terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Alérgico Ao Amor


Dr. Michael LaitmanEu tenho que sentir o amigo como uma parte de mim, como a parte principal. Assim como uma mãe sente o bebê como a coisa mais importante no mundo. Ela cuida do bebê mais do que dela mesma.
A fim de fazer isso, eu realizo diferentes ações no grupo que atraem a Luz que Corrige, de modo que ela formará o novo atributo em mim, o atributo de doação. Então, eu descubro o amor em relação àqueles que eu odiava antes.
Existem várias etapas ao longo deste caminho: primeiro eu chego ao grupo e estudo com os amigos. Seria melhor se eu pudesse conviver sem eles, como, por exemplo, se eu pudesse pagar um professor particular para aprender e para que os amigos fossem embora. Mas o professor me diz: “Você precisa deles; na medida em que você se conectar com eles, você será capaz de ouvir o que eu tenho a dizer, senão você vai permanecer surdo”.

Que tipo de condição é esta? Quanto mais conectados nós estamos, melhor compreendemos o professor. Isto é muito estranho… Não há nada igual a isso em outro lugar.
Depois, o professor, juntamente com as fontes, nos diz: “Se vocês se amarem, sentirão o material que estudamos. Vocês não só o entenderão, mas sentirão; vocês descobrirão uma nova realidade na conexão entre vocês. Se vocês se conectarem como os dedos de uma mão, descobrirão a realidade superior, o mundo superior!”.

Isso é estranho! Portanto, o que devemos fazer?
“Experimente”, eles me dizem. Eu começo a tentar, e se realmente tento me conectar com os amigos, sinto uma aversão. Há conflitos e problemas, acusações mútuas sem fundamento, e é impossível superar isto. Isto parece que não é tão fácil. Qual é o argumento? Trata-se de um problema espiritual: se conectar a fim de avançar em direção ao Criador, ou se separar. Essa não é uma discussão sobre questões menores neste mundo, mas o argumento espiritual entre “Moisés” e o “Faraó”.

Como resultado, eu me sinto impotente, e em vez do amor dos amigos, descubro aversão e ódio. Então eu começo a trabalhar mais e mais intensamente.

Se, por exemplo, eu tenho 50 quilos de ódio e cubro-o com 51 quilos de amor, eu adquiro um vaso espiritual. Afinal de contas, nós temos tentado o máximo possível superar o ódio com a ajuda da oração mútua, e, como resultado, agora sentimos o amor entre nós.

Este é o caminho para o mundo espiritual que descobrimos apenas na conexão entre nós: simplesmente não há outro lugar onde isto possa ser revelado. Eu ouço isso repetidamente, até que depois de vários meses percebo que é assim, até aceitá-lo internamente.

Mas agora eu não aceito isso; como um paciente que é alérgico a determinado medicamento, eu sou alérgico ao verdadeiro amor espiritual.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/01/13, Escritos do Rabash

Do blog do Dr. Michael Laitman Alérgico Ao Amor

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Uma Taxa Para Cada Momento


Dr. Michael LaitmanNo artigo, “A Paz”, Baal HaSulam escreve sobre a citação: “Tudo está em depósito, e uma fortaleza se espalha por toda a vida. A loja está aberta e o lojista vende a crédito, o livro está aberto e a mão escreve”, (ou seja, o Criador grava tudo que acontece). “E todos os que desejam tomar emprestado podem vir e tomar emprestado”, (o acesso é livre e a pessoa pode tomar qualquer coisa que queira) “e os cobradores retornam regularmente, dia-a-dia, e recolhem da pessoa consciente e inconscientemente. E eles têm em quem confiar”, (ou seja, que tudo está documentado) “e o julgamento (a decisão sobre o que a pessoa é acusada) é verdadeiro, e tudo está pronto para o banquete”.

Esta é a forma que os Cabalistas expressam a essência da nossa relação com o Criador.
Por um lado, “tudo está em depósito”, ou seja, que não recebemos nada de graça. É a lei da natureza em que vivemos, onde todas as suas partes estão claramente ligadas nas relações de causa e efeito.
Nós julgamos a natureza de acordo com nós mesmos, e por isso achamos que pode haver certas imprecisões, confusões e coisas complicadas. Mas toda vez que nós realmente exploramos a natureza, descobrimos que as leis são incrivelmente precisas e nos maravilhamos com a sabedoria e a interligação da natureza.

Atualmente, os cientistas reconhecem que existem outros universos e dimensões além da nossa.
Quando eu era criança, na escola, fomos informados de que o nosso universo é infinito e eterno. Depois, soube-se que ele se originou há 14 bilhões de anos, e se estamos falando do tempo, há um começo e um fim do universo. Esta descoberta foi feita pelo cientista americano Hubble, que dá o nome ao telescópio.

Mais tarde, os cientistas descobriram que o nosso universo não está apenas se expandindo (ele surgiu de um ponto), mas também desaparece, como evidenciado pelos buracos negros, etc.
Isso aponta para o fato de que tudo é predeterminado e definido de acordo com as leis de conservação; tudo está distribuído de forma absoluta e clara.

Por isso, diz-se, “o julgamento é verdadeiro, e tudo está pronto para o banquete”, ou seja, para o estado final corrigido.

No entanto, “uma fortaleza se espalha por toda a vida”. O Criador preparou uma armadilha elaborada para a humanidade, onde a força superior garante que todos irão, no final, voltar ao estado corrigido, mas em algum momento da viagem nós recebemos a liberdade de escolha. Atualmente, nós estamos completamente em falta da compreensão deste fato. Nenhuma ciência apreende isto porque a ciência existe num plano, uma linha; não há dualidade.

Quando confrontada com a dualidade a ciência fica presa. A ciência revela certas propriedades da natureza, em oposição à nossa, mas nunca compreende a dualidade. Hoje, apenas a física quântica se aproxima deste fenômeno. É por isso que ela é considerada como a física “fora deste mundo” e nada mais.

Nós devemos mudar a nós mesmos, nossa mente, nossos sentimentos, e daí seremos capazes de sentir por trás disso uma barreira potencial, o limite entre as fases: não importa como você chama isto. Para nós, esta é a transição da Machsom (barreira).

A lei da natureza diz que “o livro está aberto e a mão escreve… e os cobradores retornam regularmente, dia-a-dia, e recolhem da pessoa consciente ou inconscientemente” (de acordo com a decisão do tribunal superior), ou seja, que todo o sistema está num estado de forma precisa e selada.
No entanto, nós temos dois caminhos a seguir: ir à loja e levar o que quisermos sabendo que tudo é registrado e que teremos que pagar a taxa, ou sem saber ou sequer pensar nisso. Se a pessoa não tem consciência dessas coisas, isso significa que ela ainda está numa fase diferente de desenvolvimento; neste caso, ela não está sendo “cobrada” demais, apenas de acordo com seu nível de desenvolvimento.

As pessoas que estudam Cabalá já entendem que estão num estado onde tudo o que pedimos emprestado deverá ser pago e elas automaticamente assinam seus nomes no livro do lojista. Então, no momento em que recebemos qualquer coisa, temos que começar a pensar seriamente em como encontrar o proprietário, como devolver a dívida, e como pagá-la.

Cada momento de nossas vidas está gravado em Seu livro, cada respiração, batimentos cardíacos, e ação, porque tudo o que temos, nós recebemos Dele. “Não considere nenhum momento insignificante”, cada momento da vida tem que ser pago.

Mas nós não temos absolutamente como manter isso em mente, nem podemos contar com os lembretes para nos fazer sentir que estamos realmente marcados em Seu livro e que cada um de nós vai ter que pagar, uma vez que estamos em débito e que a nossa dívida constantemente cresce e se acumula. E a cada momento seguinte, nossas obrigações tornam-se mais exigentes e rigorosas.
Nós chegamos a uma fase interessante, onde temos que aprender esta lei e conhecer sua origem. Nós somos levados até lá gradualmente, como crianças pequenas. Esta lei do desenvolvimento nos trata com cuidado e nos dá a chance de nos acostumarmos com isto.

Da Convenção em Novosibirsk 09/12/12, Lição 5

do blog do Dr. Miclahel Laitman Uma Taxa Para Cada Momento

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Correção Ao Combinar O Incompatível

Dr. Michael LaitmanA dualidade torna o nosso trabalho muito difícil. Eu tentei explicar ontem na Convenção “Uma Mulher Global” de que, por um lado, as mulheres precisam preparar um enorme desejo coletivo para passá-lo aos homens para o seus trabalhos. Elas devem ter certeza de que seu desejo governa o mundo, controla os homens e inicia o processo de correção.

Mas, por outro lado, a fim de fazê-lo com a atitude certa que visa à doação, elas também precisam saber que no momento em que alcançarem o desejo certo, elas vão sentir nele que tudo está corrigido e que os homens são justos completos, não necessitando qualquer correção.

Era difícil de explicar estes dois opostos aparentemente incompatíveis, mas eu ainda tentei torná-los claro e trazer essa idéia para o workshop.

Baal HaSulam escreve em sua carta (No.41): “A realização espiritual está baseada em duas formas opostas que são imediatamente reveladas no homem: uma é da parte do corpo e a outra é a parte da alma”, isto é, o desejo de receber e o desejo de doar. O desejo de receber é chamado de corpo, e o desejo de doar é chamado de alma, e é por isso que a pessoa experimenta essa dicotomia.

“Devido à sua natureza, o homem não é capaz de analisar simultaneamente o corpo e a alma como dois conceitos paralelos e tentar juntá-los num conceito. Portanto, é difícil para ele alcançar a espiritualidade como dois opostos que não podem ser combinados num objeto”.

Na verdade, às vezes nós sentimos que estamos apenas destroçados e não sabemos o que fazer com nós mesmos. O coração contradiz a mente, e a mente não concorda com o coração; tais conflitos de pensamentos e sentimentos nos dominam de modo que é impossível juntá-los em qualquer quadro estável.

“É como a história de Abraão, a quem foi dito que todos os seus descendentes viriam de Isaac, mas agora o Criador ordenou sacrificá-lo. Naturalmente, nada é alterado na realidade no lado do Criador, e estas contradições são formadas apenas no lado do receptor. É por isso que Abraão se alegrou…”.
Todos os nossos sofrimentos derivam do sentimento de duas coisas opostas que não podemos combinar. A base de qualquer desconforto é uma contradição insolúvel entre dois opostos incompatíveis. Você tem que aceitá-los desta forma conflitante e ser grato por poder superá-los e continuar até que eles se fundam. Na verdade, esta é toda a correção.

Na verdade, a pessoa pode-se perguntar: O que você precisa corrigir? “Existência a partir da existência” (Yesh Mi Yesh) e a “existência apartir da ausência” (Yesh Mi-Ain) ser capaz de juntá-las: O Criador e a criatura. Esta é a base da correção, de todo o nosso trabalho. É por isso que este trabalho consiste de pequenas porções, pouco a pouco, gradualmente acostumar-se a aceitar, compreender, sentir e ser feliz que realizamos este trabalho para conectar dois opostos.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 14/01/13

do blog do Dr. Michael Laitman: Correção Ao Combinar O Incompatível 
 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

As Condições Em Que O Amor É Testado


Dr. Michael LaitmanPergunta: O que simboliza a percepção da realidade na forma de “Israel, a Torá e o Criador são um”?

Resposta: A percepção de “Israel, a Torá e o Criador são um” é a única realidade verdadeira que existe. Nós, por outro lado, estamos em um estado de ocultação imaginária, em “mundos”, ou seja, em ocultações que existem apenas em relação a nós, para que possamos ser corrigidos.

O anfitrião que se depara com o convidado aceita o desejo do convidado e cria esta ocultação entre eles para que o convidado não sinta o anfitrião e suas boas ações. É porque esse presente paralisa o convidado! O hóspede quer ser como o anfitrião, mas não pode fazer nada enquanto o anfitrião o satisfaz com tudo o que é bom.

Sob tais condições, o convidado não pode dizer ao anfitrião que o ama e quer doar a ele. Mesmo que ele diga essas palavras, elas só serão ditas em agradecimento ao anfitrião por sua bondade para com o hóspede. Não é desta forma que o amor e o relacionamento são testados. O amor é testado quando você está pronto para dar tudo o que tem! Então, fica evidente que você ama e doa.

Assim, o anfitrião concorda com o hóspede, que ele deve ter as condições adequadas para expressar a sua atitude. Caso contrário, o convidado não tem porque receber a bondade do anfitrião, e só vai experimentar tristeza. Em vez de apreciar os refrescos que o anfitrião preparou, ele vai se torturar.
 Isto traz grande tristeza ao hóspede, e por isso ele está pronto para restringir seu desejo (restrição I). Mais tarde, um sistema se desenvolve que permite ao convidado se corrigir. É como se ele fosse jogado fora do anfitrião para o outro lado da criação, da realidade, como se ele caísse de um penhasco em um abismo.

Mas ele está feliz com isso, pois ao cair ainda mais, ele começa a descobrir quem ele é. Antes, ele se dissolveu na Luz superior que tomava conta de tudo e cobria tudo. A Luz preencheu o desejo de receber e o desejo nem mesmo entendia o que realmente era. É assim que sente uma pessoa que tem um patrão importante e influente, que ela não pode pensar em nada sozinha, e assim começa a se perder.

Mas a criatura que é jogada fora do Criador para o outro lado da realidade pode agora verificar se o seu desejo era real no mundo de Ein Sof (Infinito) e pode fazer tudo pelo anfitrião, assim como o anfitrião faz por ela. Será que o convidado pode realmente fazer isso e será que ele quer? Aqui é onde começa o seu trabalho.

Primeiro há um longo período de preparação, milhares de anos de nossa história, que por enquanto nem podemos sequer considerar que existíamos com relação ao mundo espiritual. Por enquanto é apenas um processo que ocorre dentro de nós, como um sonho. Como num sonho, 50 anos de nossas vidas passam em cinco minutos. É a mesma coisa conosco, que ao entrar na realidade espiritual, na escada espiritual, olharmos para trás e para todo o caminho que fizemos em nossa vida como parecendo um episódio curto e sem sentido de no máximo um par de dias. A escala dos eventos muda totalmente.

Após o convidado restringir seu desejo, ele já pode começar a trabalhar e se adaptar ao anfitrião. Ele está pronto para receber do anfitrião na medida em que pode doar a ele por isso. Ele está pronto para estar no escuro e receber tanto a Luz quanto a escuridão. Isso significa que ele não precisa sentir o gosto e as satisfações do anfitrião para seu próprio prazer. Ele recebe essas satisfações apenas para doar e dar alegria ao anfitrião.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 08/01/13, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot

do blog do Dr. Michael Laitman As Condições Em Que O Amor É Testado

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

É importante melhorar as minhas intenções, e não dar muita importância aos meus pensamentos e desejos. É inútil lamentar e pensar sobre os pensamentos e desejos que passam por mim. Não há razão para estar arrependido do que penso ou quero fazer. A verdadeira vantagem está apenas na mudança de intenção, para a intenção correta, a fim de agradar o Criador. 

 Da preparação da lição matinal de 9.1.13, 2:20-3:50 Kab tv