quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Poder Invisível Do Pensamento



Pergunta: Os hábitos do comportamento egoísta se formaram na sociedade. As pessoas estão explorando umas as outras. Como você imagina superá-los? À custa de que velhos hábitos serão anulados e novos hábitos formados? Onde está essa força?

Resposta: Eu não tenho dúvida de que somente a educação direta e gradual, através de exemplos e vários exercícios de representação, provocará uma mudança na consciência do homem. Obviamente, isso deve ser realizado sem qualquer pressão, mas, pelo contrário, justamente ao se perceber sua necessidade e o benefício que ela traz.

Como conseqüência final, esta grande parcela da humanidade que começará a agir desta forma influenciará todo o sistema, todo o planeta. Quando muitas pessoas começam a pensar a mesma coisa, seus pensamentos afetam as demais. É uma força tremenda.

Vamos imaginar que em seu sistema de educação você consiga unir 100 mil pessoas (não existe nenhuma organização na Terra onde 100.000 pessoas estão ativamente envolvidas em algo novo ou especial). Desta maneira, você começará a derramar uma enorme força integral nesse sistema interno, na conexão inconsciente que existe entre todos os habitantes do planeta Terra. Esta força agirá de acordo com um objetivo particular, com formas pré-determinadas.

De repente, as pessoas começam a expressar algum interesse nisso. Elas vão procurá-lo, dirigir a ele. Elas não sabem de onde isso vem, porque surge em nós da mesma forma que vários pensamentos e desejos. De repente, todos, jovens e velhos, começam a sentir que isso está próximo deles, que eles precisam disso porque a interconexão interna existe praticamente entre todos.

Eu estou completamente aberto ao desenvolvimento e implementação deste conhecimento e educação integral. A coisa mais importante é começar.

Palestra sobre Educação Integral 12/12/11
Fonte: O Poder Invisível Do Pensamento

Infinito: O Topo Da Realização



O Criador é definido pelo conceito de “Um”, como é dito: “Um, Único e Unificado”. É assim que Ele se revela para nós. Quando os Cabalistas atingem a Luz do Infinito, o ponto mais alto que pudemos alcançar, eles descobrem Um conceito que inclui tudo, sem diferenças.

No princípio, tudo estava incluído neste conceito único: todos os seres criados, como uma única criação. Depois, a fim de dar aos seres criados um sentimento de existência, compreensão e realização de quem eles são e quem é o Criador, e para fazê-los apreciar o estado completo e eterno no qual existem, este conceito único foi dividido em inúmeros conceitos individuais que são opostos a Ele.

É assim que ocorre a descida do mundo do Infinito até este mundo, de acordo com os degraus da escada, através dos cinco mundos (Adam Kadmon, Atzilut, Beria, Yetzira e Assia). Dentro deles, ocorre um grande número de mudanças. Esta descida dos mundos continua até atingir o nosso mundo, onde estamos completamente separados da perfeição e até mesmo do sentimento de falta dela.

Mas é sobretudo devido a isso que começamos a alcançar a união, o Uno. É devido aos nossos esforços em corrigir o nosso ponto de vista do mundo, nossa percepção da realidade através dos nossos cinco sentidos e acima deles, o máximo possível imaginar a nós mesmos, e conectar tudo ao Único.

Nós não temos outro trabalho, exceto conectar tudo em Um conceito. Cada um conecta a sua percepção do mundo ao Um, e todo mundo conecta suas percepções em conjunto para que tudo se funda no Um. Este trabalho é aplicado principalmente no grupo, com a ajuda dos esforços do coletivo, que quer determinar o conceito deste Um acima de todas as diferenças entre eles.

Da 1ª parte Lição Diária de Cabalá 27/11/11, Shamati # 69
Fonte: Infinito: O Topo Da Realização

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Uma Desintegração Em Prol Da União


Baal HaSulam, “A Liberdade“: Veja, por exemplo, um talo de trigo que apodreceu no solo e chegou ao estado de semear muitos talos de trigo. Assim, o estado podre é considerado a “fonte”, o que significa que a essência do trigo arrancou sua forma anterior, a forma de trigo, e assumiu um novo discernimento, o de trigo podre, que é a semente chamada “fonte”, que não tem forma alguma.

Por que o talo de trigo do nível anterior não é considerado a “fonte?” Porque ele ainda possui sua própria forma e não é a raiz do próximo estado. A semente de trigo deve desintegrar-se, transformar-se em “pó”, o potencial do futuro estado, e assim será capaz de germinar como um novo broto. Portanto, é necessário o estado da desintegração no meio.



Pergunta: Qual é o propósito desta desintegração?

Resposta: Perder a forma anterior, a fim de assumir a próxima forma. Isto não pode acontecer de outra maneira. Desta maneira, Keter se transforma em Malchut, que nasce numa nova Keter, repetidamente.

Pergunta: A que pessoa deve aspirar neste trabalho: perder a forma atual ou adquirir uma nova?

Resposta: Acelerar o avanço, ou seja, aumentar a frequência das mudanças de estado. Cada vez eu devo lutar por uma nova forma. Deixe que o estágio de desintegração fique no caminho, eu não me importo. Eu entendo que ele é necessário.

Da mesma forma, nós precisamos dormir, como que desaparecendo na não existência. Não é uma pena perder essas horas de vida? No entanto, sabemos que sem dormir a confusão do dia anterior não vai ficar organizada em prateleiras e gavetas dentro de nossas cabeças. Todas as minhas experiências precisam passar por processamento, indexação e armazenamento. Só então estarei pronto para o novo trabalho e percepção.

Pergunta: Então, como você acelera a velocidade?

Resposta: Com a ajuda do ambiente, que forma o desejo correto em mim.

Pergunta: E a pessoa sempre precisa lutar pelo o próximo estado?

Resposta: A pessoa sempre precisa se esforçar pela união de Israel, a Torá e o Criador. Este é o próximo estado. A mesma união sempre, apenas num nível mais elevado, mais poderoso, mais “suculento”, de melhor qualidade: eu, o grupo e a força comum de doação, o Criador, em nós.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/11/11, “A Liberdade”

Fonte: Uma Desintegração Em Prol Da União

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Conselho Para Uma Pessoa Que Deseja Corrigir Sua Alma


Pergunta: Como uma pessoa pode usar o conceito do “amor dos amigos” de modo que ela avance em direção a ele mesmo quando não sente esse amor e conexão?

Resposta: Se você acha que deve avançar em direção ao amor dos amigos porque ao fazê-lo você está corrigindo a sua alma, então você sabe exatamente o que fazer.

No entanto, se você está num estado onde você não sente a necessidade de obter esse amor, você tem que procurar conselhos que o ajudarão a revelar a necessidade e a importância de alcançar o amor dos amigos. Esta é a única coisa que existe. Se “amar ao próximo como a si mesmo” é a principal regra da Torá, então, além dela não há mais nada para você cumprir. Todas as suas ações, na mente e no coração, devem ser dirigidas à obtenção de maior amor e conexão.

Parece uma coisa simples. Nós não sentimos o gosto por este trabalho, e não entendemos o que há de tão especial nele. Nós queremos estar envolvidos em atividades mais sérias, e não conseguimos o principal, o amor dos amigos.

No entanto, se eu percebo que a matéria da criação é o egoísmo e que a única maneira de trabalhar com ele é trabalhando na conexão entre eu e meus amigos, então a nossa conexão torna-se um campo. Se eu usá-lo corretamente, ele se torna um campo que é abençoado pelo Criador; senão, ele se torna um campo com ladrões e animais predadores à espreita.

Nós podemos sentir que isso não é sério ou importante e que existem objetivos muito mais elevados neste mundo. Somos convidados a amar uns aos outros, como se nos pedissem para ser bons filhos. No entanto, não há realmente nada além disso.

Da 1ª Parte da Lição Diária de Cabalá 14/12/11, Escritos do Rabash

Fonte: Conselho Para Uma Pessoa Que Deseja Corrigir Sua Alma

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Controle Remoto Sobre O Mundo Superior



No Livro do Zohar, lemos sobre o sistema superior da mesma maneira que gostaríamos de ler sobre o projeto de algum sistema eletrônico ou mecânico.
Nós apenas lemos e nos tornamos conectados a ele, mas não sabemos como ele funciona.

Colocá-lo em movimento não é a mesma coisa que saber como ele funciona. É o mesmo que quando executamos vários sistemas e trabalhamos com eles, sem saber nada sobre seu projeto. Suponha que eu tenha um sistema na minha frente. Foi-me ensinado quais botões apertar e em que direção mover as alavancas, a fim de operá-lo. Quanto menos eu sei sobre a estrutura interna do sistema, melhor. Pelo menos, eu não vou ficar confuso.

De maneira semelhante, devemos saber como operar o sistema superior. Então agimos de acordo com o princípio de “por Suas ações O conhecemos”: com base em nossas ações, nós começamos a ver este sistema, entender, sentir e estabelecer uma conexão com ele. Nós somos apenas como um maquinista que começa a conhecer o caráter de sua máquina ao invés de alguma outra máquina e descobre as propriedades dos metais que ele usa para transformar formas diferentes. Ele sabe, ouve, sente, e até mesmo cheira os odores provenientes da máquina. Ele pode lamber um parte e dizer-lhe de que metal é feito apenas pelo sabor.

Assim, a partir das ações, começamos a aprender sobre o sistema. Primeiro, somos ensinados que “botões” pressionar, assim como nós ensinamos uma criança: “Olha, se você pressionar este botão, as luzes acendem. Se você ativar esta alavanca, o carro começa a se mover”. É assim que começamos a aprender sobre o mundo.

A mesma coisa acontece no mundo espiritual. Nós aprendemos sobre um sistema que é extremamente diversificado, multifacetado e complexo. Ele tem um número infinito de elementos e conexões, conectando todas as almas juntas em todas as situações, não só neste mundo, mas em todos os mundos superiores também.

Isto é algo que não somos capazes de imaginar. O sistema inteiro não pode ser correlacionado por nossas mentes, porque as conexões, dimensões e tudo o que existe lá está além do tempo, movimento, espaço e é mais rápido que a velocidade da luz.

Independentemente de tudo isso, nós ainda podemos colocar este sistema em movimento para que ele nos influencie. Nós não sabemos como ele funciona, mas podemos operá-lo. É assim que muitas vezes usamos a natureza. Por exemplo, há muitos remédios da “vovó” que são passados ​​de geração em geração. Sabemos como eles funcionam? Não, só sabemos que eles ajudam. Da mesma forma, os animais encontram uma erva necessária que pode curá-los. Eles não se confundem, ao contrário de nós, com nossas farmácias e drogas.

Assim, devemos saber o que vai ajudar. Precisamos “pressionar o botão” e obter uma resposta. Não é fácil. Eu não sei o que é explicado no Zohar, mas lendo-o juntamente com todos os outros, eu tenho uma oportunidade de despertar o sistema para que ele funcione em mim. Por outro lado, se eu não “pressionar o botão”, não vai funcionar em mim, mas ele irá influenciar toda a realidade em geral, toda a humanidade. Devo despertá-lo para que ele funcione em mim pessoalmente.

Assim, pela leitura do Livro do Zohar, nós “pressionamos o botão” para o sistema agir sobre nós pessoalmente: tanto no nosso grupo quanto no geral, porque lemos este livro em conjunto, bem como sobre cada um de nós individualmente. Vamos tentar colocar este sistema em movimento.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/11/11, O Zohar
Fonte: O Controle Remoto Sobre O Mundo Superior

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Nuances Da Teoria Da Dualidade



Nuances Da Teoria Da Dualidade
Publicado em 12 de dezembro de 2011 por souzapin

Baal HaSulam, “A Paz”: Eles acharam difícil aceitar a suposição da supervisão da Natureza… Em conseqüência, eles chegaram a uma segunda suposição, de que existem dois supervisores aqui: um cria e sustenta o bem, e o outro cria e sustenta o mau. Eles têm aprimorado muito esse método com evidências e provas ao longo do seu caminho.

A teoria da dualidade é uma etapa natural do desenvolvimento. A Natureza nos afeta de diferentes formas, e nós sentimos as coisas positivas e negativas nela. Sentimo-nos bem e mau e, naturalmente, dividimos a realidade em duas partes. Afinal, nós não temos outro sensor senão o desejo de receber.

Os cinco sentidos são tipos de sensores mecânicos cujas leituras não significam nada por si só. O desejo de desfrutar está por trás da visão, audição, paladar, olfato e tato. Ele exibe as características positivas (+) e negativas (-) dos dados que eu percebo. Esta é a única coisa que importa para mim, a única coisa que o meu desejo reconhece, o que é bom e ruim para mim.



Consequentemente, eu divido a realidade em duas partes: positiva e negativa. Isto é fortemente manifestado em crianças pequenas que evitam determinados lugares e coisas, mas gostam de outros. O homem também tem este estágio de desenvolvimento, onde ele distribui tudo entre duas forças. A própria natureza nos leva a isto porque nós vivemos através das sensações.

Esta teoria é muito simples, mas é importante entender que ela não é limitada pelas sensações individuais boas e más, mas as transfere para a natureza. Ela atribui as intenções correspondentes para a natureza às nossas custas. Desta forma, nós atribuímos à natureza certo poder, atitude e a intenção de nos ajudar ou prejudicar. Sem isso, ninguém poderia acreditar que a natureza tivesse uma intenção, um projeto ou um plano, mas ela é vista como algo inanimado, não mais do que isso.

No entanto, quando a natureza tem poder, já não é mais sem personalidade. Já não é um conjunto de leis fixas e impessoais determinadas pela interação de partículas elementares. Não, o poder da natureza é algo mais. Ele pode ser simples ou duplo.

Em geral, a dualidade é uma teoria muito lógica, porque tudo no mundo é baseado em dois opostos, um positivo e um negativo, começando com os elétrons e prótons na estrutura atômica. À primeira vista, os dois poderes realmente se opõem um ao outro, e tudo depende do equilíbrio de forças entre eles.

Isso levou o homem a criar a mitologia. Nós temos dotado a natureza com um desejo, um programa e um propósito, e isto se tornou um marco importante no caminho.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 02/12/11, “A Paz”

Fonte: Nuances Da Teoria Da Dualidade