quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

"Que poderes são necessários para trabalhar”

"Que poderes são necessários para trabalhar”
(Artigo do Rabbash)

“... Se alguém te disser:
‘Eu me esforcei, e não encontrei’,
não acredite;
‘Eu não me esforcei, e encontrei’,
não acredite;
‘Eu me esforcei, e encontrei’, acredite’.


É importante para nós compreender o que é isso: ‘não acredite’. Estamos falando de pessoas que contam mentiras? Isso não se refere a pessoas que estão envolvidas no serviço do Criador, e que certamente são pessoas valorosas? Então, porque deveríamos acreditar que elas estão mentindo, e qual é o conceito, onde está escrito: ‘acredite!’, ou ‘não acredite!’?

Para compreender isto, primeiro precisamos saber o que é esforço. Nós já falamos muitas vezes sobre isto: que se pode chamar esforço, quando a pessoa precisa agir contra a própria natureza.

Quer dizer, já que nascemos com o desejo de receber para nós mesmos, para que possa haver ligação, equivalência de forma (pois somente desse modo acontece a situação em que a pessoa pode receber o bem e a alegria sem que haja o aspecto da vergonha), então foi feita uma correção: é necessário fazer tudo para beneficiar. Senão, nós nos encontramos no vazio, no vácuo: o vazio de luz, que é chamado ocultar e ocultamento, em que não é sentida a santidade, quando a pessoa está envolvida em amor próprio.

Assim, quando se começa a trabalhar para beneficiar, e isso vai contra a nossa natureza, isso se chama esforço. Pois o corpo (quer dizer, as vontades e desejos da pessoa) opõe-se a isto, pois se a cada movimento que o corpo faz, ele não vê que isso será útil para si mesmo, ele se opõe a isso com toda a sua força, e são necessários poderes tremendos para vencê-lo.

E aqui começa o trabalho principal, sobre o qual se diz: ‘eu me esforcei’, ou ‘eu não me esforcei’. E é sobre isso que perguntamos, como é possível que se alguém disser ‘eu não me esforcei, e encontrei, não acredite’. Não estamos nos referindo a pessoas que já mereceram o aspecto de ‘encontrar’? Certamente essas pessoas são valorosas, e não pode dizer que estão mentindo. Se fosse assim, como seria possível dizer ‘não acredite’ neles, como se eles estivessem mentindo? A verdade seria que eles trabalharam? Se fosse assim, por que eles dizem que não trabalharam, e encontraram?

A resposta é que, como foi dito acima, quando a pessoa começa a trabalhar para beneficiar, o corpo começa a se opor, e a pessoa começa a praticar ações como remédios especiais (Torah e Mitzvot), para ter o poder de vencer o mal que está nela. Mas em vez da ajuda que ela espera receber da Torah e das Mitzvot, ela vê que acontece o oposto:

Pois apesar dele pensar que a cada vez, dá um passo à frente, o amor próprio faz com que ele sinta que não vale a pena trabalhar, e então ele pensa que já está na hora do mal ser subjugado, e acredita que certamente esse sentimento lhe foi dado pelo Alto, e que certamente, de agora em diante, ele não terá mais nenhuma conexão com o mal. E de repente ele vê que outra vez, ele caiu na mais baixa das baixezas, que ele é feito de amor próprio, e novamente sente o ocultamento do propósito da criação, que é fazer o bem às criaturas. Ele acredita que para merecer o bem, primeiro ele precisa merecer o amor do Criador, mas ele vê somente o quanto ele ama a si mesmo; então, ele decide se anular perante o Criador, e diz que não há outro domínio no mundo. Mas tudo pertence ao Criador, e o inferior não merece sequer menção. Nessa situação, a pessoa não é capaz de chegar a conclusões, e então, quando lhe vem o pensamento de se anular perante o Criador, seu corpo (o desejo de receber) o contraria, e faz com que ele pense:

‘Como é que você quer se anular perante o Criador, como se não tivesse nenhuma existência própria, e como se houvesse somente o domínio do Criador, e como se você não quisesse nem mesmo ter um nome - isso não é contra a natureza? Pois enquanto a pessoa vive, ela quer existir, e sentir sua entidade. Como alguém pode lhe dizer que ela precisa se anular perante o Criador, e perder sua entidade?’

E então o corpo diz que não concorda com isto – e esse aspecto é chamado o exílio, isto é, quando todos os desejos que estão na pessoa dominam o aspecto de Yisra’El que está nela (Yashar El: a pessoa não deseja nenhuma existência própria, mas quer se anular diretamente para D’us). E foi assim que aconteceu no exílio do Egito, em que os egípcios dominavam a nação de Yisra’El, que não podia escapar por si mesma desse controle, pois está escrito: ‘Eu, D’us teu Senhor, te tirarei da terra do Egito’.

Isso significa que a pessoa, sozinha, não tem o poder de vencer, e de sair do domínio do corpo, mas somente o Próprio Criador e Sua honra são capazes de redimi-la de seu exílio.

E agora emerge a questão: se a pessoa empregar uma grande quantidade de esforço, e atravessar muitas ascensões e quedas, e muitas vezes ela alcançar um aspecto de desespero, isso significa que ela já chegou a uma certa decisão quanto ao aspecto de que ‘todas as suas ações devem ser em favor dos Céus’: ela decide que isso não é para ela, que isso se aplica somente a pessoas excepcionais, com habilidades excepcionais, e a pessoas fortes, que são corajosas no coração - enquanto ela, não é capaz de alcançar nada. E ela já decidiu abandonar esse sistema, mas então, novamente ela recebe um despertar do Alto, de tal modo que em sua situação presente, ela esquece o que havia decidido antes. E então, ela vê que está novamente ‘sobre o cavalo’, e que ela também pode chegar ao estado de doação, abandonando o amor próprio. E de repente, novamente, ela cai de nível, e novamente esquece o que havia dito antes (que era capaz de atingir o trabalho da doação), e nem lhe passa pela cabeça que outra vez ela cairá de seu nível. Em vez disso, agora ela tem certeza de que vai progredir, e agora ela vê que isso não é como ela pensava. E pensamentos e situações como esta lhe acontecem, sem parar.

E do que foi dito, resulta que quando o Próprio Criador ajuda a pessoa, e a retira do exílio, ela não sabe o que dizer. Ela vê que por um lado, todos os seus esforços não renderam nenhum fruto, mas entende que se o Criador não tivesse ajudado, ela já teria saído de cena, pois muitas vezes ela teve essa idéia. E se é assim, a pessoa não pode dizer ‘eu me esforcei, e encontrei’, pois ela vê que por seu próprio esforço ela não ganhou nada. E se ela mereceu o aspecto de ‘eu encontrei’, foi somente por causa da benevolência do Criador. E assim ela diz: ‘eu não me esforcei, e encontrei’. Ou seja, que o esforço que ela fez não ajudou nem prejudicou – não teve efeito; foi irrelevante.

Agora podemos compreender como é que é possível desconfiar da pessoa, como se ela estivesse dizendo uma mentira. É simples, ela diz o que ela vê, e ela vê que todos os seus esforços não a ajudaram de modo algum, e então ela diz com sinceridade: ‘eu não me esforcei’. Isso quer dizer que, quanto a alcançar o objetivo, ela não fez nada, isto é, apesar de todo o esforço que ela fez, ela permaneceu no estado de baixeza, ou até mais baixo do que ela sentia no começo de seu trabalho. Pois quando ela começou o trabalho da doação, ela pensava que tinha só um pouquinho de mal, e que certamente teria a força para vencer isto, e que estaria ao seu alcance trabalhar para doar, e não receber nada para si mesma. E o que ela ganhou do trabalho e do esforço que ela investiu? Ela chegou à mais baixa e incomparável das baixezas. Sendo assim, como ela poderia dizer ‘eu me esforcei, e encontrei’? O esforço não fez com que ela encontrasse um mal maior, em vez da santidade ou da entrada na santidade? Por isso, ela está fazendo uma afirmação verdadeira, de que o esforço não lhe valeu nada. E assim, o esforço certamente não foi a causa para que ela encontrasse o que encontrou. Por isso ela diz ‘eu não me esforcei, e encontrei’ – ela não está mentindo, pois o que diz está de acordo com o que vê.

Mas então, por que é que eles dizem: ‘não acredite’? A pessoa não está dizendo a verdade? Sendo assim, o que há de falso em suas palavras, para que os Kabbalistas digam ‘não acredite’?

A questão é a seguinte. Há uma regra geral: ‘não há luz sem um vaso’. Isso significa que é impossível que haja preenchimento, se não houver uma ausência. Assim, quando a pessoa faz um trabalho, e investe forças e esforços para chegar ao estado em que beneficie o Criador, quanto mais ela investe seus poderes, mais intensamente desperta nela a ausência do preenchimento, ou seja, quanto mais ela se esforce para chegar ao nível da doação, mas ela se vê longe dele. E quem faz com que ela entenda que está longe da doação? O próprio trabalho. Isso se compara a uma pessoa que agarra um ladrão, e o ladrão tenta se livrar dela. Então, se o ladrão não mostra muita resistência, a pessoa não precisa de muitos poderes (forças) para segurá-lo. Porém, se o ladrão mostra muita resistência, a pessoa precisa empregar mais poderes, de modo que o ladrão não fuja de seu aperto. E se o ladrão mostrar poderes maiores do que aqueles que a pessoa tem, e ela vir que logo ele vai escapar, a pessoa começa a gritar por ajuda e diz: ‘SOCORRO’!

Sendo assim, quando é que a pessoa grita por ajuda? Especificamente numa situação em que a pessoa não seja capaz de salvar-se com seus próprios poderes. Então ela começa a gritar por ajuda. Isso não acontece se o ladrão for uma criancinha, e a pessoa possa segurá-lo com uma mão; se ela gritasse por ajuda, certamente ririam dela, pois não é usual que se peça ajuda quando a própria pessoa é capaz de lidar com o assunto sem o auxílio de ninguém. A razão para isso é que, no mundo, não há preenchimento sem ausência (ou necessidade); e se a pessoa pedir ajuda sem necessidade, todos rirão dela, pois isso não corresponde à ordem da correção da criação. Assim, quando a pessoa não precisa dos outros em sua vida, e pede ajuda e suporte, todos riem dela, mesmo que ela insista em pedir ajuda. E por mais que ela peça e suplique por misericórdia, se ela não tiver necessidade, rirão dela, e não lhe darão nada.

E assim podemos entender o que ele diz: ‘eu não me esforcei, e encontrei’. Os Kabbalistas dizem ‘não acredite’, mas como explicamos, ela está dizendo a verdade, pois não há preenchimento sem uma ausência. Por isso, a pessoa precisa trabalhar e investir esforço, e fazer tudo o que for possível para chegar ao nível em que suas ações sejam em favor dos Céus. E conforme o esforço que ela puser no serviço, ela se tornará mais necessitada de que o Criador a ajude. E então, quando ela tiver um vaso – isto é, um necessidade de que o Criador a ajude – ou seja, quando ela vir que não tem outra alternativa para alcançar o nível de doação, então ela receberá ajuda do Alto.

E assim, resulta que ambos estão dizendo a verdade. Ele deve dizer ‘eu não me esforcei’, pois seu esforço não valeu nada, ele não ganhou nada desse esforço, mas sim o contrário. Ou seja, como resultado do esforço ele chegou ao reconhecimento de que o esforço não valia nada, isto é, que não é possível adquirir nada com o esforço, e isso a pessoa vê racionalmente, e não se aplica aqui acreditar acima da razão, pois o esforço não a ajudou, isso está claro. Então, pode-se dizer ‘eu não me esforcei, e encontrei’. Assim a pessoa diz a todos que seu esforço não valeu nada, e está dizendo a verdade, conforme sua compreensão. E sobre ela os Kabbalistas dizem ‘não acredite’ que ela não fez esforço, e a razão para isto é que ‘não há luz sem vaso’, ou ‘não há preenchimento sem uma ausência’. Assim, é necessário o esforço, que aumenta sua sensação de ausência a cada vez, de modo que ela tenha necessidade de que o Criador a ajude, até que ela receba uma verdadeira ausência, e que o Criador saivá que essa é a ausência apropriada e completa para o preenchimento – e então, o Criador lhe dá o preenchimento.

Assim, se a pessoa não faz esforço, não há lugar para que o Criador lhe dê preenchimento. Então nós vemos que o esforço realmente tem valor, a um tal ponto que sem o esforço não é possível que ela encontre o que encontrou, como foi dito, pois ‘não há preenchimento sem uma ausência’. Por isso, se eles dizem ‘eu não me esforcei e encontrei’, ‘não acredite’, pois é preciso haver um esforço, já que é isso que dá lugar à benevolência do Criador.

Então, quando a pessoa diz ‘eu me esforcei, e não encontrei’, eles dizem ‘não acredite’. Isso significa que se a pessoa tivesse realmente se esforçado, e recebesse a necessidade de que o Criador a preencha, certamente o Criador lhe teria dado o preenchimento. Mas certamente ela não se esforçou o tanto que era necessário para receber o preenchimento. E quando a necessidade está completa? Isso, o Criador sabe. Portanto, é obrigatório para a pessoa que acrescente e aumente seu esforço, e não fuja do cenário, até que o Criador a ajude.

E assim se pode compreender a questão que formulamos, sobre quais são os poderes necessários para que a pessoa seja capaz de atingir o nível em que todas as suas ações sejam em favor dos Céus. A pessoa precisa ser tremendamente talentosa, e ter um desejo muito poderoso, e um coração muito corajoso, e outras qualidades similares. Isto é, é preciso que a pessoa tenha uma grande força para se esforçar, ou grandes poderes, como foi dito, para que ela mereça o aspecto de ‘eu encontrei’, e possa dizer ‘eu não me esforcei’, pois ela vê que todo o seu esforço não produziu nada, e que mesmo se ela fosse a pessoa mais poderosa do mundo, isso não a teria ajudado, pois para atingir conexão com o Criador, e sair do domínio do amor-próprio, somente o Criador pode ajudar, e tirá-la do domínio do vaso que deseja receber por receber, como está escrito: ‘Eu sou o D’us teu Senhor que te tirou da terra de mitzraim, para ser o teu Senhor’, e não há poderes numa pessoa que possam ajudar nisto.

E assim se explica o que está escrito na canção de Chanukah, ‘Ye’va’nim (reuniram-se contra mim), nos dias dos Chash’mo’nai’im, e quebraram as muralhas de minha torre, e contaminaram meu óleo’. Essa é a questão do esforço que precisamos para revelar a ausência. Assim, só é possível saber exatamente o que está faltando quando a pessoa deseja se aproximar da santidade, ou seja, fazer todas as suas ações em favor dos Céus, e isso é chamado o aspecto de Chash’mo’nai’im, cujo propósito era livrar a santidade do domínio dos poderes impuros que são chamados Ye’va’nim.

E especificamente, quando a pessoa deseja se aproximar da santidade, por meio da fé acima da razão, revelam-se para ela as opiniões dos Ye’va’nim, que são o poder impuro que se opõe à fé, e então vê-se o intelecto dos Ye’va’nim, pois antes que a pessoa começasse o trabalho de doação, os Ye’va’nim não se revelavam para ela, e ela pensava que tinha fé suficiente no Criador, e que tinha o poder de observar Torah e Mitzvot, e a única coisa que estava faltando era melhorar sua Torah e Mitzvot. Não é esse o caso, quando a pessoa quer ser como os Chash’shmo’nai’im, isto é: quando somente a santidade governar o mundo. Então os Ye’va’nim, que são o poder impuro oposto à fé, que se revela a cada vez com mais força, e especificamente deseja quebrar as muralhas de minha torre (a fé, que é a muralha de toda a grandeza). A muralha depende de quanta fé a pessoa tenha no Criador, como está escrito no Santo Zohar: ‘na’dah b’sh’a’rim ba’a’lah’, cada um de acordo com o que estima em seu coração, pois quanto à fé no Criador, cada um tem uma porção diferente, como está escrito na ‘Introdução ao Estudo das Dez Sfirot’ (14).

E do que foi dito, podemos compreender que quando as muralhas de minha torre se romperam, ou seja, quando viram que não tinham fé, e não eram capazes de ir além da razão, especificamente quando quiseram entrar no serviço de doar ao Criador, eles se reuniram contra mim, e os pensamentos dos Ye’va’nim começaram a vir, permitindo apenas que ele procedesse de acordo com o que o intelecto julgava válido, e isso não é o caso quando algo vai contra o intelecto. Então eles se opõem a isso com força, e não permitem que ele escape. E então começa o trabalho, isso é, quando a pessoa começa a trabalhar pela doação, pois somente então se vê que a pessoa não é capaz de fazer nada contra sua natureza, que é o desejo de receber para si mesma.

Assim, quando o Criador fez um milagre para eles, e os ajudou, então todos viram que todo o trabalho tinha sido inútil. Isso é, que todo o trabalho foi gratuito, pois eles não eram capazes de vencer, como está escrito, ‘você colocou o poderoso nas mãos dos fracos, e muitos nas mãos de poucos etc.’, o que significa que de acordo com as leis da natureza e do intelecto não haveria modo de triunfar sobre os inimigos, pois eles eram fracos e poucos etc. Sendo assim, eles conceberam racionalmente que o Criador os havia ajudado, e isso nos ensina que quando o Criador ajuda, não é correto dizer que Ele pode ajudar uma pessoa poderosa, e não, uma pessoa fraca.

Assim podemos ver quais são os grandes poderes e os traços de bom caráter que precisam estar numa pessoa, para que o Criador a ajude, e para que ela seja capaz de se aproximar dEle, e pode-se explicar ‘você colocou os poderosos nas mãos dos fracos’, isto é, os pensamentos poderosos e os desejos poderosos dos Ye’va’nim, nas mãos de Yisrael, que são pensamentos fracos numa pessoa, que não são talentosos, e seus desejos, são de que eles tenham um desejo forte o bastante para vencer todos os desejos de receber por receber – isso, eles não têm, e mesmo assim, você colocou esses poderosos nas mãos dos fracos, e a isso se chama um milagre, pois está além da natureza, que eles pudessem vencer.

E isso nos ensina que a pessoa não deve dizer que não está preparada, nem é talentosa o suficiente para vencer a natureza. E mesmo que a pessoa fosse a mais poderosa de todos os poderosos, ainda assim, somente o Criador poderia ajudar, como foi dito acima sobre os que dizem, ‘eu não me esforcei e não encontrei’. Isto é, aquilo que foi encontrado – os vasos de doação – foi dado pelo Criador. É como está escrito (Salmo 33): ‘O rei não foi salvo por um grande exército, um homem poderoso não é salvo por uma grande força etc., vejam que o olho do Criador está sobre aqueles que O temem, sobre aqueles que esperam pela Sua bondade, para salvar suas almas da morte etc.’, cuja explicação é: ‘vejam o olho do Criador’, o que quer dizer que o Criador olha para aquele povo que ‘espera por Sua bondade’, isto é, que espera que o Criador lhes dê os vasos de doação.

Traduzido por: Luiz Oliveira

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Perturbação é o Problema – O Grupo Oferece a Solução

Laitman.com.br
Cabala e o Sentido da Vida – O Blog pessoal de Michael Laitman
Publicado em 8 de novembro de 2009 por souzapin

Questão que recebia: Por que precisamos de perturbações no caminho para o Criador?
Minha Resposta: Todo mundo vai para a escola. Todos os dias, meus professores me dão problemas e exercícios em todos os assuntos diferentes. Eu avanço devido a esses exercícios já que não aprendemos nada se eu não resolver estes problemas.
Cada problema é um distúrbio. Algumas pessoas fazem esportes, e para que ele excedam em seu esporte, eles precisam treinar duro diáriamente e continuar melhorando suas habilidades. Esta regra aplica-se a tudo, e no caminho espiritual não é exceção. Há, no entanto, diferenças.
Em nosso mundo vejo claramente o objetivo. Por exemplo, se eu quiser me tornar um cientista famoso, médico, músico ou desportista. Em outras palavras, eu quero ser alguém especial. Mesmo que eu tenha que superar muitos obstáculos, vejo claramente o resultado, que é a fama e o respeito de todo o mundo.
Neste caso, o egoísmo me enche de energia. As pessoas desperdiçam suas vidas alcançando uma posição de respeito na sociedade, e eles desenvolveram as forças para alcançarem seu objetivo.
Mas no trabalho espiritual, eu não sinto que estou avançando e eu não tenho a força para avançar. É porque as pessoas ao meu redor não dão valor aos ideais espirituais, e eu ainda não vejo esses ideais. Então o problema não são as perturbações, pois temos muitas delas em nossas vidas diárias.
O problema é que não vejo o resultado final e eu não quero receber o apoio do ambiente social. É aqui que nós absolutamente precisamos da ajuda dos outros. Se eu sou parte de um grupo que sempre eleva o objetivo espiritual nos meus olhos, então torna-se fácil para mim atingir a meta. Ultrapassar um obstáculo não é difícil, porque eu entendo que qualquer demanda objetiva trabalha com o meu próprio eu. A coisa mais importante é o grupo para me ajudar.

Categoria: Crianças |