o futuro”. Então, eu quero me tornar um homem sábio agora! Por que eu deveria sofrer por anos? O que eu vou ganhar com isto? Este avanço é chamado de “caminho do sofrimento”.

O bom caminho é quando – sem atrasos, por meio do grupo e por outros meios – eu atraio a Luz e entendo imediatamente o que tenho que fazer, como ascender. Por que eu deveria afundar cada vez mais no pântano de aflições, doenças, desastres, depressão e ameaças constantes?

Pergunta: Como eu devo querer isso se o Criador controla o meu desejo?

Resposta: Ele controla o meu desejo e insere nele um apelo motivador do próximo nível. Agora, este nível parece escuro. Vire-se ao grupo, peça pela Luz que Reforma e ele será iluminado. Ele está escuro porque você está olhando para ele através dos atributos opostos.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/08/12, “Exílio e Redenção”

do blog do Dr. Michael Laitman Não Se Puxe Pelos Cabelos

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Gratidão Pelo Passado Prepara Para O Futuro

Dr. Michael LaitmanQuando uma pessoa olha para sua história, nas várias décadas em que viveu, ela vê como o Criador a levou a seu estado atual, aproximando-a gradualmente Dele, colocando-a em muitos estados que pareciam desnecessários, ridículos, e situações totalmente sem sentido, períodos da vida que pareciam totalmente desnecessários.

Na verdade, quando uma pessoa aceita tudo, até mesmo que não entenda ainda porque teve que passar por tudo isso, a gratidão pelo fato de que o Criador lhe trouxe ao seu estado atual por este caminho, e pelo o fato de que está começando a revelar o Criador agora, em sua gratidão por justificar o passado, ela chega à intenção correta, ao estado correto no presente.

O “artigo 26″ do Shamati, “Seu Futuro Depende De Sua Gratidão Pelo Passado”, também fala sobre como é impossível se relacionar corretamente com o futuro se você não justifica seus estados passados ​​ao aceitar totalmente o fato de que tudo isso vem do “Não há ninguém além Dele”. Se isso acontecer, é sinal de que tudo tinha que acontecer do jeito que aconteceu até o presente, e a pessoa não deve se arrepender de nada que aconteceu de uma forma ou de outra.

Só a partir do estado atual, quando todas as contas anteriores terminaram, é que a pessoa pode ser grata antecipadamente pelo futuro e estar num estado de doação livre, movimento livre em direção ao Criador, quando não há nada de negativo em suas relações passadas. Pela correção da atitude da pessoa em relação ao passado, ela se prepara para o futuro.

O Criador nos coloca intencionalmente em todo tipo de voltas, reviravoltas e metamorfoses, e mantém uma memória negativa desses eventos em nós. Nós, na verdade, não lembramos dos momentos positivos; nós só lembramos os negativos porque o ego se lembra dos momentos em que não recebeu, onde foi enganado, onde poderia ter vencido, mas perdeu, etc. Se eu justifiquei a Providência do Criador no passado, isto não conta como no passado, mas em vez disso é transferido para o futuro. Assim, eu construo um vaso, a atitude correta para o futuro, e por isso estou pronto para seguir em frente.

Por isso, é impossível iniciar a partir do momento atual simplesmente eliminando o passado. Isto nos foi dado para que agora, neste momento, sejamos capazes de olhar para o futuro corretamente e nos relacionar corretamente com o Criador.

Se eu estou totalmente reconciliado e aceito com gratidão tudo o que senti como negativo em relação a mim mesmo, o mundo, meus parentes, e as pessoas mais distantes, ao Criador e tudo o que Ele fez para mim, se entendo que por isso fui pelo meu caminho, e agora, graças à subida acima dele, apesar do meu ego e da minha crítica egoísta, eu posso transformar todos os meus sentimentos anteriores em gratidão, em adesão ao Criador. Não é que eu simplesmente O perdoo, mas sim entendo, percebo e sinto que agora me foi dada a chance de iniciar uma conexão com Ele. Portanto, eu estou pronto para revelá-Lo.

Portanto, o futuro de uma pessoa depende e está ligado a sua gratidão pelo passado. Se corrigirmos a nossa atitude em relação ao passado, de críticas para gratidão, de tristeza e decepção para alegria, criaremos o vaso correto para a revelação do Criador.


Do blog do Dr. Michael Laitman A Gratidão Pelo Passado Prepara Para O Futuro

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Um Avanço Para A Dimensão Integral

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nos incluímos nos desejos dos outros? Como eu poderia saber o que os outros querem?

Resposta: Não importa. Você não deve se preocupar com o que a outra pessoa quer. Devemos apenas “fingir” que queremos tratá-las desta forma.

As pessoas não precisam nos contar seus desejos e pensamentos secretos. Devemos tentar conectar apenas com os desejos e pensamentos que se destinam a criar uma comunidade que seja mais avançada do que a nossa, apesar de ser o mesmo para todos nós. Não devemos nos interessar em sua personalidade, suas relações familiares, nem em nada do que diz respeito à sua vida material. Devemos nos concentrar na aspiração da pessoa para o alto, para o próximo nível. É por isso que não devemos entrar em sua psicologia “animal” e interrogá-la: “O que você está pensando? Diga-me mais sobre si mesmo, para que eu possa me comunicar melhor com você”. Por quê? Você não deveria fazer isso.

É melhor falar sobre o próximo nível e se comunicar nesse grau; vamos jogar “como se” já estivéssemos lá. Vamos imaginar que tipo de sociedade será essa, qual será a nossa atitude para com a família, as crianças e sua educação nesse momento. Isto não significa que estamos simplesmente sentados contemplando como seria bom estar lá, mas sim  que deliberamos sobre como criar toda a sociedade integral.

Na verdade, estamos jogando um jogo muito sério! O “nível falante” em nós está sendo criado exclusivamente por nós, não pela natureza. A natureza só nos estimula a agir; nós somos os que se supõe atingirão este nível. Vamos subir até ele por nós mesmos, antes que a natureza comece a nos forçar. Vamos voluntariamente nascer no próximo nível; caso contrário, vamos chegar lá de qualquer maneira, mas por enorme aflição. Não importa o que, a natureza vai nos fazer realizar isso.

Ao contrário de todos os níveis anteriores, devemos estar cientes e reconhecer a nossa subida. As pessoas devem se sintonizar a tal método jogando este jogo e sendo treinadas em vários grupos de voluntários que estão se dirigindo a um avanço. Com isso, vamos ampliar a metodologia integral, adicionar mais maneiras de participar do processo, e aumentar o número de jogos.

Contudo, os jogos não devam ser muito extensos, já que não ponderamos a psicologia animal, mas sim jogamos “como se” já estivéssemos no nível seguinte: “O que isto lhe parece? Como podemos construir as nossas relações sociais e familiares, e nossa economia? Como exatamente sentimos a unidade? O quê são a natureza integral e a humanidade integral? O quê são intelecto integral e sentimentos?

Vamos penetrar nessas coisas e ver que muitas novas camadas que parecem totalmente amorfas e sem vida hoje serão reveladas a nós; temos que fazer um grande avanço e penetrar nelas aplicando esforços sérios. Quando superarmos a barreira psicológica e nascermos numa nova dimensão, pelo menos um pouco, vamos ver um enorme mundo de novas sensações e conhecimentos que estão além de nossa matéria. Em nosso mundo existem apenas três tipos de matéria: inanimada, vegetal e animal. Quanto à “matéria humana”, trata-se da energia que é “privada” da substância material deste reino. Vamos ver uma camada totalmente diferente do mundo, uma nova dimensão.

Da “Conversa Sobre Educação  Integral” 29/02/12

do Blog do Dr. Michael Laitman Um Avanço Para A Dimensão Integral

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Destino De Uma Nação É Determinado Na Mesa Redonda

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você diz que é possível ver um resultado rápido através de ações simples, e realmente sentir uma força nova e poderosa, evocada entre nós dentro de alguns dias, que vai se tornar nossa arma e defesa mais forte. Que ações são necessárias para atingir isso?

Resposta: Eu recomendo que comecemos a realizar o que chamamos de workshops (oficinas, seminários), discussões em círculos ou mesas redondas. Lá, vamos discutir as questões mais importantes que determinam o nosso destino.

Vamos tentar subir acima de todos os egos individuais em tais discussões nas mesas redondas, a fim de encontrar respostas que se originem do amor, da conexão e garantia mútua. Primeiro, temos que descobrir o que é o amor, o que significa a conexão e a  incorporação nos desejos dos outros, o que é a garantia mútua e o ponto comum, de modo que a partir disso, eu possa resolver todos os problemas.

Nós devemos esclarecer como podemos nos conectar mais fortemente e, assim, resolver os problemas econômicos, na educação, cultura, drogas, roubo, e, na verdade, todos os problemas que estamos enfrentando na sociedade. Não importa o que falamos. O que importa é que cada deficiência revelada é apenas uma causa que nos ajuda a esclarecer melhor o conceito de garantia mútua.

Então, vamos ver que todos os problemas, incluindo a ameaça de ataque por parte do Irã [em Israel], vêm apenas para que possamos reforçar a garantia mútua entre nós. É como se olhássemos tudo de outra perspectiva. Nós não desejamos a garantia mútua para nos livrar de todos os nossos problemas internos e externos; ao contrário, todos os nossos problemas internos e externos são revelados pela natureza para nos levar à garantia mútua, à conclusão de nossa missão, e para unir o povo de Israel na terra de Israel.

A fim de iniciar o processo de conexão e unidade, todos nós temos que sentar na mesa redonda. Pode ser uma família ou uma única pessoa sentada em casa na frente da tela da TV assistindo a um debate que ocorre na mesa redonda. O objetivo da discussão é esclarecer a questão: o que a conexão, a garantia mútua e o amor significam para nós, e qual estado devemos alcançar?

Nós devemos falar menos sobre os problemas; caso contrário, nós simplesmente nos afogamos neles. Em vez disso, devemos superá-los e falar de forma mais positiva sobre conexão, amor e cooperação mútua, sobre o que constrói e não sobre o que destrói. Portanto, nós deveríamos falar tanto quanto possível sobre os fatores positivos e o mínimo possível sobre os negativos.

Eu sugiro que tenhamos tais debates em todos os lugares: em casa e no trabalho. Hoje, todo mundo está falando sobre a ameaça atual, mas “a pessoa está onde seus pensamentos estão”. Eu não quero mergulhar na ameaça; eu quero subir acima dela, usar as forças positivas que nos elevam acima do perigo, e anulá-lo. Elas agem de tal forma que todas as ameaças à nossa segurança e à segurança de nossa sociedade simplesmente desaparecem.

Não é um tipo de psicoterapia e sedativo para as pessoas. Desta forma, as pessoas vão evocar uma nova força que está acima de nossas vidas. Esta é a força de conexão, que atua contra o ego, contra a natureza humana comum.

Nós podemos esclarecer e encontrar essa força que nasce da nossa unidade e conexão, e que não existe apenas na natureza. É por isso que houve uma condição na reunião antes do Monte Sinai. Como está escrito: “Se vocês aceitarem a lei, ótimo. Se não, este vai ser o seu local de sepultamento”.

Da “Conversa sobre a Nova Vida”, 12/08/ 12

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A Percepção De Um Campo Único


Dr. Michael LaitmanPergunta: Como devemos imaginar este campo único que existe fora de nós? O que as pessoas precisam fazer ao treinar em grupos de aprendizagem integral?

Resposta: Vamos imaginar que estamos nos conectando com o desejo de outra pessoa. Em outras palavras, fazemos uma prática psicológica regular. Eu tento determinar os desejos, intenções e pensamentos de uma pessoa.

Quais são as etapas que as pessoas e os grupos vivenciam enquanto entram gradualmente nesses estados? Primeiro as pessoas precisam sentir umas as outras, como durante a prática psicológica regular. Como eu sinto a pessoa com quem estou falando? Como faço para me conectar com ela? Como faço para determinar qual é o seu desejo, para me tornar envolvido com ela, e chegar a uma boa atitude em relação a ela, aprender a amá-la e comunicar com ela?

Em outras palavras, seus desejos, que são referidos como seu coração, e sua mente, que leva esses desejos, devem se tornar essenciais para mim, do mesmo modo que a mãe se sente em relação a seu filho quando deseja servi-lo completamente com ambos os seus desejos e mente. O coração e a mente é o que a pessoa tem. Desta forma, é como se eu estivesse dando um passo em direção a todos os participantes do grupo, irradiando bondade em cada um deles, e todo mundo faz isso em relação a todos os outros.

Esta atitude comum no grupo, que estamos constantemente desenvolvendo, deve criar tal nível de reciprocidade que começa a criar certo campo entre nós. Este campo de atitude mutuamente boa deve adquirir uma determinada base.

Por que fazemos isso? Nós não estamos fazendo isso apenas para ter um bom relacionamento entre nós. Nós agora queremos elevá-los ao próximo nível, para que possamos existir neste campo mútuo de bondade, um campo de atitude mútua em relação ao outro, de modo que possamos mantê-lo.

Este campo bom e comum entre nós – vamos nos referir a ele através de sua qualidade mútua de doação – necessita ser criado através de nossa garantia mútua, quando eu penso em você e você pensa em mim. Nós temos que nos desenvolver constantemente desta forma através de uma atitude boa. Nós temos que perceber esse calor mútuo de todos para com todos, a fim de criar algo mútuo, mesmo independente de nós, como uma criança comum.

Nós podemos nos referir a esta imagem comum de nós, já independente de nós, para qual já estamos começando a trabalhar, o grupo. A vida nesta imagem, neste grupo, deve ser a principal coisa para nós. Este grupo é o que realmente assumimos como sociedade.

Da “Discussão sobre Formação Integral” 29/02/12

do blog do Dr. Michael Laitman A Percepção De Um Campo Único 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Não É O Presente Que Vale, É A Atenção….


Dr. Michael LaitmanA solução está principalmente na organização do ambiente onde todos conseguiriam se encher com o combustível para trabalhar acima da razão, isto é, o egoísmo. Para fazer isso, nós começamos a trabalhar com alguns casais ​​conduzimos exercícios e discussões.

É semelhante à forma como as pessoas entram numa determinada sociedade, como por exemplo, querer perder peso sem ter qualquer pista sobre como fazê-lo, mas tendo apenas um grande desejo. Da mesma forma, nós nos reunimos em grupos de 10-20 pessoas e nos influenciamos mutuamente. A partir daí, cada um sente a força, a importância da meta, e a pressão.

Nós estamos unidos por um objetivo comum, para construir boas relações familiares. Todos os casais olham para a suas famílias e transmitem a você a força para ficar acima do egoísmo mútuo, no amor mútuo e doação. Eles estão constantemente alimentando você com energia, importância; eles lhe fornecem os meios para permanecer acima do ego. Quanto mais casais em tal grupo, melhores e mais fortes eles serão. Além disso, é importante como eles estão conectados entre si.

Nós ainda não chegamos à conclusão de que nossa natureza é o obstáculo mais importante no caminho para a boa vida. Se você ainda não entende o que significa o seu egoísmo, pergunte à sua esposa e ela vai falar sobre quem você é. Da mesma forma, você pode contar a ela sobre todos os seus defeitos.

Entretanto, as deficiências que todos querem mudar no outro são, na verdade, seu próprio egoísmo. Nós vemos as qualidades negativas no parceiro como reflexo do nosso próprio egoísmo, assim como num espelho. Tudo de ruim que eu vejo do outro lado pertence a mim, sem dúvida. Mesmo se estou certo de que tais qualidades não são minhas características, mas o contrátio, que o outrolado herdou de sua mãe ou avó, na realidade, todos eles são meus próprios defeitos.

No entanto, nós entendemos que não temos escolha e temos que nos livrar de nossa crítica, elevar-nos acima dela, acima de toda negatividade que vemos em nossa parceira. Ao mesmo tempo, ela se comporta exatamente da mesma forma em relação a mim, elevando-se acima de sua crítica, e nós nos relacionamos um com o outro para completar a perfeição. Minha esposa é realmente ideal e meu único desejo é fazer com que todos os seus desejos se tornem realidade; eu estou pronto para fazer tudo por ela. Exatamente da mesma maneira, ela quer fazer tudo para mim.

Se tivermos o combustível necessário, vamos perceber tudo isso. Então, não vamos exigir prova de devoção servil um ao outro dia e noite. Pelo contrário, nós vamos ver que pela virtude de nosso amor, não exigimos quase nada um do outro. Fico feliz em fazer tudo para a minha esposa, e ela para mim. Acontece que nós apreciamos as coisas mais simples, e disso obtemos grande prazer mútuo.

Eu não vou precisar comprar presentes caros, basta um sentimento interno que nos preenche de tal maneira que já não precisaremos de nada. Nós nos sentimos da mesma forma que os recém-casados ​​se sentem, prontos para viver num pequeno apartamento na mais modesta das condições, apenas para estarmos juntos. Isto é o significa “o amor cobre todas as transgressões”. Não há transgressão ou falha que não possa ser preenchida com amor.

Da Discussão Sobre a Nova Vida 12/07/12

do blog do Dr. Michael Laitman Não É O Presente Que Vale, É A Atenção….