quinta-feira, 26 de maio de 2011

Um Amortecedor Contra Os Golpes Da Natureza


A crise toda decorre do fato de que o mundo se conecta egoisticamente e a propriedade integral da natureza colide com o ódio mútuo entre todos os países e nações. Assim, se nós ficarmos entre eles, como uma força que cria um amortecedor e amortece essa colisão, nós diminuiremos a crise. E quando esses dois opostos colidirem, suavizado pelo amortecedor que absorve o impacto, eles não baterão um no outro com força total.

É por isso que o nosso lugar é de honra e localiza-se no meio, entre as forças positivas e negativas da natureza. Estando no meio, nós temos que conectar toda a força negativa da humanidade a nós mesmos e ligá-la com a natureza positiva do sistema de criação. O nosso grupo mundial é este amortecedor, a força de ligação.

As pessoas estão falando sobre o fim iminente do mundo, mas nós temos que concluir nossa tarefa. Por um lado, nós temos de estabelecer uma conexão com a natureza, com todo o sistema da criação, através da nossa união. Por outro lado, nós temos de entrar no mundo com a disseminação da sabedoria da Cabalá para todos. Nós temos que conectar essas duas partes.

O nosso grupo está no meio; o resto da humanidade está à esquerda de nós, e a natureza, que está em equilíbrio, está à direita. Assim, por um lado, nós temos que nos unir, e isso nos conectará com a natureza, com o sistema da criação. Por outro lado, temos de disseminar a Cabalá no mundo.




Esta é a nossa predestinação, e sem ela, o mundo não alcançará a correção. As forças perfeitas da natureza não serão capazes de chegar a este “mundo oposto”, o mundo da humanidade não corrigida, se nós não conseguirmos ficar entre eles como um amortecedor.

A parte que nós usamos para a união entre nós e que queremos conectar com a perfeição da natureza é chamada de Galgalta Eynaim (GE) (GAR de Bina). A parte que nós usamos para manter contato com toda a humanidade é chamada de AHP (ZAT de Bina). Assim, nós unimos tudo em um único sistema e inspiramos tudo.

A parte equilibrada da natureza é Keter e Hochma. Nós estamos no meio, no terço médio de Tifferet. O AHP (Netzah, Hod, Yesod e Malchut) está abaixo de nós. Somente nós, a parte central de Tifferet, temos a liberdade de escolha. Desta forma, nós conectamos todas as partes da criação em dez Sefirot.

Assim, tudo depende de nós. E não é necessário esperar até que o mundo sinta e compreenda isso. Como resultado do nosso amor, nós temos de ajudá-lo a chegar a essa compreensão, tanto quanto possível. Nós temos de ajudar, não só através de uma ação mais ampla na mídia, mas através da nossa profunda compreensão dos sistemas internos do mundo e da conexão entre todas as almas. Isso não depende de presidentes e primeiros-ministros, mas apenas de nós.

Da 1ª Lição na Convenção de Roma, em 21/05/11

Fonte: Um Amortecedor Contra Os Golpes Da Natureza

terça-feira, 24 de maio de 2011

Como Um Embrião No Útero Da Mãe




Pergunta: Como os 613 desejos e 613 Mitzvot (mandamentos) estão conectados? Como eu posso corrigir esses desejos se não sei o que são e estou totalmente preso no meu ego?

Resposta: Eu tenho certo ponto, semelhante a uma gota de sêmen com a qual inicia o desenvolvimento humano. Eu devo anexar a este ponto todo o conjunto da minha alma, o que resultará no seu desenvolvimento com base nas informações introduzida neste ponto.

Da mesma forma, uma gota de sêmen contém toda a informação sobre um novo ser humano: que ele crescerá e pesará, digamos, 90 quilos, terá 2 metros de altura, será brilhante, elevado, e assim por diante. Nós não sabemos nada disso, mas todas as características humanas, seu caminho no mundo material e espiritual, tudo isso está contido na gota deste sêmen. Nós simplesmente precisamos infundí-la com certa força. Esta força é fornecida pela mãe.

Nós estudamos que no mundo espiritual há também uma mãe: Biná. De lá nós recebemos a força para nos desenvolver espiritualmente. Dentro dessa mãe espiritual, há um lugar considerado como o “útero” ou AHP, para onde a nossa “gota” sobe. Isto é o que nós chamamos de MAN. A gota é aceita por Biná e começa a crescer.

Esta mãe espiritual é o grupo. Nós tínhamos mencionado anteriormente que a pessoa tem que entrar no grupo e unir-se a ele, agarrar-se à “parede do útero”. Assim, ela começa a receber dele a força de desenvolvimento para o seu ponto.

O grupo em si não acrescenta nada para nós; ele existe para que possamos receber a Luz superior através dele, algo considerado como sangue (“sague” em hebraico – “Dam” – vem da palavra “Domem” – “inanimado”). Em outras palavras, nós ainda estamos nos desenvolvendo no nível inanimado, com Aviut Shoresh (a espessura do desejo do nível de raiz).

No nosso ponto há 613 desejos. Todos evoluem, mas nós não sabemos como tisso ocorre.




Além disso, nós não sabemos quais desejos estão se desenvolvendo agora e quais irão se manifestar posteriormente. Este processo pode ser demonstrado como um diagrama que se parece com uma ultra-sonografia: Todos os desejos, do 0o ao 613º, irão desenvolver em vários graus: uns mais, outros menos.




Cada um de nós possui 613 desejos, mas em suas várias combinações. Digamos que o “20º” desejo é mais desenvolvido em mim do que em outra pessoa, enquanto que o “40º” desejo um pouco menos. Eles são os mesmos 613 desejos que diferem em sua força e existem em diferentes combinações e proporções entre si. Quando o grupo se torna um canal através do qual a Luz superior influencia todos esses desejos, a Luz é considerada como o sangue e os alimenta, mesmo que eu não saiba como.




Eu não sei ou compreendo isto, do mesmo modo que um embrião no útero da mãe não compreende o processo de seu desenvolvimento e não pensa ou pergunta sobre ele. Ele é alimenta pela força da natureza. É por isso que este é o desenvolvimento no nível inanimado: sem entender, sentir ou realizar.

Portanto,qual é o desenvolvimento dos 613 desejos? Quando eu me anulo perante o grupo, a fim de me unir a ele, ser um com ele, de modo que ele me impactasse, isso significa que estou realizando os atos de anulação dos 613 desejos. Eu ignoro o que seja isso. Tudo isso junto é o meu ego, que anulo em relação ao grupo. Então, eu sou influenciado pela Luz superior e avanço.

Em outras palavras, a minha ação de anular a mim mesmo perante o grupo, a fim de receber novos desejos, pensamentos e uma escala de valores, é considerada como a realização dos 613 mandamentos. Cada ação é chamada de “dia”. Assim, está escrito que a cada dia a pessoa deve executar 613 mandamentos. Isso é assim até que a pessoa tenha concluído todas as suas correções. Isso tem relação com homens e mulheres.

Da Lição 8, Convenção NÓS! 03/04/11

Fonte: Como Um Embrião No Útero Da Mãe

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Através De Todos Os Obstáculos E Ocultações


Dr. Michael LaitmanPergunta: Durante a leitura do Zohar é suficiente desejar somente a unidade?

Resposta: Não, não é. O Baal HaSulam escreve, na “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”, item 155, que a pessoa que quer a revelação, que está ansiosa para alcançar o que está estudando, atrai para si a Luz que envolve a sua alma. A Luz chega conforme o grau do seu desejo.

“Esforçar-se para alcançar” significa que eu tento executar as ações descritas na Torá dentro de mim. A Torá é um manual, uma instrução (“Torah” em hebraico vem de Horaa, instrução e Ohr, Luz) para saber como devo me corrigir, atraindo a Luz que me afeta enquanto estudo este manual.

Ao ler esta instrução, eu tento discernir dentro de mim os estados que ela descreve. Este texto é escrito de uma forma incomun: na linguagem corporal que fala do mundo espiritual, de modo que sob todas essas ocultações eu encontre e perceba o que ela está tentando me dizer, o que todas as minhas propriedades e desejos internos significam.

Devo descobrir e aprender o que eles são. Eu quero aplicá-los na prática. Eu quero que a Luz, a força superior, eleve-me acima do meu desejo de receber prazer, para que eu possa começar a trabalhar com esta matéria, em vez de ficar preso nela, mesmo sem sentir e me identificar com ela.

Quero separar-me dela e estudá-la aparte. Então, eu posso tentar construir uma ou outra forma a partir dela, como uma criança que está fazendo uma torre a partir de blocos de montagem. Eu serei capaz de ver e analisar o que está acontecendo comigo. Nesse ponto, eu terei a força que me permite trabalhar com a minha matéria inanimada. Então, vou adquirir forças para trabalhar na minha forma vegetativa do desejo de receber, seguido da animal, e assim por diante, até eu recriar a mim mesmo como ser humano. Para realizar essa tarefa, eu tenho que ascender ao nível da Luz superior.

No entanto, é assim que nós avançamos, ansiando e desejando saber como trabalhar. Esta aspiração, de saber como encontrar dentro de mim essas propriedades internas e como trabalhar com elas, é essencial . Onde depender de mim, eu quero ser o dono das minhas ações. É como se eu reunisse os meus desejos e dissesse ao Criador: “Agora, conecte-os, corriga-os!”.

Entretanto, eu tenho que levá-los para a correção, para aparentemente conectá-los, e quando a Luz vier e os corrigir, isso realmente ocorrer. Isso significa que eu peço e o Criador cumpre; eu exijo e o Criador executa. Ele e eu somos sócios.

Portanto, é nosso dever tentar compreender a Torá, O Zohar. No entanto, após a Luz ter me afetado, eu também chego a um estado onde sou capaz de ver, sentir e entender tudo o que está sendo descrito.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 15/05/11, O Zohar

Fonte: Através De Todos Os Obstáculos E Ocultações

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Honrosa Tarefa De Tornar-se Justo


Pergunta: Como nós podemos mudar de estado de “pecador”, que é incapaz de justificar o Criador, para o estado de “homem justo”?

Resposta: Sentir-se como “pecador” é um estado muito bom, benéfico e inevitável. Enquanto o egoísmo está despertando em você, você está “sob a proteção da Torá”, ou seja, você tem algo para se apoiar: Você tem a Luz que lhe ajuda a entender que você está enfrentando uma queda e descida.

Você cai porque ainda não corrigiu o seu novo desejo, que está sendo revelado em você agora. Portanto, você se vê como “pecador”. O “pecador” é um nível espiritual, e um nível muito honrado. Isso significa que eu alcancei um estado em que o Criador percebe que pode me dar um fardo (carga) ainda mais pesado, e eu conseguirei corrigi-lo! Parece que Ele está convidando e atribuindo-me um trabalho mais significativo e adicional.

Mas eu ainda não corrigi esse fardo adicional; quanto a isso, eu ainda não posso almejar a doação. Portanto, neste estado, eu me considero um pecador. Mas eu não me culpo por isso; eu justifico o Criador, agradeço a Ele, e alegro-me com a oportunidade revelada a mim agora.

Isso é radicalmente diferente de como as pessoas comuns interpretam a palavra “pecador”. É um estado muito respeitável. O comandante escolheu-me dentre todos da companhia e disse: “Só você é capaz de realizar esta tarefa!”. Em outras palavras, me é dada uma carga adicional do coração, e eu a pego em uma nova missão de combate. Mas, por enquanto, eu sou um homem mau, até que eu a complete e me torne justo.

O Faraó entendeu que era um pecador e o Criador era o justo. Em outras palavras, cada estado ao longo da escada espiritual é espiritual. Ser malvado é um grau elevado que precede o de justo. Assim, esses estados vêm em turnos: uma vez você é pecador, outra um homem justo, e mais uma vez pecador e outra justo, repetidamente. É como se eu estivesse andando sobre duas pernas: uma perna é a de um pecador e a outra de um homem justo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/05/11, Shamati No.6


Fonte: A Honrosa Tarefa De Tornar-se Justo