terça-feira, 22 de outubro de 2013

Respiração

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por favor, explique como você estabelece contato interno com as pessoas?
Resposta: Eu tento pesquisar e mergulhar no lugar onde a espiritualidade é revelada, e cada vez voltar a entrar lá desde o nosso mundo externo. Através do grupo externo, eu entro nisso de modo que os rostos e personagens materiais desaparecem, e apenas os pontos nos corações são expostos; eu aprofundo a relação entre eles, a sua conexão em um só lugar, e com isso, penetro cada vez mais profundamente em suas propriedades espirituais.

Este trabalho deve ser feito várias vezes, e este lugar se expande constantemente, adquirindo mais componentes, fornecendo o espírito da vida. Neste ponto, quando você entra e experimenta essa conexão, formas tangíveis de conexão começam a se manifestar: o Partzuf espiritual com a ocorrência e a Histalkut da Luz, o TANTA completo (TaamimNekudotTaginOtiyot, o sabor do preenchimento e a partida gradual da Luz deixando memórias, letras, as ferramentas para a continuação dos trabalhos).

E esse lugar é a unidade interna que se expande para toda a criação para que você sinta que está tudo ao redor, que não há nada exceto isso. Inversamente, todo o mundo material, que era toda a sua realidade e que deixou um ponto minúsculo para a espiritualidade, contrai-se, e este ponto espiritual cresce e preenche todo o universo!

Finalmente, o mundo corpóreo desaparece do primeiro plano, como se os níveis inanimado, vegetal e animal não fossem as coisas mais importantes para a pessoa. Na verdade, você começa a sentir que essas pessoas são completamente controladas do Alto e não têm qualquer identidade voluntária ou independente. Assim, este mundo desaparece de sua percepção. E o que resta é apenas o lugar onde existem todas essas relações espirituais. Você reconhece o superior e o inferior lá, todos os Partzufim e como eles funcionam entre si, e começa a entender melhor tudo isso. E tudo depende da quantidade de esforço que a pessoa realiza a fim de tê-lo revelado.

Nós temos que voltar a ele de novo cada vez, uma vez que somos constantemente expulsos da espiritualidade, empurrados para baixo para este mundo, e voltamos à imagem externa, vendo de repente os mesmos rostos e todo este mundo que cobre a imagem interna de nós.

E a pessoa começa a fazer mais esforços lutando para penetrá-la para que o mundo interior cresça e se expanda para todo o mundo. Desta forma, a espiritualidade sempre quer se contrair e volta para um ponto ou se expande novamente, como se estivesse respirando.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 10/12/10, Carta n º 13

Fonte:  http://laitman.com.br/2013/10/respiracao/

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A Nossa Arma Está Nas Mãos Do Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você disse que tudo que devemos fazer é expressar a nossa vontade de que a Luz Superior nos reforme. Há muito poucos grupos que estão se esforçando em se unir por um propósito: a máfia para governar sua área, um grupo Cabalístico para alcançar algum objetivo exaltado. Ambos dizem que querem se unir. No entanto, em ambos os casos, algo que os desacelera, impedindo-os de alcançar a unidade.

Resposta: Quanto à máfia regional, encontra-se em suas mãos. Quanto à “máfia espiritual”, eles têm um problema: eles não têm armas. Sua arma está nas mãos do Criador. O Criador irá entregá-la com uma condição: que vocês sejam dignos dela, ou seja, saibam como usá-la corretamente. A Luz é a arma mais poderosa, nada substitui seu poder. Ela contém o maior prazer, satisfação infinita, possibilidades ilimitadas de fazer alguma coisa. Como Ele pode dar tal arma a vocês?

Olhe como nós protegemos nossos filhos enquanto eles estão crescendo apesar de tudo o que possa prejudicá-los! Será que o homem pode receber algo tão perigoso de modo que ele possa destruir tudo? Portanto, a Luz Superior vem até nós através de ocultações, o sistema de mundos, e funciona avançando-nos passo a passo em etapas. Isto é o que nós atualmente estamos experimentando como sofrimento. Tudo isso é o efeito que visa avançar-nos para que, no final, entendamos o que precisamos fazer, como crianças que se comportam mal. Não pode ser de outra maneira!

Como essa máfia espiritual pode receber a Luz? Eles vão fazer um banquete “para si”, que vai ser mais terrível do que a Babilônia e o Egito, juntos. Na verdade, antes de serem reformados, todos são Amans. Todo mundo tem uma Malchut do Infinito, mas nós não a conhecemos. Eu moro na camada superior do egoísmo, este mundo corpóreo, e abaixo de mim está toda a espessura densa do ego infinito, Malchut do Infinito.

Our Weapon Is In The Creator's Hands
Quando eu sou iluminado por uma pequena Luz que passou através dos filtros de todos os mundos, esta ilumina apenas uma pequena camada de egoísmo para mim. Se tudo viesse e todo o abismo do egoísmo se abrisse, eu nunca seria capaz de sair dele, e esta é a razão pela qual este mundo é tão pequeno.

Olhe o quanto somos ajudados agora pelo alto, pois este já se esgotou, e eu vejo o seu fim, o fundo do poço deste mundo. Não há mais prazer para mim. Onde eu posso obter mais desejos? Não há nenhum neste mundo. Todo o resto é para doação, e os desejos deste mundo você recebeu apenas para existir, por enquanto. A partir deste momento, você deve decidir o que fazer.

Tudo isso é feito para a nossa salvação. Afinal, se a grande Luz entrasse, você afundaria num sofrimento tão grande que não seria capaz de sair dele. Você ficaria enterrado debaixo desse desejo que não seria capaz de se satisfazer. É como o amor que queima porque você não pode tê-lo.

É assim que o desejo seria revelado em relação à Luz que ilumina, e toda a sua vida se esgotaria em busca de outro prazer que faria você se sentir ainda mais vazio. É impossível! Pode haver mais! O plano considerado como “este mundo”, onde você pode desfrutar de algo para o seu próprio benefício por algum tempo, a fim de desenvolver a mente e os sentimentos para perceber espiritualidade, chegou ao fim.

De agora em diante, você deve encontrar a Luz que vem iluminar as camadas superiores dos desejos para você, a Luz que Reforma, a Luz Circundante. Esta não é a Luz do prazer, mas sim aquela que discerne e reforma. Então, a Luz da satisfação chega se você se alinhar com ela por meio da tela e da Luz Refletida.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 09/12/10, Escritos do Baal HaSulam


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A Grandeza De Hafetz Hesed

A Grandeza De Hafetz Hesed

Finalidade Única E Único Meio

Dr. Michael LaitmanSe nós formos para o grande público sem a preocupação com a nossa conexão interna, então por que vamos sair? Nós não estamos indo para educá-los, para fazer campanha por um estilo de vida saudável ou para moralizar. Existem muitas outras organizações e associações que têm muitos meios, vastos recursos, líderes talentosos, e nós não podemos competir com elas se não estivermos equipados desde o início com o poder espiritual de nossa unidade. Portanto, nós precisamos entender claramente com o que estamos avançando, qual o nosso objetivo, e quais são os meios para atingi-lo.

Nosso objetivo é a revelação do Criador no mundo, e o meio para isso é a Luz que Reforma. Esta é a nossa singularidade; nós não temos nada além disso e também não precisamos de mais nada! Nós devemos ter muito cuidado para não misturar e adicionar outro tipo de ferramenta aqui.

Portanto, o poder com o qual lutamos é a responsabilidade mútua, o qual nos leva à fé, isto é, à doação. Desta forma, nós alcançamos tudo; o Criador vai lutar e não nós mesmos. Nós só precisamos nos adaptar constantemente a abrir o caminho para Ele. Essa é a chamada guerra do Criador, servir o Criador.

Nós precisamos constantemente nos lembrar, sempre nos formatar novamente para nos adaptar um pouco mais e um pouco mais. O túnel pelo qual estamos passando é cada vez mais estreito e nós precisamos nos adaptar cada vez mais precisamente ao seu formato, a sua forma, e avançar gradualmente desta forma. Portanto, o que havia ontem já é passado, hoje é necessário mais, e amanhã será necessário ainda mais. Nós precisamos nos adaptar às instruções das fontes e do professor de uma forma cada vez mais precisa, e tentar não esquecer e entender qual é a meta.

Às vezes nos esquecemos disso e ficamos confusos. Os Kelim são renovados todo o tempo e, novamente nos fazem cair de volta a este mundo. “Kelim quebrados são descobertos e nos derrubam de novo; nós devemos considerar todos os tipos de fatores externos que nos distraem da meta. Portanto, o grupo deve realizar, apoiar, fortalecer e exigir de cada um.

Se a condição da responsabilidade mútua agir entre nós, onde cada um se preocupa com os outros, é responsável por eles para que não lhes falte nada e tenham tudo que for necessário, um grupo como este é chamado de Israel (Yashar-El). Então, ele merece receber a Torá.

Na medida em que mantemos a garantia em face de todas as perturbações e todos os tipos de resultados da quebra que são descobertos a cada momento, e cada vez fortalecemos a garantia e a renovamos, desta forma a Luz que Reforma nos ilumina. Por meio dela, nós nos transformamos num “reino de sacerdotes e uma nação santa”.

E nós temos que explicar tudo isso às pessoas. Maimônides escreveu uma vez que as mulheres e as crianças precisam revelar este segredo gradativamente, ou seja, não se deve dar todas as explicações de uma só vez. Porém, o Baal HaSulam escreveu no artigo, “O Arvut (Garantia Mútua)” que chegou a hora de revelar às pessoas o verdadeiro sentido de servir o Criador. Pois nós já nos encontramos neste tipo de crise e desespero. As pessoas já sentem que esgotaram suas próprias forças e que não têm os meios para mudar nada no mundo. Portanto, nós devemos dizer-lhes sobre como trabalhar com a doação mútua, em sua forma mais limpa. Só se chegarmos a um estado como este é que tudo vai ficar bem.

Não é sequer necessário esconder isso; isso deve se transformar em nosso “credo”, em nossa fundação. Nós supomos que o mundo deve chegar a esta forma e pronto! Estes são os nossos pontos de vista e nosso conhecimento sobre os quais a sabedoria da Cabalá fala. Se começarmos a fingir, com isso vamos distorcer e destruir todo o nosso trabalho. Pois, na medida em que dizemos exteriormente uma mentira, nós precisamos primeiro ser revestidos nela internamente. E isso não vale a pena fazer.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 01/10/13, Shamati # 38 “O Temor de Deus é o Seu Tesouro”

Fonte: http://laitman.com.br/2013/10/finalidade-unica-e-unico-meio/

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Um Anti-Mundo Fundado Numa Fórmula Desconhecida

Dr. Michael LaitmanÉ tão difícil revelar e explicar a Cabalá às massas do homem comum, porque é uma realidade que ele não sente. Além disso, está se opondo a ele, um “anti-mundo”. E não é apenas a realidade oposta onde o “positivo” pode ser substituído pelo “negativo”, mas o fato dela ser oposta é incompreensível para uma pessoa normal, uma vez que esta fórmula não funciona em nosso mundo. Portanto, é natural que esta sabedoria seja praticada por poucos.

Mesmo que muitas pessoas concordem que a Cabalá esteja provavelmente falando de algo muito exaltado, bom e correto, elas, no entanto, são incapazes de compreendê-la. Por isso, nós testemunhamos como a humanidade se afunda ainda mais na decepção, buscando consolo em todos os tipos de substitutos da verdade: teologia, misticismo, e várias tendências do tipo “Nova Era”. Bem, o que se pode fazer? Nós temos que esperar até que a humanidade cresça. Quanto mais circularem ensinamentos que pretendem revelar a espiritualidade, mais cedo a humanidade vai ver o que é bom e o que é ruim.

É um fato bem conhecido que quanto mais popular a pessoa se torna, mais cedo o seu verdadeiro valor se torna claro. Se um médico fizer propaganda de si mesmo, todo mundo vai correr para ser tratado por ele. E se ele não for um médico muito bom, com tantos pacientes, isso rapidamente será descoberto e eles vão partir.

Antes disso, ele ainda poderia ter pacientes tratados, mas, após o esforço de publicidade, em geral, ninguém virá até ele. Em outras palavras, a propaganda promove a revelação da verdade.

É por isso que os Cabalistas não se opõem a quaisquer ensinamentos; deixe que tudo tenha seu lugar, pois todos existem devido à natureza não corrigida do desejo. Enquanto as pessoas encontrarem alguma satisfação nestes métodos, nada pode ser feito a esse respeito. Deixe a pessoa fazer seus próprios discernimentos em seu egoísmo e, posteriormente, chegar à verdade. Há muitos obstáculos e falsos ensinamentos que estão no nosso caminho, mas eles servem como filtros que nos ajudam a filtrar o nosso ego através deles.

E quando a pessoa finalmente passa por todos esses filtros e deixa de acreditar em várias forças (“vários deuses”) e em suas próprias forças, bem como em todos os tipos de fetiches, tais como fitas vermelhas, talismãs e bênçãos, ela percebe que nada pode ajudá-la, exceto a Luz Superior que nos reforma e devolve à fonte de amor!

Além disso, agora ela está certa de que sabe o que significa “bom”. Então, ele chega a isso.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 16/12/10, Escritos do Baal HaSulam

Fonte: http://laitman.com.br/2013/10/um-anti-mundo-fundado-numa-formula-desconhecida/

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Questões Lógicas Do Governo Superior

Dr. Michael LaitmanExiste diferença entre a forma como a força superior controla a nossa parte chamada “Israel” e a nossa outra parte chamada “as nações do mundo”? Como a força superior se relaciona e influencia estas duas partes em nós? Não é apenas uma “positiva” e outra “negativa”, mas ações bastante complicadas e diversificadas em suas formas direta e inversa.

É obrigatório que em nosso egoísmo, a parte que pertence às nações do mundo, nós tenhamos que passar por infortúnios, ao passo que quando nos tornamos “Israel” nos sentimos bem? Pode ser exatamente o oposto, e geralmente é isso que acontece.

Afinal de contas, a parte em mim que pertence a “Israel” deve ser elevada para um nível ainda mais avançado. Para isso, eu preciso sentir as dificuldades e problemas na parte de Israel em mim. Se eu recebesse apoio nesta parte, eu sentiria apenas benefícios egoístas e por isso nunca cresceria. A fim de avançar a parte de Israel em nós, nós só temos que sentir uma pressão crescente. É por isso que a guerra de Gog e Magog e a pressão que antecede a chegada do Messias devem ser extremamente poderosas e fortes, sem paralelo na história.

Ao mesmo tempo, a minha parte que pertence às nações do mundo deve experimentar prazer em vez de sofrer. Afinal, se esta parte sentisse prazer, estaríamos permanentemente confusos e não teríamos nenhuma chance de diferenciar entre o certo e o errado, como na cidade de Shushan, a capital do reino da Babilônia, onde eles não podiam decidir quem estava certo, Mordecai ou Hamã.

Portanto, isso significa que o governo do Criador sobre aqueles que aspiram a avançar é totalmente ilógico. É por isso que o nosso filósofo interno não consegue parar de contestar isso. Mesmo Rabi Shimon continua a fazer perguntas. Neste nível, não há filósofos, já que os filósofos não compreendem esta fase. Somente aquelas pessoas que estão envolvidas no trabalho espiritual podem se preocupar com essas questões.

Filósofos explicam tudo de uma forma muito fácil, já que são movidos por lucros em seus bolsos, estômagos e mentes…  Eles agem dentro de um desejo de receber direto. Neste ponto, outras perguntas surgem: Como é que a governança superior governa uma pessoa que está envolvida no desenvolvimento espiritual? Acontece que a governança superior age totalmente oposta a todos os nossos desejos (tanto de recepção como de doação) e é contrária às nações do mundo e Israel dentro de nós. É tão “irracional” que não podemos perceber como é diferente. Nós constantemente tendemos a julgar esses fenômenos diretamente, porque os nossos desejos ainda não estão corrigidos.

Eu sinto um completo fracasso em meus desejos de doação, ao passo que em meus desejos de recepção estou muito bem. Eu me sinto assim visto que o meu nível ainda é corrupto, e por isso me parece que vale a pena me apegar aos meus desejos egoístas e não vale a pena seguir os meus desejos de doação. Nos desejos de doação, eu sempre sinto que sou um perdedor completo; ao mesmo tempo, quando estou em meus desejos de recepção, eu sinto que posso ganhar.

Isso é o que o nosso juiz interno vê, uma vez que “a pessoa julga de acordo com o que os seus olhos podem ver”. Só quando o ponto no coração desperta é que nós podemos anexá-lo ao nosso ambiente, implementando assim o nosso livre arbítrio e aderindo aos novos valores de doação. Então, nós podemos ir mais fundo dentro de nós mesmos, examinando e esclarecendo nossos desejos, intenções e pensamentos corretamente. Este é um trabalho em andamento.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 18/08/13, O Zohar

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pico Espiritual Do Mundo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Em qualquer pessoa, há uma matriz psicológica de como deve ser um líder. Quando a pessoa vê alguém que é diferente do resto da multidão, ela vê esse indivíduo internamente como uma “unidade distinta”. É verdade que os líderes fanáticos surgem como resultado do fato de que as massas os percebem como tais? É possível ter uma transição harmoniosa, quando em vez de líderes fanáticos haverá sábios que chegaram ao poder? Em outras palavras, os sábios também devem ser também incluídos na matriz psicológica do modo como as pessoas visualizam seus líderes?

Resposta: Sim, é verdade. Para isso, duas condições devem ser observadas. Primeiro de tudo, um sábio deve entender que ele é um líder (ou mesmo um ditador em um sentido) e impor suas ideias sobre a sociedade pelo benefício geral dos outros.

O sábio deve sair do seu espaço restrito e descer ao nível do público geral, a fim de ser aceito pela sociedade e começar a trabalhar para o público. Ele deve criar um pequeno grupo de pessoas e discípulos afins que divulgam suas ideias.

Na verdade, essas pessoas deveriam estar fazendo o trabalho dos profetas. Elas devem ir para o mundo e espalhar (pregar) as ideias do sábio. Em geral, nós já vimos esses exemplos históricos, no momento da criação das novas religiões.

Por um lado, é um trabalho muito sério e importante que o sábio deve realizar. Por outro lado, ele só pode funcionar se a sociedade estiver preparada para isso e se elas mostrar preocupação social e evolucitiva, o que significa que o público precisa do conhecimento que o sábio oferece.

É por isso que o sábio e a sociedade devem se cruzar. A sociedade deve “pegar” o que o sábio está falando, o conceito, e considerá-lo como algo necessário para a sobrevivência. Se este for o caso, sua interação começa: o público deve consentir em aprender com o sábio, em estar “debaixo” e seguir seus discípulos.

Este processo não depende do público, mas sim do nosso desenvolvimento evolutivo. Nosso modo de desenvolvimento é chamado de “crise”, pois não podemos prever nada, e estamos rompendo com o nosso modo de vida anterior.

Em breve veremos as contradições entre o que é possível e o que realmente existe nos seres humanos e civilizações. Num mundo de abundância, haverá fome. Possibilidades ilimitadas de se manter saudável não vão impedir que o mundo inteiro fique doente. Independentemente de ter grandes fontes de energia, o mundo vai sofrer com sua escassez, etc.

Confusa e devastada por inúmeros conflitos e problemas, impotente e atormentada, a humanidade não vai conseguir encontrar a resposta para: “Por que isso está acontecendo com a gente? Para onde isso está nos levando?” Por outro lado, a questão interna vai gradualmente emergir: “Para que eu vivo? Por que eu sofro?”.

É assim que somos construídos neste desenvolvimento evolutivo; nossos desejos internos progressivamente se transformam, e, no final, a humanidade vai desenvolver a necessidade de revelar o sentido da vida. Por isso, nossa próxima etapa está revelando qual o sentido da nossa existência e da existência do universo.

Neste caso, não será difícil para o público determinar quem pode guiá-los: a pessoa que pode tornar a vida deles significativa. Assim, haverá um sábio, seus profetas, os discípulos, os administradores, os educadores, que serão os líderes da sociedade e organizarão a humanidade de uma forma adequada. Este grupo será semelhante ao Sinédrio bíblico e se tornará “o pico espiritual do mundo”.

De KabTV “Através do Tempo”, 18/03/13

Fonte: http://laitman.com.br/2013/09/pico-espiritual-do-mundo/


Forçando Seu “Burro” A Trabalhar

Forçando Seu “Burro” A Trabalhar

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Filosofar Pretensiosamente (Sem Mais Delongas)


Dr. Michael Laitman
Baal HaSulam, “A Sabedoria da Cabalá e a Filosofia”: Se houver qualquer definição que posso explicar o espiritual separado do corporal, esta pertence somente àqueles que atingiram e sentiram algo espiritual. Estes são os verdadeiros Cabalistas; portanto, é a sabedoria da Cabalá que precisamos.

Este mundo material é completamente separado da espiritualidade. Os Cabalistas nos explicam que o nosso mundo material é simplesmente um resultado da nossa imaginação. Depois de acordar, nós veremos que “éramos como sonhadores”. Este sonho, e a nossa existência nele, parece real; no entanto, em sua essência, é imaginário e ilusório.
Porém, nós não somos capazes de fazer a distinção. Há uma realidade e há cinco sensores através dos quais podemos investigar a realidade. Nossa exploração deste reino é chamada de “ciência”, um complexo de conhecimento confiável, que usamos como orientação. Com a ajuda da ciência, as pessoas produzem medicamentos, constroem casas, etc., tornando assim a nossa vida melhor. O conjunto de conhecimentos que chamamos de “ciência” é muito confiável e testado. Isso explica por que a ciência nos torna mais confiantes e nos satisfaz.
No entanto, nós continuamos pensando em “vida após a morte”. Nós não sabemos o que é isso. Fisicamente, a pessoa morre junto com o corpo, e ainda assim não é um segredo que acima disso há certa parte em nós, um componente espiritual. Não há provas sólidas de tal fato; além disso, a sabedoria da Cabalá afirma que não há nenhum elemento espiritual em nós. Aquele que não alcançou a espiritualidade permanece no nível “animal”, físico, por toda a sua vida. Não é por acaso que o Baal HaSulam disse uma vez que não se importava onde o seu “saco de ossos” seria enterrado. No entanto, nós temos a chance de alterar a nossa natureza de forma que, além da nossa existência “animal”, também revelemos a vida em outra dimensão, a realidade espiritual.
É muito simples: tudo o que a pessoa consegue atingir é tudo que ela realmente tem. Fantasiar não vai ajudar; nada deste mundo pode ser relacionado com a espiritualidade. Espiritualidade existe independentemente e se ainda não estamos lá, simplesmente não podemos deliberar sobre isso. Portanto, os cientistas não exploram este tema, uma vez que não têm “ferramentas” relevantes para isso.
No entanto, há uma abordagem especial para a vida, que é chamada de “filosofia”. Ela especula sobre temas que são impossíveis de explorar usando métodos científicos tradicionais. Como resultado, os filósofos vêm com várias opiniões sobre o mundo espiritual, como se sentissem, compreendêssem, ou tivessem acesso a ele. Sem dúvida isso é certamente uma abordagem errada, não científica, que não tem nada a ver com ciência ou senso comum. É tudo uma questão de fantasiar; por isso, não é por acaso que hoje em dia a palavra “filosofia” se tornou pejorativa. Aqueles que estão distante da realidade são chamados de “filósofos”. E com razão.
É por isso que Baal HaSulam era fortemente contra a abordagem filosófica. Anteriormente, quando era impossível revelar a sabedoria da Cabalá às massas, os filósofos podiam falar profusamente sobre os seus pontos de vista. Hoje, a sabedoria da Cabalá se espalha pelo mundo, ao passo que os filósofos continuam a discutir coisas que não têm qualquer contato, confundindo ainda mais as pessoas.
Baal HaSulam explica que as construções filosóficas não têm base e que você não pode ouvir os filósofos, uma vez que eles mistificam e nos confundem, privando a humanidade da oportunidade de acelerar seu progresso na realização da meta da criação. Afinal, a meta da criação não é chegar antes e ficar acima de todas as outras coisas? Se não nos apressarmos, se deixarmos os filósofos nos confundir ainda mais, estaremos provocando sofrimentos adicionais. Isto é o que preocupava o Baal HaSulam.
A propósito, uma pergunta curiosa surge: Como pessoas sóbrias, que pensam, podem fantasiar sobre algo que ainda não alcançaram, não têm provas, e que nunca foi testado ou analisado? Este mistério da filosofia ainda não tem resposta.
Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/07/13Escritos do Baal HaSulam



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Oposto À Confiança Dos “Senhorios”



Dr. Michael Laitman
Nosso trabalho é descobrir a força superior. E não por uma questão de assegurar-nos por meio da confiança alguma base para nossas vidas, mas, para agradar o Criador. E isso é o oposto da confiança que buscamos em nosso mundo, que é o que nos faz sentir seguros em nosso ego, que temos poder, conhecimento, celeiros cheios, saúde, como donos do país e do mundo.

Mas a confiança no trabalho espiritual não está focada em mim, porque não há nada em mim que possa alcançar o nível superior. Eu preciso descobrir a Luz Superior, descobrir a Luz Superior na vestimenta da confiança; isso significa estar num estado oposto daquilo que é considerado seguro em nosso mundo.
A confiança é o abandono dos meus desejos de recepção. Quanto mais eu subo acima deles e dependo daquilo que é superior, mais eu recebo a Luz da confiança. A separação do estado atual e a integração com o que é superior, tornando possível para eu fazer isso, me dão a sensação de confiança.
Isso acontece justamente quando a pessoa se sente perdida e não está pronta para fazer nada por conta própria. Tudo o que eu tinha antes: algum tipo de compreensão, realização, emoção, conexão com amigos, com o Criador, todas as várias formas de apoio no caminho, tudo isso desaparece. Eu sinto que perdi tudo e não tenho nada para contar. Eu não tenho outra escolha se não ser libertado de todos os meus desejos egoístas não preenchidos.
No começo, eu estou perdido e não sei o que fazer comigo mesmo. Eu estou preocupado que não sinto a confiança habitual no conhecimento, na inteligência, tudo desaparece. O Baal Shem Tov passou por estados como estes, quando esqueceu o alfabeto; todo o seu conhecimento foi apagado, como um lactente.
Nós devemos entender que, se um estado como este nos é dado, é uma grande ajuda de cima, quando toda a minha confiança egoísta é apagada, toda a minha base material. Então, eu caio na ocultação da face do Criador, como foi dito a respeito de Moisés: (Salmos 30:8) “Você escondeu sua face e eu estava apavorado”. Afinal de contas, eu não sei no que confiar. E é especificamente depois disso que eu sinto um ponto oposto, uma nova confiança com base na dependência de que é maior.
Esta é a dependência das condições do “Tzimtzum“, a “Tela”, em todos os meus Kelim de recepção em que não quero receber nenhuma iluminação. Eu vou estar satisfeito apenas com um pouco a fim de sustentar a vida no meu corpo bestial; além disso, não quero iluminação dentro do meu ego, mesmo minimamente, por isso não vou sentir a confiança dos “senhorios”.
Eu quero ser completamente dependente do que é superior, como um feto em sua mãe. O que é superior vai fazer o que Ele quer de mim agora; eu mesmo não pareço existir! Eu simplesmente me anulo, como se não ocupasse qualquer espaço.
Se eu conseguir realizar isso inúmeras vezes, a iluminação vai chegar até mim, me dando uma sensação de confiança na minha dependência em relação ao que é superior. O superior me dá essa confiança, como um adulto faz com uma criança que se abraça a ele.
No começo eu me apego internamente ao que está acima, como um feto no ventre de sua mãe, porque não tenho possibilidade de me apegar a Ele sozinho. Eu só me anulo, e o resto do trabalho é confiado nas mãos do que está acima.
Quanto mais eu crescia, mais qualidades ruins, desejos de receber, foram desenvolvidas em mim. Eu preciso superá-los em mim mesmo, a fim de entender ainda mais o que é superior e sentir minha dependência Dele. Esta é apenas a forma como uma criança se agarra a sua mãe.
É assim que devemos ver a nós mesmos nos aderindo ao superior o tempo todo. Num estado de maturidade, eu me apego tanto a Ele que, apesar de todos os meus desejos serem estranhos e opostos a Ele, eu realizar ações com as quais tento ser como o superior e não ser separado Dele.
Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá09/08/13Shamati #72, “A Confiança é a Vestimenta para a Luz”

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Da Disseminação Externa À Revelação Do Criador


Dr. Michael Laitman

Pergunta: Cada um de nós sente a importância e a necessidade de contato físico no grupo e nos Grupos de Dez para o sentido de confiança e importância que a pessoa sente na conexão. O que pode substituir a falta de contato físico?
Nós escutamos a lição diária todas as manhãs, e temos diferentes comitês. Nós recebemos mensagens de texto a cada hora, mas fisicamente estamos juntos apenas uma vez ou duas vezes por semana.
Resposta: A questão não é quantas vezes vocês estão juntos, mas quantas vezes vocês entram em contato com as pessoas de fora. O trabalho espiritual é assim: o Criador está acima e abaixo do Criador há o grupo. No grupo, há o professor (Rav); todos os Cabalistas, de quem recebemos o nosso método, circundam o grupo e o professor, e abaixo existem as massas, a sociedade, o povo.
Primeiro nós temos que nos conectar no grupo. Esta unidade é essencial, quando cada um sai de si mesmo, realiza a primeira restrição, cria um Masach (tela) e se conecta com os outros. Depois nós nos conectamos ao Criador ao querer trazê-Lo ao grupo – essa é a segunda parte. Em terceiro lugar, quando o Criador já está entre nós, nós saímos para o público.
From External Dissemination To The Revelation Of The Creator
No público, nós começamos a sentir que isso não basta para nós, uma vez que descobrimos diferentes deficiências. Então nós voltamos ao grupo e nele voltamos ao Criador. Através do grupo, nós somos fortalecidos pelo Criador, e depois voltamos ao público. Assim, nós estamos constantemente realizando este trabalho cíclico. Portanto, o contato físico não é suficiente, nós temos que nos engajar na disseminação externa através do grupo.
Todo o nosso grupo é chamado de Israel, Yashar-El (direto ao Criador). O que significa Yashar-El? Onde podemos descobri-Lo? No mesmo lugar onde há um desejo que foi criado pelo Criador. O Criador é Luz. Nós estamos no meio, como um interruptor. Israel é o condutor através do qual esta conexão é cumprida; este é todo o nosso trabalho.
Portanto, não podemos nos conectar com o Criador se não tivermos contato com o público, uma vez que, juntamente com o grupo e todos os Cabalistas, não somos considerados um ser criado. Nós somos uma criação artificial que o Criador criou para realizar a conexão entre Ele e Seu ser criado, uma vez que nós operamos pelo desejo em nosso coração que Ele nos deu. O ponto no coração é o que é típico do nosso grupo.
Nós não geramos esse ponto; é um atributo do Criador de cima. Nós trabalhamos a partir deste ponto, de modo que só podemos ser o interruptor, o conector, o condutor, entre o Criador e os desejos. O Criador é Luz. Existe um desejo e existe a Luz que deve corrigir o desejo e preenchê-lo. Nós estamos entre os dois e temos que cumprir isso.
Vocês podem ouvir quantas lições vocês quiserem e ter comitês, mas isso não vai levar a nada. Vocês realmente vão permanecer no mesmo nível por 10 a 20 anos até secar e abandonar esse negócio inútil, pois não se envolverão na disseminação para o público!
A sabedoria da Cabalá é a revelação do Criador neste mundo! Leia a definição de sabedoria da Cabalá no artigo do Baal HaSulam “A Essência da Sabedoria da Cabalá”. A sabedoria da Cabalá é a revelação do Criador às pessoas em nosso mundo. Este é o Seu desejo, Seu objetivo, e a razão de toda a criação.
Nós temos que cumprir essa meta. Mas, em quem? Nas massas, não em nós. Se nós a cumprirmos apenas em nós, agimos egoisticamente. A revelação do Criador entre as massas não é considerada egoísta, uma vez que elas não a querem e não têm nenhum desejo por ela; elas não são egoístas em relação ao Criador. Elas não precisam Dele.
Nós, porém, precisamos Dele! Portanto, nós temos que trabalhar para elas, para descobrir o Criador entre elas, e, em seguida, esta revelação será altruísta em relação a nós. Analisem o diagrama que eu desenhei e vocês vão ver que não podem precisar do Criador se não saírem para o público. Só se vocês saírem ao público e se envolverem na disseminação vocês vão sentir que precisam Dele.
Da Lição Diária de Cabalá 25/08/13, Perguntas e Respostas com o Dr. Laitman

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cálculo Correto Da Dívida

Dr. Michael LaitmanPergunta: Desde os tempos antigos os emprestadores de dinheiro eram em sua maioria judeus. Acredita-se que eles especificamente iniciaram a cobrança de juros exorbitantes.

Resposta: Não é a alta de juros ou juros compostos, a essência do que é agora bem compreendido pelos economistas. Hoje isso existe em qualquer banco, em qualquer negócio. Os judeus começaram a cobrar juros porque sabiam como calcular corretamente a dívida. Vamos supor que eu lhe dou 100 dólares e você precisa devolver o mesmo valor para mim no dia seguinte, mas você o devolve para mim depois de 20 dias. 

Então, quanto você precisa devolver? Se você tivesse imediatamente devolvido o dinheiro para mim, eu poderia ter investido em um negócio e poderia ter lucrado com isso amanhã, no dia seguinte, e assim por diante, de acordo com o cálculo cumulativo.

Assim, você precisa me compensar a quantidade que eu perco por causa de você. Os juros não são como os juros bancários. Se este montante não fosse investido em circulação, você não me deveria nada. Mas já que eu tirei o dinheiro de circulação, você só precisa me compensar o que eu perdi.

Vamos supor que, com os mesmos 100 dólares que te emprestei, eu poderia ter aberto uma linha para a fabricação de copos e em vez de US$ 100, eu iria ganhar US$ 200 por mês. Isso significa que você precisa devolver US$ 200 e não há juros aqui. Se você não devolver o dinheiro a tempo, mas só depois de dois meses, então você precisa me devolver o que eu poderia ter ganho durante esses meses com os mesmos US$ 100.

É o passo certo. Não há juros aqui! Se os bancos cobram juros em acrécimo, é porque eles existem à custa de juros, e esta é uma questão totalmente diferente. É preciso diferenciar entre os dois.

De Kab TV “Segredos do Livro Eterno” 27/05/13


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Conectando O Mundo Inteiro Ao Criador

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “A Serva que é Herdeira de Sua Senhora”: Assim, os mundos foram divididos em internalidade e externalidade, onde cada mundo contém iluminações adequadas para operar em lento desenvolvimento. E estas são chamadas de “a internalidade do mundo”.
O sistema em que nos encontramos é dividido em interioridade e exterioridade. Esta divisão se relaciona com as Luzes e os vasos, tanto na correlação direta como na correlação oposta entre eles, dependendo se nós falamos sobre vasos corrigidos ou corrompidos.
Assim, nós devemos entender o que isto significa para nós após a preparação no sistema espiritual e na criação do sistema corporal. Na verdade, este também é um sistema espiritual, mas nós o percebemos como o atual mundo fictício. Eu descubro que existo numa determinada realidade com pessoas e a natureza (inanimada, vegetal e animal) que me rodeia. É como se todo mundo vivesse por conta própria aqui, movendo-se de forma independente, operando e influenciando os outros. Depois que eu revelo tudo isso, eu devo atribuir a mim mesmo, juntamente com toda a imagem que é mostrada dentro de mim, a uma causa, a uma fonte, a um objetivo, a uma realidade simples, na qual não há outro além Dele, e que Ele é bom e benevolente. O ponto que é criado como “algo a partir do nada” permanece em mim, apenas para determinar que o resto é Ele.
Nós devemos conectar tudo o que está fora deste fora à percepção do superior, o Criador. Este é o nosso trabalho, e todo mundo que sente que tem um ponto no coração (“algo a partir do nada” e que se sente diferente do eminente) participa disto.
O trabalho é dividido em duas partes:
  1. Fortalecer o ponto no coração, conectando os pontos que podem ser conectados a ele em prol da meta espiritual. Estes são os membros do grupo, os meus amigos ao longo do caminho espiritual, que na verdade são partes de minha alma, do meu ponto no coração.
  2. Além disso, há outras partes que não estão diretamente conectadas a esta meta. Elas não sentem “algo a partir do nada”, mas sim, “algo a partir de algo”, e não fazem perguntas complicadas que surgem do ponto no coração, da forma oposta. Elas vivem suas vidas e não sentem qualquer deficiência, exceto essa. Eu também preciso conectá-las ao meu trabalho de acordo com o tipo e o tamanho dos desejos que são revelados dentro delas.
Por fim, eu conecto toda a realidade: todo o desejo de receber que está diante de mim -que está à minha disposição, dentro de mim, não importa como você coloca isto – ao atributo de doação e amor chamado Criador. Parece que eu corrijo o mundo, mas na verdade, eu realizo a minha correção privada. Isso ocorre porque não há nada no mundo, exceto um homem e um Criador. Uma pessoa é o ponto de “algo a partir do nada” que opera em prol de trazê-lo de volta ao “algo a partir do algo”, tudo o que parece separado dele.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/08/13, Escritos do Baal HaSulam

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A Cabalá Prática É Realizada Em Nossa Geração

Dr. Michael LaitmanNós estivemos nos preparando para isso há séculos e hoje a Cabalá prática está sendo realizada, ou seja, a verdadeira correção está começando. A Cabalá é o método de revelação do Criador às criaturas neste mundo. Neste mundo se refere às relações corruptas entre nós, e o próximo mundo é o das relações corrigidas.

Se nós vemos o mundo desta forma, não vemos os corpos das pessoas nele, mas sim as conexões entre elas, as conexões de um desejo no qual o Criador é revelado. Assim, a disseminação é 100% trabalho espiritual. Você não está fazendo um favor a ninguém, mas está realmente trabalhando em sua alma.

A pessoa deve entender que tudo depende dela, e ela não deve esperar misericórdia ou caridade de ninguém. Ela encontrará a fonte de sua vida nas relações com os outros, quando começar a organizar suas relações mútuas com as pessoas na rua, em seu bairro. Ela irá descobrir que não depende de ninguém, já que adquire uma força que é maior do que o governo. Agora nós vemos isto em todos os lugares e por isso não devemos nos voltar para as autoridades, mas sim para nós mesmos. Não devemos esperar que elas façam quaisquer mudanças. Não importa o que elas façam, isto só vai ser contra os nossos interesses.

Quando nós falamos com as pessoas, vemos o desespero que elas sentem. Elas não acreditam que as coisas possam mudar para melhor, de forma alguma. Anteriormente, elas tinham esperança de que certos movimentos e líderes seriam capazes de mudar alguma coisa, mas hoje ninguém coloca suas esperanças nisso, uma vez que essa mentira já foi revelada. Não há ninguém para culpar aqui, pois isso é resultado da natureza humana. Nós não devemos culpar ninguém, mas devemos simplesmente decidir como devemos mudar as nossas vidas aqui e agora, cada um no seu lugar, em sua família, em sua cidade, ou na rua em que vive.

Nós nos dirigimos às  pessoas comuns e as orientarmos corretamente; com isso, corrigimos partes da nossa alma. Hoje nós temos a oportunidade que nunca tivemos antes. A demanda por isto é sentida em todos os lugares. Não existem outros meios para corrigir as coisas. Todas as fontes externas foram esgotadas, a crise global limpou a área e a lavou como uma onda de tsunami. Resta apenas uma fonte de vida, a fonte de energia e mudança que está na conexão  entre as pessoas. Ninguém pode reconstruir esta conexão sem a educação integral.

Mesmo se alguém escutar sobre isto e quiser reconstruir isso, não vai ter sucesso. O sucesso só ocorrerá se vier de nós. Nós fomos escolhidos pelo Criador para esta missão, como “um reino de sacerdotes e uma nação santa”, e é nossa obrigação emanar esta informação em todo o mundo. Só uma pessoa que conhece este método pode ensinar o mundo e levá-lo à correção.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 26/07/13, Escritos do Baal HaSulam


 


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um Erro Intencional Providenciado De Cima


Antes da quebra, havia um vaso que queria receber a Luz para doar (Adão e Eva). Mas havia um lugar neste vaso chamado coração de pedra que era impossível de corrigir. A Luz Superior não podia entrar nele. A Luz Circundante não podia entrar nele também. Então, como era possível corrigi-lo? Afinal de contas, ele é toda a essência da criatura.

Acontece que eu tenho um desejo de receber que é oposto ao Criador, a Luz Superior, que não pode entrar nela. Isso entraria em contradição com a lei de equivalência de forma, e depois de tudo, diz-se: “Ele deu uma lei que não pode ser quebrada”, o próprio Criador não quebra Suas próprias leis. As leis foram determinadas, e toda a realidade, toda a criação, existe de acordo com essas leis.

Portanto, o que podemos fazer? Como pode a criatura ainda ser corrigida e tornar-se semelhante ao Criador? Como ela pode tomar a forma do Criador, se a Luz Superior não pode sequer tocar o coração de pedra de acordo com as leis da restrição e da falta de equivalência de forma? Ela nunca pode fazer isso, uma vez que o coração de pedra é a essência da criatura.

A quebra foi necessária; ela foi necessária para confundir a criatura, a fim de que ela desejasse receber a fim de doar, como se isso fosse possível no coração de pedra. Assim é como o Criador organiza a criatura e esta aceita esta ação em devoção absoluta. A Luz Superior lhe dá essa sensação pelo Partzuf que ela criou no qual a cabeça do Partzuf pertence à Bina e o corpo pertence à Malchut. Ela pretende usar todos os seus desejos em prol de doar em sua cabeça; isto é Bina pura, doação pura. 
Então ela não sente que há uma chance para que isto dê errado ou falhe, mas ainda assim ela falha.

Não foi um erro ou uma falha; não dependeu da criatura, mas também foi intencionalmente providenciado de Cima. Mas a incorporação mútua dos vasos de Bina e dos vasos de Malchut ocorreu como resultado da quebra. A principal coisa é que isso permite a continuidade da purificação de todos os vasos, exceto o coração de pedra.

Este é um ponto muito delicado que devemos pensar, “a vantagem da Luz sobre a escuridão”. Nós purificamos as primeiras nove Sefirot, todos os seus discernimentos, exceto o coração de pedra, que está “na razão”, no ego, que nós não purificamos. Mas ao purificar tudo ao seu redor, eu conheço o coração de pedra, e com isso conheço o próprio Criador dentro dele.

Assim, nós realizamos a correção sem corrigir o nosso próprio desejo. Mas nós temos que diferenciar e extrair dele tudo o que pudermos, deixando apenas o verdadeiro coração de pedra no qual não há mais nada que possamos corrigir. Como resultado desta purificação, nós descobrimos a forma do coração de pedra, em contraste com a forma do Criador e chegamos ao fim da correção.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/07/13, Escritos do Baal HaSulam 

Por Que Você Precisa Deste Problema?

Por Que Você Precisa Deste Problema?

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tanto Com Uma Linha Como Também Com Círculos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Hoje praticamente tudo está se deteriorando em direção à gestão rígida e totalitária. Essas empresas realmente demonstram o máximo de eficiência e o mínimo de conflitos dentro da coletividade. Pode o método integral alterar a estrutura de gestão das empresas?

Resposta: É impossível ter apenas um tipo de estrutura, porque o sistema integral é circular, analógico. Isso só é possível numa coletividade onde todas as pessoas se encontram no mesmo nível e trabalham cooperativamente.

Numa empresa ou numa fábrica deve haver uma hierarquia que tenha o direito de comandar todos os elos, mas em cada nível as pessoas precisam estar organizadas em círculos integrais.

Portanto, uma coisa não contradiz a outra. Pelo contrário, grandes coletividades como estas devem ser construídas tanto com uma linha como com círculos.

Juntamente com isto, em todas as circunstâncias, sistemas de controle darão instruções, porque as pessoas que passaram por esse aprendizado único e que trabalham lá sabem, entendem e pensam sobre tudo, e estão no comando, porque elas têm sabedoria, força de vontade, desejo e a capacidade de assumir a responsabilidade para si.

Para o resto das pessoas, não; elas são especialistas em alguma área específica. Para se sentir como pertencentes ao nível do conhecimento superior da natureza, elas passam pela formação integral, e isso as torna capazes de se unir para um trabalho cooperativo sem prejudicar o outro.

Em coletividades como estas, a produtividade aumenta, elas começam a entender o outro com meia palavra, e a probabilidade de erro num projeto particular diminui ao mínimo, porque todos vivem em prol de um objetivo.

De KabTV “Através dos Tempos” 20/03/13

terça-feira, 16 de julho de 2013

O Progresso É Fácil Quando Tudo Está Pronto



Dr. Michael Laitman
O ser humano tem uma característica única que não existe em nenhum animal: se ele quer comer algo doce, ele vai misturar isso com algo salgado, ou seja, com um gosto oposto. O princípio da “vantagem da luz sobre a escuridão” é expresso nele significativamente. Mesmo no nível animal existe um fenômeno como este, mas num grau muito limitado.

A mesma coisa acontece nos estados pelos quais nós passamos, e há muito estados bons e agradáveis entre eles, embora os percamos mais tarde sem prestar atenção. O sentimento gradualmente desaparece e eu não sinto a perda. Falta-me a consciência de sua importância e a incessante preocupação de que devo proteger este sentimento.
Então, por que eles me levam a este estado e não me deixam perceber a sua importância e permanecer nele? É por isso que eu atingirei um estado ainda maior. No entanto, eu não sinto nenhuma necessidade de um estado mais elevado; não tenho apetite por ele, não há “aperitivos” que aumentarão meu apetite. Portanto, eu mesmo preciso construir um desejo adicional dentro de mim de modo que não ficarei satisfeito com o estado atual.
Isto é muito difícil. Só se eu quiser expandir o meu desejo de doação, existirá uma possibilidade como esta, graças ao ambiente. Mas se isto se refere ao desejo de receber, isso é totalmente impossível. Por isso, eles nos dão um estado de descida.
A descida pode acontecer desta maneira. Eu não posso ser satisfeito no estado atual e quero acrescentar a ele. Eu me comparo com o ambiente e vejo que os outros avançam em doação mais do que eu. Desta forma, o vazio é formado em mim, e eu aspiro a uma doação maior sem uma descida. Isto é, o ambiente forma uma impressão de descida em mim, e eu já não preciso de uma descida verdadeira.
E se eu não sinto a descida através da comparação com os outros e não vejo que eles doam mais do que eu, então eles me dão uma descida verdadeira e acrescentam ego a isto, um desejo de prazer acima do qual eu devo ter sucesso em trabalhar e levar à forma correta. Este é um processo demorado que continua por um longo período de tempo.
Esse desejo que eu finalmente atinjo, depois de trabalhar no meu ego após a descida e levá-lo até a forma de doação para o próximo nível, eu poderia ter recebido já pronto do ambiente e usado imediatamente! Pensem nisso!
Especificamente neste lugar eu preciso me esforçar, e não tomar o caminho mais longo da primeira descida e só depois ser despertado por aquilo que é ruim para mim. Porque daí eu serei forçado a cair neste mundo, em seus desejos egoístas, até finalmente ser despertado e lembrar que preciso aspirar à doação, e me voltar ao grupo de estudo. Este é um caminho muito longo.
Em contraste a isto, se eu me exponho à influência do ambiente, a inveja e a ambição me expulsam “deste mundo” da situação anterior. Mesmo que eu me encontre num excelente estado e tenha alcançado a subida, eu posso descrever isto para mim como uma descida em relação ao estado do ambiente que parece superior e mais bem sucedido para mim. Todos os amigos parecem grandes para mim, mais elevados.
Pode ser que neste momento o desespero seja despertado em mim, uma sensação da minha inferioridade em relação aos outros, a inveja material mundana de que eles têm êxito e eu não. No entanto, isso só vai me estimular e despertar, e daí é muito fácil passar para a inveja espiritual e se deixar levar por eles, querer trabalhar com eles e ser como eles. Isso já é um estado de “Lo Lishma“, após o qual a Luz que Reforma aparece imediatamente e nos ajuda a avançar.
Seja como for, a vantagem da luz é conhecida apenas a partir da escuridão, e não acreditem que seja possível encontrar o mundo espiritual sem esforço. E vice-versa, não acreditem que alguém faça um esforço e não encontre! A satisfação é determinada apenas pelo Kli (vaso), e não importa onde nós obtemos este Kli: nós mesmos o construímos durante o trabalho difícil em nós mesmos com a ajuda do ambiente ou o recebemos pronto do  ambiente?
Em última análise, o meu Kli é encontrado entre os amigos, no ambiente, que é onde a minha alma se encontra. Portanto, não faz diferença se estou imerso em mim mesmo, no meu ego que desperta estados opostos em mim e por isto me obriga a me voltar ao ambiente, a passar por atividades externas fora de mim mesmo, a fim de estar conectado a algo com todos os outros, ou se eu recebo imediatamente deles a aspiração correta, graças à inveja e atinjo facilmente o mesmo objetivo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A Refeição É Um Momento De Contemplação



Dr. Michael Laitman
Pergunta: Suponha que nós unimos as pessoas no centro de acordo com o sistema integral. Nós temos worskhop, jogos de conexão e uma refeição em conjunto. Como devemos nos preparar para a refeição?

RespostaA refeição é o momento de uma séria contemplação, já que a pessoa só pensa para quê, por que, a quem está conectada durante a refeição, e como ela faz agora para se satisfazer física e espiritualmente?
O nosso sistema digestivo é feito de certas partes. Por que temos 32 dentes? Isso decorre das 32 fontes de sabedoria. Por que nós trituramos a comida quando a mastigamos com os dentes e depois a engolimos?
É interessante aprender como nossa garganta é construída, uma vez que tudo se concentra nela. Nenhum animal é construído dessa forma.
Por que o homem é chamado de “falante” e não apenas o “que anda ereto?” Um avestruz também tem duas pernas, mas não é chamado de “falante”.
A questão é que o nosso sistema digestivo é curiosamente completo e graças a ele nós somos diferentes do mundo animal. O nosso sistema digestivo, que é animal em sua essência, tem uma adição interessante: a garganta e as cordas vocais que são gerenciadas pelo cérebro que é nossa parte mais elevada.
Tudo o que eu digo vem do cérebro e é gerido de forma consciente, não por instinto! Aliás, é tão curto (que vem da palavra, curto-circuito) e intrinsecamente conectado: qual a energia que eu uso quando falo, qual é o conteúdo dos sons que produzo. Eu também posso gerenciar cinco tipos de sons da minha garganta usando a garganta, a língua, os lábios, os dentes e o palato. Eu também aciono os pulmões em relação à garganta, que também são feitos de cinco partes, e assim por diante.
Isto significa que não estamos apenas falando sobre o sistema digestivo, mas que ele está conectado com a parte mais central e importante no corpo humano (razão pela qual somos chamados de “falante”), e nós conscientemente cortamos esta parte quando comemos. Contudo, outras partes do sistema são ativadas com exceção desta.
O sentido do olfato desempenha um papel importante no processo de alimentação. Nós devemos acrescentar aromas para sentir o gosto e o cheiro dos alimentos.
Cada tipo de alimento deve ter seu cheiro típico,  por isso os aromas,  como as especiarias, são a parte principal do alimento. Nós não conseguimos sem sal e pimenta, e sem compor os atributos de diferentes sabores. Nós podemos, é claro, pegar algumas folhas insípidas e comê-las. Obviamente, nós receberemos vitaminas delas, mas também precisamos de certos atributos dos sabores e cheiros que nos influenciam. Isto é essencial.
O sistema auditivo também afeta o sistema digestivo – determinada música que está sincronizada com o sistema digestivo e o complementa num nível diferente. Assim, a satisfação dos cinco sentidos faz uma refeição.
Em outras palavras, comer uma refeição é chamado de “satisfação” de uma pessoa através de todos os canais possíveis.
De KabTV “A Medicina do Futuro”, 07/04/13

terça-feira, 9 de julho de 2013

O Criador É Sempre O Bem Absoluto

Baal HaSulam, “A Essência da Religião e Seu Propósito”: … O Criador é, em Si mesmo, completo e não precisa de ninguém para ajudá-Lo a completar, uma vez que precede tudo. Portanto, é claro que Ele não tem qualquer desejo de receber. E como Ele não tem desejo de receber, Ele é fundamentalmente desprovido de um desejo de prejudicar alguém; simples assim.

Além disso, é completamente aceitável para a nossa mente como o primeiro conceito, que Ele possui um desejo de doar bondade aos outros, ou seja, às Suas criaturas. E isso é evidentemente demonstrado pela grande Criação que Ele criou e pôs diante de nossos olhos. Porque neste mundo há seres que inevitavelmente experimentam um sentimento bom ou ruim, e esse sentimento vem necessariamente a eles do Criador. E uma vez que é absolutamente claro que não há nenhum objetivo de prejudicar na natureza do Criador, isto exige que as criaturas recebam apenas bondade Dele, pois Ele as criou apenas para lhes doar.

Assim, nós aprendemos que Ele tem apenas o desejo de doar bondade, e é absolutamente impossível que qualquer nocividade possa permanecer em Seu domínio, que possa irradiar Dele. Por isso é que temos definido Ele como “o Bem Absoluto”. E depois que nós aprendemos isso, nós vamos dar uma olhada na realidade atual que é guiada por Ele, e como “Ele doa apenas bondade a eles”.

Nós não vemos dessa forma. Para nós, parece que tudo está de cabeça para baixo neste mundo. Comparado à natureza inanimada, vegetal e animal, o nível falante sofre muito mais do que os outros. Quanto mais avançada for a pessoa, maiores serão suas angústias. Então, onde é que vamos ver o “Bem Absoluto” aqui?

Isto se aplica a outro nível de existência, a um plano de vida diferente. Aqui, não há vestígios do Bem Absoluto, nem podemos esperar que, em algum momento, as coisas se tornem melhores. Pelo contrário, ao longo da história, nós avançamos unicamente pelo mal. A verdade é que nós nos desenvolvemos a fim de compreender a nossa inclinação ao mal, que é construída em nossa natureza, nossas propriedades. Não importa exatamente onde, porque dá no mesmo. É por isso que é inútil ter esperança ou esperar por coisas positivas neste mundo.

Quanto ao Bem Absoluto (o Criador) e nossa conexão com Ele, nós somos incapazes de sequer fantasiar sobre isso, uma vez que somos limitados por nossos limites atuais. Isso não tem absolutamente nada em comum com este mundo. Não há nenhuma ligação entre este reino e a força superior. Tudo o que temos aqui é o desejo de receber que continua a mudar. No entanto, não há nenhum “Bom que faça o bem”, nenhuma “Benevolência Absoluta”, nenhum Criador!

O objetivo deste mundo é revelar o fato de que não podemos tolerar este reino por mais tempo. O truque é que devemos revelar este fato e divulgar as razões que causam este estado. Não só eu estou com dor e clamo por isso. Esta dor deve explicar por que passo por isso e como me livrar disso.

Caso contrário, eu vou controlar a minha dor para chegar a um estado melhor. Isso não significa que não haverá dor na minha vida, embora eu vá chegar a um nível diferente, mais elevado de conhecimento, compreensão e percepção, que me permitirá me controlar usando minha aspiração ao deleite e à aflição como as rédeas para o autocontrole. Nesta fase, eu não quero me livrar do sofrimento ou me divertir. Eu começo a entender e a esclarecer exatamente o que deveria aspirar. Independentemente da minha aversão à aflição e do meu desejo de ser feliz, eu ainda quero me comportar corretamente. Gradualmente, ao perseguir este caminho, eu provo o que significa “corretamente”.

Este tipo de análise inicia no nosso estado atual e continua de um estágio para o outro. Gradualmente, nós começamos a reconhecer as características potenciais do Bem Absoluto. Leva muito tempo e uma grande quantidade de esclarecimento. É um processo que torna isto possível para nós, para definir o que é bom e o que é ruim.

Então, nós consideramos estes conceitos não apenas com base no que sentimos, mas propositadamente. Assim, nós podemos avançar. Nós subimos acima da análise “animal” do que é bom e o que é ruim, que é baseada em nossas sensações positivas ou negativas. Em vez disso, nós mudamos para uma análise humana que relaciona tudo à meta superior. Nós colocamos a meta superior à frente de tudo. Somente através da meta superior nós podemos distinguir entre o bem e o mal.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/07/13, “Não Há Outro Além Dele”


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Julgamento E Misericórdia Na Cozinha Da Familia



Dr. Michael Laitman
Eu recomendo workshops, discussões conjuntas e exercícios práticos para os casais. Comecem com a pergunta: “O que significa ‘um está incluído no outro’  do ponto de vista do julgamento e do ponto de vista da misericórdia?”

Julgamento significa agir pelo bem do meu ego, e misericórdia significa agir pelo bem do ego da minha esposa. Minha tarefa agora é esclarecer o que significa a “linha média”, onde eu constantemente tento manter um equilíbrio entre julgamento e misericórdia. Ou seja, eu tento doar à minha esposa tanto quanto possível, mas faço isso para obter um bom exemplo dela, para receber uma boa reação, ou seja, um bom relacionamento dela.
Se eu estou preocupado apenas comigo isso é chamado de “linha esquerda”. Se eu levar em conta o ego da minha esposa e estiver pronto para cumprir tudo o que ela me pede, isso é chamado de “linha direita”. Em outras palavras, a linha esquerda é o julgamento e a linha direita é a misericórdia.
A linha esquerda ou julgamento são todas as exigências que eu apresento à minha parceira e quero que ela as satisfaça. A linha direita ou misericórdia são todas as exigências da minha esposa sobre mim. Portanto, é claro que o julgamento e a misericórdia, a linha direita e a linha esquerda, se contradizem.
E quando eles vão parar de lutar entre si e conseguir receber satisfação plena? Isto é possível se a pessoa se torna serva do outro. Ou seja, com uma decisão unilateral onde eu recebo a minha esposa para ser minha serva e a conquisto, de modo que ela vai me obedecer ou ela faz isso por mim.
Mas há uma oportunidade para nós dois nos satisfazermos de uma forma aperfeiçoada, muitas vezes superior do que através da servidão do parceiro. Para isso, é necessário que cada um inclua o ego do outro. Faz sentido que nós precisemos trabalhar apenas na conexão entre nós. Quanto mais eu posso satisfazer o ego da minha esposa e ela ao meu, mais nos satisfazemos.
Como não perder o equilíbrio? Para fazer isso, nos precisamos nos manter num sentimento compartilhado de conexão entre nós, num determinado ponto de equilíbrio, como se nos situássemos na ponta de uma agulha. Nós precisamos de um ponto de conexão como este, uma gota de unidade, que exige reciprocidade para não exceder e perder o equilíbrio.
Aqui nós precisamos de um sentimento compartilhado chamado “acoplamento”, onde ambos estão unidos com um único desejo de doação mútua em prol de uma conexão recíproca. Nós agarramos o ego um do outro como um meio onde, através de sua satisfação, construímos a conexão entre nós. Assim, o ponto compartilhado que nos conecta é chamado de “tela”.
Nós dois estamos conectados com o desejo mútuo de satisfazer um ao outro e tentamos não perder o equilíbrio, ao nos sentir todo o tempo como um todo. Este sentimento é renovado e fortalecido em nós o tempo todo: novos pensamentos e sentimentos estão sempre aparecendo em nós, movendo-nos para frente. Nós nunca ficamos no mesmo lugar.
De KabTV “Uma Nova Vida # 46″ 01/08/12

terça-feira, 2 de julho de 2013

Prazer Por Meio Da Rejeição Do Ego



Dr. Michael LaitmanPergunta: Entre os meus conhecidos que passaram pela guerra no Afeganistão, lembranças muito claras da guerra permanecem. Lá, houve morte, sangue e lama, e de repente eles têm memórias destas coisas. Uma classe, um pelotão ou uma empresa, representam uma espécie de grupo Cabalístico onde eles passam “bolas vermelhas” entre os amigos?

Resposta: Entre as pessoas, há aquelas que estão conectadas a esses tipos de relacionamentos. É quando elas percebem que não têm nada para pensar, exceto na salvação mútua em comum, quando cada uma vê que não pode salvar a si mesma, mas é completamente dependente das outras. Então, sentindo umas às outras, elas se tornam de algum modo um grupo Cabalístico.

Não importa que elas não saibam e não entendam o método espiritual. Algum tipo de transformação acontece aqui, um desprendimento do ego que não tem mais um lugar, e você entende que é você ou outra pessoa, não faz diferença se você é melhor do que outra pessoa. Aqueles que experimentam momentos extremos como estes reconhecem o sentimento do auto-sacrifício que aparece devido à interdependência.

Eles experimentaram o prazer através da rejeição do ego e, portanto, lembram-se deste tipo de calor proveniente dele. Esse tipo de liberdade, esse tipo de descanso, é impossível sentir na vida cotidiana; nós voltamos a ela e ela se prende em nós de novo.



quinta-feira, 13 de junho de 2013

O Grupo De Dez É A Chave Para Sentir O Mundo Superior



Dr. Michael Laitman
PerguntaPode uma pessoa que participa no trabalho de um grupo físico de dez estar num grupo virtual de dez ao mesmo tempo?

Resposta: Claro que sim, se ela tiver tempo, porque, a princípio, não importa em que tipo de grupo de dez você está. Quando eu me sento com os meus alunos, eu não vejo os rostos e não me lembro dos nomes; eu apenas sinto a energia das pessoas, e isso é a coisa mais importante para mim.
Se eu estivesse em qualquer grupo de dez, essas pessoas não me importariam, tanto sua aparência como seus nomes, pois o importante é apenas o seu potencial espiritual interior: isto é o que sinto.
É por isso que os grupos de dez dissolverão gradualmente na medida em que uma pessoa dentro dele não mais verá a imagem de todos. Por exemplo, é semelhante à vida de casado: tendo vivido com sua esposa por muitos anos, você para de perceber a sua imagem física, e percebe-a principalmente internamente.
Isso é o que deve acontecer com a gente. Assim, os grupos de dez perderão sua relevância física. Vocês serão capazes de se conectar, misturar, unir em grupos de vinte, de centenas, não importa. Unir-se em grupos de dez é necessário no atual estágio para nos ajudar a sair um pouco de nós mesmsos, para começarmos a entender como nos adaptar aos outros.
É por isso que dizemos a uma pessoa: “Este é o seu campo de trabalho, e você tem que se acostumar com isso, não fuja!”. Quando ela entender que o grupo de dez é a chave para sair de si mesma, para sentir o mundo superior, então ela não terá problemas, ela vai querer se unir, interagir com todos os outros amigos.
Para começar a sentir a saída de si mesmo, a pessoa tem que trabalhar em seu grupo bem organizado de dez, do qual ela não pode fugir. Se ele é bom ou ruim, confortável ou não, ela sabe que é seu e isso é tudo. É por isso que eu tenho claramente definido o grupo de dez como algo sagrado!
Isso não será assim depois. Mas esse “depois” só virá depois que o grupo de dez se tornar tudo para todos, e ela vai entender o quanto ele é querido para ela, porque este é o meio de sair de si mesma e entrar no mundo superior. Em seguida, a pessoa será capaz de expandir o seu círculo.
Da Lição Virtual 02/06/13

terça-feira, 11 de junho de 2013



Rabi Yehuda Ashlag nos dá o seguinte exemplo: o trabalho do homem neste mundo é como escrever no quadro negro de uma escola, onde qualquer erro pode ser apagado sem prejudicar quem escreveu, onde ele pode fazer correções e voltar a escrever, até que aprenda a fazê-lo corretamente. Somente quando ele aprende a escrever corretamente, é permitida sua entrada no reino espiritual.
Portanto, o nosso mundo é o mais insignificante de todos.
Todos devem começar aqui e todos estão fadados a voltar para cá, nascendo repetidas vezes, até atravessarem a fronteira entre o nosso mundo e o mundo espiritual. (Muitas outras condições são necessárias para que a alma não desça mais para este mundo, e os que o merecerem, entenderão.

OZohar 
Rav Michael Laitman, PhD
Pagina 164;165

Você Não Compra A Espiritualidade, Nem A Aceita À Força

Dr. Michael LaitmanRabash, “De acordo com O Que é Explicado A Respeito do ‘Ama a teu Próximo como a Ti Mesmo’”: Se cada um é anulado perante o seu amigo e se confunde com ele, ambos se tornam uma única massa, onde todas as partes pequenas que querem o amor ao próximo se unem numa força coletiva que consiste de várias partes. E quando a pessoa tem uma grande força, ela pode executar o amor ao próximo.

Então ela pode conseguir o amor de Deus. Mas, a condição é que cada um irá se anular diante do outro. No entanto, quando ela está separada de seu amigo, ela não pode receber a parcela que deveria receber do seu amigo.

Assim, cada um deve dizer que não é nada comparado ao seu amigo. É como escrever números: Se você escrever primeiro “1″ e depois “0″, é dez vezes mais. E quando você escreve “00″ é cem vezes mais. Em outras palavras, se seu amigo é o número um, e o zero o segue, considera-se que a pessoa recebe do seu amigo 10 vezes mais. E se ela diz que é duplo zero em comparação ao seu amigo, ela recebe do seu amigo 100 (cem) vezes mais.

No entanto, se for o contrário, e ela diz que seu amigo é zero e ela é um, então ela é dez vezes menos do que o seu amigo: 0,1. E se ela pode dizer que ele é um, e ela tem dois amigos que são dois zeros em relação a ela, então ela é considerado cem vezes menos do que eles, o que significa que é 0,01. Assim, o seu grau diminui de acordo com o número de zeros que ela tem dos seus amigos.

Se eu quero receber algo de alguém em nosso mundo, eu tenho que pagar de volta por isso ou tomá-lo à força, como o grande toma do pequeno. Neste caso, quanto maior eu sou, mais eu posso extorquir o outro e receber mais dele. É assim como as coisas ocorrem no mundo corpóreo, quando falamos sobre a recepção no desejo de receber.

Mas se é sobre receber poderes espirituais, isso funciona de acordo com uma lei oposta. Quanto mais importante eu considero o meu amigo e maior eu o vejo, mais eu posso receber dele.

Eu não consigo receber nada de alguém que seja igual a mim, já que ele está no mesmo nível que eu. Mas se ele é até mesmo um pouco maior do que eu, eu já posso receber alguma coisa dele, e quanto mais eu o elevo, mais posso receber.

Não tem nada a ver com o amigo em si, mas apenas com a forma como eu o trato com respeito a mim. É como os alunos do Rabi Yossi Ben Kisma, que não tinham ideia de como o professor trabalhava com eles. Ele se via como relativamente menor do que os seus alunos e por isso recebia poderes espirituais através deles.

You Don’t Buy Spirituality Nor Take It By Force
Tudo depende de quão grande o seu amigo é aos seus olhos. Quanto maior ele é, mais eu posso receber a força de doação dele. Mas se é sobre receber poderes egoístas, então se trata de um princípio diferente, de acordo com o qual, quanto maior eu sou, mais eu posso extorquir o outro para satisfazer o meu ego.

Assim, o poder espiritual que você receberá do meio ambiente depende só de você: se é 1.000 ou 0.001. Nós temos que estar num grupo de dez que esteja trabalhando em conexão e onde cada um esteja, de alguma forma, conectado ao desejo de doar, como os alunos do Rabino Yossi Ben Kisma. Mas isso é suficiente, já que tudo depende de você e o quanto você domina a si mesmo!

Você nunca terá o poder para avançar se você não receber poderes do ambiente. Portanto, a regra de dominar a si mesmo diante dos amigos, mesmo por ações físicas, é o meio mais eficiente para avançar. Não devemos pensar que os Cabalistas nos falam sobre isso só para estabelecer boas relações da mesma maneira que ensinamos as crianças no nosso mundo a se comportar moralmente, uma vez que esta abordagem é oposta à sabedoria da Cabalá.

Nós fazemos isso apenas para receber a força de doação da Luz, do Criador, através dos outros. Já que eu me domino, a Luz pode fluir em mim através do amigo. Se eu tratar os outros como se eles fossem realmente maiores do que eu, eu vou receber o poder de doação através deles. É o suficiente para tratá-los com a intenção a fim de doar e nas relações entre nós eu vou começar a sentir o Criador e serei capaz de satisfazê-Lo. Através da doação aos amigos, eu vou ser capaz de sentir como posso alcançar a doação ao Criador. Ela será revelada a mim através da imagem do grupo que eu vou ver na Luz da minha doação. Assim, a regra do “ama teu amigo como a ti mesmo” é o principal objetivo do nosso trabalho, que é um sentimento constante de humildade para com os amigos, e, consequentemente, nós construímos os poderes de doação.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/05/13, Escritos do Rabash