segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ajudando O Mundo A Revelar O Criador



Dr. Michael Laitman
PerguntaComo nós podemos chegar à integralidade e unificação através da disseminação e do método integral?

RespostaA disseminação nos apóia, ela nos obriga a estar juntos, nos comunicar, conectar, discutir, etc. Mas não devemos esquecer que a disseminação só será eficaz se estivermos em busca de um objetivo maior: a revelação ao mundo do estado em que existiria dentro da Luz superior, no bem supremo, em amor e doação. Nós estamos todos dentro deste campo: o campo da informação, campo da bondade.
Se nós estivermos perseguindo esse objetivo em nosso trabalho de disseminação, através dele evocamos a influência da Luz circundante sobre nós e todo o mundo. Obviamente, com isso nós nos tornamos mais próximos de nós mesmos. Esta intenção deve estar presente, pelo menos de alguma maneira, em algum lugar, de alguma forma,  mas precisamos tomar cuidado para garantir que ela esteja lá.
Nós não temos o direito de esquecer isto, porque, do contrário, a nossa disseminação não será eficaz; ela será simplesmente uma ação corporal. Porém, se estivermos pensando sobre como, através dessa ação, estamos trazendo o mundo, e nós junto com ele, à revelação do Criador, então seremos bem sucedidos.
Nós também podemos acrescentar uma intenção: que através disto nós queremos dar prazer ao Criador. Mas este é um grau bastante elevado. Eu não quero falar sobre isso ainda, porque as pessoas ficam confusas: “Quem é o Criador? De que tipo de prazer nós estamos falando”, etc. A nossa psicologia interior age com tais frases. Não podemos dar nada ao Criador, nenhum tipo de prazer. Mas nós dizemos isto desta forma porque sentimos que isto está aparentemente acontecendo na reflexão sobre nós.
Se começarmos a perseguir este objetivo, a nossa disseminação será bilhões de vezes mais eficaz. Isso é o mais importante. Você tem que disseminar com a compreensão de que, através disso, você está trazendo enorme benefício ao mundo, ajudando-o a revelar o Criador. Além disso, a conexão entre nós se tornará correspondentemente maior. O problema está apenas na ausência ou incompletude da nossa intenção.
Da Convenção de Vilnius 25/03//12, Lição 5
Do site do Dr. Michael Laitman: Ajudando O Mundo A Revelar O Criador

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sofrimento Mínimo, Prazer Máximo

Eu gostaria de falar sobre a condição que a Natureza coloca diante de nós: nós temos que alcançar o amor absoluto entre todos os sete bilhões de indivíduos no mundo. Esta condição é realmente incontestável? Será que somos capazes de cumpri-la? Será que é realmente assim, que se conseguirmos pelo menos um êxito parcial, se avançarmos nesta direção, nós iremos ver, repetidas vezes, que tudo isso é para o nosso benefício, que isto nos muda, nosso ambiente e toda a vida para melhor? A essência da Natureza de cada pessoa é a preocupação por si mesma. Uma pessoa é incapaz de pensar em outra coisa. Se examinarmos e estudarmos todas as nossas ações, nós vamos ver que precisamos de energia para realizá-las. Mesmo um simples movimento, como quando mudo a minha mão de um lugar para outro, eu preciso gastar energia. No entanto, esta energia pode aparecer e estar a meu serviço apenas sob a condição de que usando-a, eu vou conseguir algum benefício para mim. Assim, nós temos a seguinte condição: quaisquer mudanças internas dentro dos átomos ou moléculas, qualquer movimento corporal, qualquer movimento em meus sentimentos e razão, exigem que eu veja qual estado benéfico resultará deste processo. Esta é a forma como eu me relaciono com tudo na minha vida. Certas ações, eu executo instintivamente. Por exemplo, sempre que eu estou sentado numa cadeira, eu não penso sobre que posição sentar. Durante uma conversa, eu não pondero minhas inflexões vocais. Na maioria dos casos e ações tudo é realizado de acordo com um cálculo interno. Dentro de mim abriga um desejo egoísta de me sentir bem e experimentar uma sensação agradável de bem-estar. Isso eu vejo como o resultado desejado de todas as minhas ações. A esperança de um bom sentimento age constantemente e me dá segurança em determinado estado. Onde quer que eu possa ir, o que eu estou fazendo ou dizendo, não importa como eu me conduza, tudo isso é apenas para obter os melhores meios possíveis para um bom estado. Eu quero comer, dormir, festejar. Eu sou obrigado a trabalhar a fim me sustentar. Tudo isso eu faço só para me trazer benefícios. Em essência, toda a minha vida baseia-se em como alcançar o maior lucro com o mínimo de sofrimento e máximo de prazer, a fim de me satisfazer com tudo o que puder. Com o que eu devo me satisfazer? Isso depende da minha educação, da influência do meu ambiente, da escala de valores que eu recebi, e do hábito que se torna uma segunda natureza. O que me foi ensinado é com o que eu aprendi a conviver, mesmo que seja artificial. É assim que eu vivo, fazendo muitas coisas na minha vida não porque eu queira isso inicialmente, mas porque a sociedade, pais e educadores ensinaram e me acostumar a isto. Como resultado, eu ajo mecanicamente, sem precisar do poder do pensamento. Existem outras coisas na vida também. Essas coisas que sou forçado a fazer, e que exigem esforço interno, como quando eu me convenço de que vale a pena. Digamos que um alarme toca e eu me levanto mesmo que eu queira dormir. Talvez eu tenha um trabalho difícil e desinteressante, mas ainda assim eu sei que depois de um dia exaustivo de trabalho, vou voltar para minha família e para o ambiente acolhedor e aconchegante onde posso descansar e experimentar sentimentos bons. No entanto, eu tenho que pagar por esses sentimentos, e é por isso que eu estou escravizado. Todas as minhas ações, todos os contatos com algumas pessoas e o distanciamento de outras, em última análise são projetados para criar uma atmosfera mais agradável para mim. Então, eu estou sempre preocupado em como posso me sentir melhor. Essa é a natureza de cada um de nós, e que pertence ao nível “animal”. Basicamente, os níveis inanimado, vegetativo e animal da Natureza sempre aspiram a se sentir melhor, a um estado cada vez melhor. Todas as criaturas acreditam que esse estado será equilibrado, que nele não sentirão pressão ou serão puxadas em alguma direção diferente, mas estarão em harmonia com o que imaginam ser uma vida melhor. Assim, verifica-se que toda a minha vida eu observo a “lei de sentir-me melhor”. Esta é a condição onde existimos, e nossa natureza egoísta constantemente nos orienta em direção a isto. 

 De KabTV “Uma Nova Vida” Episódio 13, 11/01/12

Do site do Dr. Michael laitman: Sofrimento Mínimo, Prazer Máximo

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Aumente O Volume Do Ponto No Coração



Pergunta: Você disse que nós temos que olhar o mundo através do prisma do grupo. Em outras palavras, qualquer coisa que nos acontece na vida corporal tem que nos lembrar que devemos retornar ao pensamento sobre os nossos amigos e o grau de união entre nós. Será que eu compreendi bem, que tudo o que acontece é apenas um lembrete? É este o prisma do grupo?

Resposta: Não há lembrete aqui. Você existe num enorme e infinito mundo integral. O Criador criou somente o mundo do Infinito. Tudo o que existe em nosso entendimento e sensações, além do mundo do Infinito, é uma percepção parcial do mesmo mundo do Infinito.

Nós recebemos a grande Luz Circundante (Ohr Makif), a Luz da correção, conforme a nossa capacidade de ir em direção à percepção do mundo integral. Em outras palavras, temos que tentar estar mais perto dela, tentar senti-la como uma Luz geral, eterna e perfeita, como ela realmente é, e não como imaginamos que ela seja. Nós invocamos a iluminação do nível superior sobre nós, na medida dos nossos esforços e, assim, crescemos.

Agora, nós chegamos a um estado em que somos capazes de olhar o mundo e começar a percebê-lo como um todo, e percebemos a nós mesmos como aqueles que o revelam. Isto é necessário.

Por que precisamos de um grupo? Nosso Kli (desejo) comum quebrou apenas para que nós começássemos a juntá-lo com os nossos próprios esforços. Estes esforços evocam a Luz Circundante. Por um lado, a Luz Circundante aumenta a sensação de nossa individualidade, ou seja, o nosso egoísmo cresce (o lado esquerdo, a linha de esquerda). Mas, por outro lado, a Luz nos dá a sensação de união, a revelação da qualidade de doação (o lado direito, a linha direita).

Quando não estamos no mundo do Infinito, mas 125 níveis abaixo dele, ao irmos em direção a ele, pela força, como numa barra elevada, conforme a nossa aspiração, atraímos sobre nós a Luz superior do mesmo mundo do Infinito. Esta Luz aumenta tanto o nosso egoísmo quanto a qualidade de doação: duas qualidades opostas.

Desta forma, você revela o mundo do Infinito 620 vezes maior em seu poder do que antes. Se antes você estava no nível mais baixo (zero), ao atingir o 125º nível você aumenta a si mesmo 620 vezes. Você atinge todas as luzes de Nefesh, Ruach, Neshamah, Haya e Yechida, você se eleva de Malchut, através Zeir Anpin, Bina e Hochma, à Keter, e assim vai do nosso mundo ao estado do Infinito.

Todas essas sensações não são físicas; elas estão dentro de você. É como se você estivesse inflando um órgão sensorial dentro de você, que inicialmente é apenas um ponto, e é por isso que é chamado de ponto no coração, onde você é incapaz de sentir qualquer coisa. Você gradualmente o infla usando duas linhas opostas: uma linha de recepção e uma linha de doação, os desejos de desfrutar e a intenções de doar.

Você cresce à medida que sobe esses graus conforme a sua intenção de doar e o seu desejo. Assim, tudo depende da nossa pressão, da sua aspiração ao próximo e sempre superior nível.

De KabTV “Fundamentos da Sociedade Integral” 26/02/12
do dite do Dr. Michael Laitman Aumente O Volume Do Ponto No Coração

100% De Trabalho Espiritual Nas Cadeias Do Ego

100% De Trabalho Espiritual Nas Cadeias Do Ego

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ao Desfrutar Os Refrescos, Não Se Esqueça Do Anfitrião


Baal HaSulam, Shamati # 52, “Uma transgressão não extingue uma Mitzva“: Eu ouvi outra parábola que ele contou sobre dois amigos, um dos quais tornou-se um rei e o outro tornou-se muito pobre. O pobre ouviu que seu amigo tornara-se rei. O pobre foi até o seu amigo rei, e falou sobre o seu mau estado.

O rei deu-lhe uma carta endereçada ao ministro do tesouro, que por duas horas deixasse o amigo receber tanto dinheiro quanto quisesse. O pobre foi até o tesouro com uma pequena caixa, entrou e encheu essa pequena caixa com dinheiro.

Quando ele saiu, o ministro chutou a caixa e todo o dinheiro caiu no chão. Ele continuou da mesma forma uma e outra vez, e o pobre homem estava chorando: “Por que você está fazendo isso comigo?”. No final, ele disse, todo o dinheiro que você pegou ao longo deste tempo é seu e você vai levar tudo. Você não tem os recipientes para pegar dinheiro suficiente do tesouro, e é por isso que foi feito este truque com você.

Nós temos que estar prontos para a situação que no momento em que enchermos a nossa “caixa”, ela será imediatamente esvaziada. No entanto, não é assim que continuamos a preenchê-la mecanicamente e a tomar cada vez mais do tesouro.

O ego sente como a caixa está sendo esvaziada repetidamente, e ele mesmo começa a treinar-nos a perceber isso como algo normal. Então, nós começamos a perguntar por que isso acontece dessa forma, qual é o significado disto, e não concordamos com isso.

Nós atravessamos os mesmos estados repetidamente, enquanto a Luz age sobre esta repetição inflexível e nós começamos a compreender que não precisamos nos preocupar com a caixa cheia, mas com o próprio trabalho. A oportunidade de transferir o tesouro do rei de um lugar para outro nos dá satisfação, e assim alcançamos a doação “Lishma“.

Nós não devemos visar e nos concentrar na satisfação, que é agradável e importante para nós hoje, mas pensar constantemente no que será importante amanhã. Precisamos fazer isso imediatamente, e assim seremos semelhantes ao mesmo velho homem que caminha curvado e está procurando, como se perdera alguma coisa. Ele está constantemente com medo de perder a importância da meta e tenta esclarecer o que é exatamente esta meta.

A meta não são as sensações agradáveis. As sensações agradáveis ​​são necessárias para que eu possa superá-las e exigir sentimentos diferentes — para sentir a importância Daquele para quem estou trabalhando e que permanece em ocultação. Eu exijo a revelação da grandeza do Criador apenas para suprir a mim mesmo com combustível para o trabalho. Como se diz: “A Sabedoria (Hochma) é para os humildes” e “A recompensa por um mandamento é um mandamento”. A isso é que a pessoa deve aspirar a fim de que seja autorizada a se elevar acima de um ação para a próxima, que não tem relação alguma com o prazer que recebeu.

É como se eu preparasse alguma ação, executasse e recebesse bons resultados. Agora, eu preciso agradecer ao Criador por executar tudo do começo ao fim. Afinal, agora eu entendo que tudo aconteceu porque Ele me deu desejo, combustível, direção, intelecto, e todo o resto. Ele é o Único que organizou tudo, e eu não fiz completamente nada.

Assim, eu preciso fazer um sacrifício (Kurban), aproximar (Karov) a minha outra parte da doação. Eu tenho que sacrificar o prazer que recebi graças ao trabalho e dinheiro (Kesef) de “outra pessoa”, que não eram meus, isto é, a tela ou cobertira (Kisuf) neste mundo. O Criador me deu tudo isso e também me deu satisfação. Eu quero me elevar acima de tudo isso e trabalhar não por esta satisfação, mas por causa de Sua grandeza.

Desta forma, nós não perdemos o nível que obtivemos e não descemos. Agora, nós vamos determinar uma meta ainda maior para nós mesmos, como aquele velho homem que procura, caso tenha perdido alguma coisa.

E nós realmente perdemos algo. Por um breve momento, nós sentimos quão bom e agradável é estar em união, e agora temos que nos elevar acima deste sentimento agradável até a importância da meta. Esta mesma sensação agradável nós queremos passar ao Criador, de modo a dar-lhe alegria.

Conclui-se que todo este processo que ele passou, todos os refrescos que o hóspede recebeu do anfitrião, ele agora quer devolvê-los, de modo a não recebê-los para si mesmo. Este já é um estado que, de alguma forma, torna-se doação pura, “Lishma“. E esta já é a atitude correta.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/03/2012, Shamati # 52

do site do Dr. Michael Laitman: Ao Desfrutar Os Refrescos, Não Se Esqueça Do Anfitrião

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Segundo As Leis Da Bolha


Pergunta: Será que nós não temos a tendência de dar maior ênfase às ações do que às intenções durante o dia?

Resposta: Todo o nosso trabalho se baseia nas intenções. Nós só podemos provocar mudanças reais no mundo por meio das ações? Ao disseminar a nossa mensagem nós queremos mudar a intenção das pessoas. Nós temos que abordá-las de diferentes maneiras, de modo que elas irão absorvê-las e serem inspiradas, e, depois, suas atitudes irão começar a mudar.

Se houvesse uma onda na qual nós pudéssemos transmitir a elas pelo poder da mente o conhecimento sobre o mundo integral, faríamos isso. Mas, por outro lado, um método que se assemelhe à hipnose ou a uma injecção não seria eficaz aqui. As pessoas têm de entender, perceber e analisar internamente o que nós trazemos a elas.

É impossível simplesmente “injetar” outra perspectiva do mundo numa pessoa. Ela precisa conscientemente adquirir este conhecimento, sem mentiras, confusão, ou fraude. Nós temos que criar as condições adequadas para ela, graças às quais ela irá atingir o resultado desejado por si mesma e irá compartilhar o nosso ponto de vista. Assim, mesmo se houvesse uma onda para a transmissão mental das informações, isso seria apenas rebaixar a pessoa ao nível “inanimado”, enquanto nós, ao contrário, teríamos que apoiar o seu desenvolvimento. Este é todo o problema.

Assim, nós devemos oferecer à pessoa “alimento para o pensamento”, com o qual ela vai concordar ou discutir internamente, até que as ferramentas certas sejam criadas nela, as “ferramentas” que lhe permitarão compreender a situação. Hoje por “seguir o fluxo da vida” a pessoa não pode entender e avaliar esse fluxo olhando para ele de fora. Ela não penetra na profundidade da natureza a fim de compreender suas leis, ela não conhece a si mesma e o seu ambiente.

Nós não estamos falando do ambiente artificial que as pessoas criaram para si. Nessa área elas são “peritas” e muitas se sentem como um grande peixe no mar. Mas os sistemas naturais que movem a pessoa, a sociedade e a natureza são desconhecidos para elas. Temos que torná-los acessíveis a elas, de modo que elas começarão a sentir a essência das coisas, terão a permissão de conhecer as leis básicas da natureza externa e a essência da humanidade. Isso é o Criador, embora ainda esteja numa forma corporal adaptada.

Por enquanto, as pessoas não tem ideia disso. Elas estão vivendo suas vidas normais numa rede artificial que teceram para si. É para isso que os processos globais de modernização e urbanização nos trouxeram. Hoje, o mundo inteiro está vivendo de acordo com essas leis, e assim nós estamos diante de um trabalho muito duro: nós temos que estimular nas pessoas a necessidade da elevação, para levá-las ao nível de esclarecimento e de um novo sentimento, e guiá-las à raiz, de modo que sob a orientação dos mecanismos artificiais da civilização, elas verão a nossa conexão mútua natural que penetra todos os níveis da natureza.

Ao trazer a pessoa a esse pensamento, nós a trazemos para dentro, num sistema totalmente diferente sobre o qual ela não sabe e que não levou em conta. Ela encontra um problema: ela se desliga da rede artificial e tem que resolver sozinha questões básicas: “Quem sou eu e o que sou eu? O que é o ambiente, o que é a natureza?”. Aqui outro ambiente é revelado a ela, o sistema da natureza superior.

Esta é a razão pela qual os cientistas hoje estão muito mais perto da nossa mensagem. Em breve estaremos tão perto deles que iremos realmente começar a falar a mesma língua. Por outro lado, não podemos ter uma conversa séria com empresários, industriais, comerciantes, políticos, etc; em seu ambiente existem as leis do mercado.

Nós estamos realmente diante de um difícil problema de disseminação. Temos que compreender a maneira como a pessoa sente o mundo, a imagem que ela vê diante de si, os serviços sociais que ela usa, seus interesses, etc. Ela está vivendo numa “bolha” artificial e não entende o que estamos falando.

Por outro lado, nós falamos do fato de que o homem é parte da natureza, onde há leis claras e definidas. Eles se ressentem dessa idéia, “De que leis você está falando, todas as leis estão escritas na constituição”. Assim, todos os problemas são “resolvidos” pela legislação, adicionando mais alguns itens a certas leis. É assim que cresce o sistema artificial pelo qual as pessoas esperam mudar algo.

Finalmente, nós chegamos a uma crise global: dois sistemas, um artificial e outro natural, estão agora um oposto ao outro. O problema é que o sistema artificial está começando a quebrar como um todo, ao passo que queremos levar as pessoas para o sistema natural, e este é um grande problema. Nós também estamos passando gradualmente por este processo. Assim, o que podemos dizer sobre a humanidade?

Portanto, eu não espero que as intenções sejam suficientes. Primeiro, nós temos que entrar na bolha e estabelecer uma conexão com a pessoa. Nós descemos ao seu nível, ao seu estado, nos tornamos parte dela, e a partir daí começamos a explicar gradualmente que todos nós dependemos do segundo sistema natural, do equilíbrio e das corretas relações mútuas com ele. Além disso, temos que agir com cuidado, caso contrário, as pessoas não vão aceitar a nossa mensagem, porque elas só sentem a sua bolha.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 08/04/12, Escritos do Rabash

do site Dr. Michael Laitman: Segundo As Leis Da Bolha

Minta, Mas Honestamente

Minta, Mas Honestamente

segunda-feira, 9 de abril de 2012

No Meio Entre O Criador E O Mundo



Pergunta: Por que é tão difícil entender o que significa a conexão em si?

Resposta: É difícil para nós realizarmos essas ações porque, inicialmente, nos relacionamos com elas e as abordamos egoisticamente. Eu não posso impedir a minha mente de perceber o mundo, o grupo e a mim mesmo, e começar a esclarecer a situação usando uma mente fria externa.

Em primeiro lugar devemos entender a razão de nossas ações e o que eu sou obrigado a fazer. O Criador quer que eu realize a correção do mundo. O mundo é toda a realidade que surge diante de mim. Isso significa que eu tenho que me relacionar com ele nesse sentido e ser incluído no público, nas pessoas, que em seu nível de desenvolvimento também estão exiladas no Egito; mesmo que elas não estejam nos estágios finais, elas estão em estágios muito avançados. As pessoas já estão sentindo que chegaram a um beco sem saída; elas estão sentindo que é o fim do mundo, pois têm encontrado problemas ecológicos, guerras, fome, suicídio, desespero, etc. Este é o “exílio no Egito” para elas, um exílio da prosperidade que conheciam antes e do desamparo.

No passado, a pessoa costumava fazer mudanças em sua vida e encontrar alívio nisso. Hoje, não há para onde ir; a pessoa não encontra conforto em nenhum lugar. Não há conforto em casa e na família, e nenhum lugar para descansar. As crianças não mostram qualquer esperança de algo bom; no trabalho, é impossível a pessoa se contentar com o que realmente precisa, juntamente com os outros, pois não há bondade. A esperança de descansar quando nos aposentarmos está se tornando imaginária, e não podemos ter certeza de que quando envelhecermos vamos ter comida e abrigo. As pessoas vivem na incerteza: durante as suas vidas elas economizaram em algum fundo, mas se algum dia elas terão esse dinheiro de volta é uma grande questão. E estes são apenas alguns dos problemas.

Portanto, quando estamos nos aproximando do Criador, não levamos em conta o que Ele quer e o que nós queremos? O Criador quer a correção do mundo. É assim que nos aproximamos das pessoas, pegando os seus desejos e nos preocupando com eles? Eu não tenho certeza. Será que nós nos dirigimos às pessoas o suficiente, àquelas que, por sinal, sentem o exílio muito mais do que nós? Será que estamos incluídos no seu exílio, em suas dificuldades corporais? Será que nós podemos transformar gradualmente seus problemas em problemas espirituais em nosso nível?

Se a Luz influenciar as pessoas através de nós, as pessoas se sentirão bem. Isto é o que a parte do mundo chamada “Israel” deve fazer, tornar-se a “Luz para as nações”. Para todos aqueles que não têm contato com a Luz, eu tenho que ser o “adaptador”, seu enviado. Será que eu devo começar a partir disso?

O Criador quer levá-las à Luz e ao avanço, enquanto eu sou apenas o elo. Eu tenho que pegar a deficiência delas e transformá-la numa necessidade de se conectar no meu nível, a necessidade da Luz que Reforma, e transmitir este pedido para cima, e não os meus desejos pessoais. Isso significa doar.

Nós fazemos isso? Nós valorizamos a disseminação a fim de absorver os desejos das pessoas? A contagem começa desde o inferior e não no meio. A verdadeira deficiência está oculta no mundo, enquanto nós recebemos a nossa deficiência do Criador e só devemos fazer parte do todo.

Ao absorver a deficiência das pessoas, você tem que se conectar com os amigos. Caso contrário, por que você precisa desta conexão? Para quê? A quem se destina a sua futura doação? Sem o mundo não há como você alcançar isto. O Criador não precisa de sua doação, ele não precisa de nenhum favor de você. Você pode Lhe dar alegria se você passar a Sua Luz para baixo, se você conseguir convencer as pessoas que elas precisam mudar. Em seguida, pela discreta mudança nelas, você vai aumentá-la e elevá-la ao Criador e, portanto, atrair a conexão de baixo para cima. Você vai crescer da pequenez até Seu nível superior e terá o seu lugar no meio. Sem a conexão entre os dois extremos, você está brincando com algo que não se baseia em nada, exceto o ego.

Pergunta: Então o que estamos fazendo de errado? Afinal, estamos tentando levar a nossa mensagem ao mundo.

Resposta: Parece que não estamos impressionados com os desejos do mundo o suficiente para agir por eles. No final, nós ficamos apenas com uma impressão “fictícia” formal do trabalho que é feito. Tudo se inverte: nós queremos avançar e, por isso, usamos as pessoas como meio, em vez de sermos o meio para seu avanço e levarmos as pessoas para onde o Criador quer levá-las. Nós estamos virando tudo de cabeça para baixo: em vez de sermos servos, estamos nos tornando os donos da situação. O Criador depende de nós, as nações dependem de nós, enquanto nós olhamos para elas ficando no meio.

A questão não são as ações, mas a nossa atitude interior. A deficiência do Criador e a deficiência do mundo é o que deve ser importante para nós. É a partir destas deficiências que devemos estabilizar a nossa autodeficiência, de modo que ela conduzirá ao resultado desejado. “Israel” pertence ao nível de Bina, e não tem nada próprio. Sua parte superior é Keter e a parte inferior é Malchut. No meio existe apenas uma fenda. Então, como as duas partes podem ser conectadas? Nós é que devemos ser esta conexão e esta é a nossa única propriedade.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/04/12, Escritos do Rabash

Do site do Dr. Michael Laitman: No Meio Entre O Criador E O Mundo

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Mundo Através Dos Óculos Da Garantia Mútua



Pergunta: Você disse que a chave do sucesso são as concessões.

Resposta: Sim, a disposição para conceder é uma das condições necessárias. Aprender sobre a garantia mútua deve ser um processo gradual. Primeiro de tudo, precisamos estudar a psicologia humana e a psicologia das relações entre os dois amigos, cônjuges, pais e filhos, vizinhos e parentes (por exemplo, com as sogras ou pessoas com as quais os conflitos são possíveis), e depois devemos prosseguir com o estudo das relações em um ambiente de trabalho, com nossa nação, e o mundo inteiro.

Em outras palavras, a partir de sensações próximas e compreensíveis que qualquer um pode experimentar, e pelo desenvolvimento da capacidade de percepção, habilidade e perspicácia de sentir-se dentro das pessoas, temos que gradualmente levá-las a trabalhar com círculos mais amplos da sociedade. Como consequência, nós vamos ser capazes de compreender que os países, parlamentos e governantes podem se unir.

Imaginemos essas estruturas e a forma como isto pode ser realizado. Quando nos tornamos envolvidos neste estudo, começamos a entender que mudanças precisam acontecer no mundo.

Vemos que todos os líderes de hoje não são capazes de resolver nada, pois eles não foram educados no espírito da garantia mútua e não têm o conhecimento dos sistemas integrados. Eles não olham para o mundo através dos “óculos” da garantia mútua. Eles precisam obter a percepção, consciência e compreensão de como conseguir isso, como conectar um com o outro, até o ponto de alcançar o amor. Obviamente, a disposição de fazer concessões mútuas é necessária neste processo.

Isso não significa que eu conduza negociações comerciais com você e, ao mesmo tempo, formalize um contrato em que inicialmente inclua cláusulas que me permitam sair futuramente a fim de enganar você. Nós construímos relacionamentos honestos desde o início. Desde o primeiro item de qualquer acordo é claro para nós que não podemos violá-lo. Não podemos fugir um do outro.

Conclui-se que todos os problemas, em todos os níveis, são problemas de formação. A garantia mútua é a rede de conexão entre nós que nos amarra um ao outro em todo o mundo. Ela foi revelada agora, em nosso tempo. Algumas décadas atrás, na década de 60, os fundadores do Clube de Roma começaram a escrever sobre isto. No início do século XX, cientistas começaram a falar sobre o fato de que estamos todos interligados através do que eles chamavam de noosfera. Desde então e até hoje todos os tipos de pesquisa estão sendo conduzidos nesta área.

O sistema da garantia mútua tornou-se revelado, e ele nos une, não nos permitindo fugir um do outro. Ao querer violá-lo, podemos desencadear guerras terríveis, mas daí o sofrimento ainda nos obrigará a chegar a esta forma de conexão, concessões, garantia e amor mútuos.

Alguém poderia alegar dizendo que a humanidade já pensou nisso. Quinhentos anos atrás, vários utopistas escreveram sobre isso, depois os comunistas, Kibbutzniks e outros. Tudo isso é verdade, e nós só precisamos entender que nunca antes na história esta fora uma condição obrigatória do nosso desenvolvimento. Havia indivíduos que viram que isso era necessário para a humanidade e que, em última análise, a humanidade chegaria a esse ponto. Thomas Mann entendeu isso, e depois os comunistas na Rússia e em outros países, mas todos eles eram indivíduos isolados que nunca foram seguidos pelas pessoas. Eles previam muitos anos à frente, e parecia-lhes que eles poderiam implementá-la imediatamente.

Nós estamos começando a falar sobre isso hoje porque a crise abrangente nos mostra exatamente o que nos falta: a garantia mútua. Em outras palavras, isso está acontecendo não porque nós queríamos que isso acontecesse, mas porque é necessário para o nosso desenvolvimento e a natureza está nos forçando a isto.

De KabTV “Uma Nova Vida” Episódio 5, 05/01/12

Do site do Dr. Michael Laitman O Mundo Através Dos Óculos Da Garantia Mútua