quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Alcançando os Mundos Superiores


Portanto, antes de realizar qualquer esforço, devemos perceber que não podemos esperar que forças superiores, sorte ou qualquer outro tratamento especial do Alto intervenham em nosso favor. Pelo contrário, devemos começar reconhecendo completamente que, se não agirmos, não conseguiremos o que desejamos.

Porém, uma vez tendo completado a tarefa, ou nos dedicado ao estudo, ou realizado qualquer outro esforço, devemos chegar à conclusão que se segue.

Tudo o que alcançamos como resultado de nossos esforços teria acontecido de qualquer maneira, mesmo não tendo feito nada, pois o resultado foi predeterminado pelo Criador.

Desse modo, se desejarmos compreender a verdadeira Providência, em todos os aspectos de nossa vida, de antemão deveremos procurar assimilar essas contradições dentro de nós mesmos.

Por exemplo, pela manhã devemos começar nossa rotina diária de estudo e trabalho, deixando para trás todos os pensamentos do Domínio Divino do Criador sobre o mundo e sobre seus habitantes. Cada um de nós deve trabalhar como se o resultado final dependesse somente de nós.

Mas, no fim, sob nenhuma circunstância devemos nos permitir imaginar que o que alcançamos é o resultado de nossos próprios esforços. Temos que perceber que, mesmo se permanecêssemos na cama o dia todo, de qualquer maneira chegaríamos ao mesmo resultado, porque isso foi predeterminado pelo Criador.

Portanto, quem desejar levar uma vida baseada na verdade deve, por um lado, obedecer às leis da sociedade e da natureza como qualquer outra pessoa; mas, por outro, também deve acreditar no domínio absoluto do Criador sobre o mundo.

Todos os nossos atos podem ser divididos em bons, neutros ou maus. Nossa tarefa consiste em elevar os atos neutros ao nível de bons.

Podemos conseguir isso ao nos conscientizarmos de que, mesmo quando nos desenvolvemos, no fim, prevalecerá a Vontade do Criador. Por exemplo, quando estamos doentes, embora saibamos que a cura está totalmente nas mão do Criador, devemos tomar o remédio prescrito por um médico autorizado e acreditar que a habilidade do doutor nos ajudará a superar nossa condição.

Mas, quando nos recuperarmos, depois de ter tomado o remédio estritamente de acordo com as ordens do médico, devemos acreditar que teríamos nos recuperado de qualquer maneira, porque esse era o Plano do Criador.

Portanto, em vez de agradecer ao médico, devemos agradecer ao Criador. Desse modo, convertemos um ato neutro em um ato espiritual e, ao repetir esse procedimento com relação a todos os atos neutros, podemos gradualmente "espiritualizar" todos os nossos pensamentos.

Os exemplos e explicações dados são importantes, porque, na realidade, tudo o que foi dito poderia se tornar sério obstáculo, impedindo nossa elevação espiritual.

O problema, às vezes, cresce porque pensamos que entendemos os princípios do Domínio Divino. Concentramos nossas energias, artificialmente, no fortalecimento de nossa crença na onipresença do Criador, em vez de trabalhar de maneira árdua em nós mesmos.

Com freqüência, a fim de demonstrar fé no Criador, ou simplesmente por preguiça, assumimos que não precisamos trabalhar em nós mesmos, já que tudo está em poder do Criador; ou ainda, fechamos nossos olhos e simplesmente confiamos na fé cega, ao mesmo tempo em que evitamos perguntas fundamentais sobre a verdadeira fé.

Porém, ao evitar responder a essas perguntas, privamo-nos da possibilidade de progredir espiritualmente. Diz-se de nosso mundo: "Ganharás o pão com o suor de teu rosto". Ainda assim, quando ganhamos alguma coisa, nos é difícil admitir que o resultado não dependeu de nosso árduo trabalho ou de nossas habilidades, mas que foi fruto do trabalho do Criador.

Devemos nos esforçar com o suor de nosso rosto para fortalecer nossa fé no domínio absoluto do Criador.

Mas, a fim de crescer e experimentar novas sensações espirituais, devemos fazer um esforço para entender e aceitar a natureza contraditória do Domínio Divino (que parece contraditório apenas devido a nossa cegueira). Somente então saberemos com exatidão o que se espera de nós. "

Fragmento do livro Alcançando os Mundos Superiores[i]

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A INTENÇÃO DURANTE O ESTUDO REDUZ O PERÍODO DE CORREÇÃO

Se uma pessoa reconhece um defeito em si mesma, mas ainda não consegue começar a odiar esse atributo, isso significa que ela não está completamente cônscia do mal nela, e portanto essa sensação não é chamada ainda de reconhecimento do mal. Mas isto já é um começo: ela se concentra em sobrepujar aquele defeito e vê que uma força superior a ajuda com isso.
Por exemplo: uma pessoa recebe um sinal de cima de que uma pessoa está menosprezando outra. Com isso, a força superior está tentando mostrar o atributo mau que está nela. Na mesma medida que a pessoa sente o mal, ela pode ficar longe dele. Se uma pessoa faz esforços espirituais, identifica os atributos negativos nela mesma, ela reduz o período de correção e diminui a dor. Se, no entanto, insiste, ela recebe mais pancadas, até que sucumbe e exclama: “Chega!”
Se o ladrão é pego durante o roubo começa a amaldiçoar sua vida. Mas no próximo instante se acalma, quando vê que era um falso alarme. No instante em que o medo vai embora, ele está pronto e disposto a roubar novamente.
Como é possível ser liberto desse atributo? Se o prazer é maior que a dor, estou disposto a aceitar o fato que o prazer é incompleto, impróprio? O que deve ser feito se uma pessoa quer corrigir suas características más, mas não encontra força suficiente em si para encarar isto sozinha?
Uma oração – uma súplica por correção – é respondida pelo Criador apenas se vem do fundo do coração, porque Ele responde apenas a orações sinceras, completas e eternas. Uma súplica pela correção dos atributos maus é quando o homem finalmente admite que não pode fazer isso por sua própria conta.
Nossos mestres contam-nos que existe apenas um meio para a correção – a intenção de ser corrigido (expressada na oração) durante o estudo de textos genuínos de Cabalá. Durante o estudo, a pessoa não deve esquecer o propósito de seu estudo e pedir forças espirituais continuamente para controla-lo, para pensar sobre ele. Isso irá funcionar.
Pelo fato de grandes Cabalistas terem nos dado os livros que escreveram quando estavam em um alto nível espiritual e eram capazes de ver a luz superior, quando estudamos a sabedoria da Cabalá com esses livros, expandimos essa luz sobre nós, desde que queiramos correção.
Em outras palavras, se penso sobre o problema do qual estou tentando me livrar durante o estudo, é como se eu expandisse a luz superior sobre mim mesmo, uma que cura e corrige, que me traz de volta ao Criador.
Você deve constantemente pensar sobre o que você precisa corrigir em si mesmo, durante a aula, ou quando você estuda por sua conta, ou ouve fitas. Você também pode pensar sobre saúde e outros problemas como esse, mas você deve antes de tudo se concentrar em suplicar por correção espiritual, porque ela dá ao homem muito mais do que qualquer outra súplica ou pedido.
Você não pode pedir: “corrija este ou aquele atributo”, mas você pode pensar sobre ele, enquanto estuda ou ouve uma fita. Não é necessário sentir. Se você estuda a Torah, você já se sente bem. É suficiente apenas lembrar e pensar sobre aquele problema enquanto estuda.
Se, por exemplo, eu ouço uma fita, não importa o quanto eu entendo do conteúdo sendo discutido. É suficiente que pense sobre como corrigir meus atributos. Se ouço uma fita e perco a concentração, mas o tempo todo penso na luz do Criador, sobre meu desejo de ser corrigido, de se aproximar do Criador, esse é o uso mais eficiente das fontes de Cabalá. É, de fato, a única força que pode ajudar uma pessoa a mudar.
Eu sugiro que faça tudo simultaneamente: ouvir a fita, sentir a sabedoria, a sensação do Criador, como Ele se relaciona com você (por um lado), enquanto que por outro lado você continua a pensar sobre desejar ser corrigido. Neste caso a luz que desce sobre você durante o estudo chega no problema que você quer consertar. É exatamente durante o estudo e durante o trabalho na disseminação da sabedoria da Cabalá que você deve orar e pedir por correção. Isso também se aplica a orações por outras pessoas.
Uma pessoa que apenas ouve a fita e tenta processar o material, expande a luz, mas não faz nada com ela. A luz vem de cima para baixo, mas não estabelece contato com o egoísmo. Ao invés disso, passa por nós e vai embora. A luz precisa adentrar o egoísmo que você põe no caminho dela, de outra maneira você não corrige seus atributos, mas apenas recebe conhecimento. Mesmo se minha oração é artificial, eu ainda sou corrigido. Com isso eu apresso o processo do reconhecimento do mal, e em seguida vem a correção.

O LIVRO ABERTO

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O grito que sacudirá todo o universo

Do blog pessoal de Rav Laitman

O grito que sacudirá todo o universo

Publicado: 1.05.08, 20:59

Pergunta: Hoje em dia as pessoas estão muito deprimidas por causa do estado em que se encontra o mundo. Que futuro, felicidade e paz a Cabala pode trazer, especialmente para os jovens?



Resposta: Nestes tempos os jovens passam por uma depressão de tal magnitude, que nunca se viu igual no passado. A vida já não tem propósito, os desejos se desgastaram (desde muito jovens já experimentaram o avanço do dinheiro até a reputação, poder e conhecimento), e só lhes sobram o sexo e as drogas. Gradualmente o sexo também vai passar, e assim também as drogas.

Vai ficar vazio assim! Mas então, quando a vida for pior que a morte, e também não se possa morrer, vai se escutar um alarido de desespero em todo o universo.

E nesse momento vai se abrir a oportunidade de alcançar a felicidade, a eternidade e a plenitude que se encontram nas atividades de amor e doação.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O que é a “patente” Cabalística?

O que é a “patente” Cabalística?

Enquanto os Cabalistas escrevem seus livros de Cabalá em nosso mundo físico, eles também sentem os mundos espirituais. Quando lemos seus escritos, apesar de não sentirmos o que eles sentiram quando escreveram, despertamos sobre nós uma iluminação do nível espiritual em que o Cabalista estava quando escreveu o livro. Essa luz superior nos purifica e nos ajuda a sentir o mundo superior como o Cabalista sentiu.

Esse atributo especial é chamado de “remédio”, ou “virtude”, e se refere ao estudo do Zohar em particular, e aos livros de Cabalá em geral. Não há nada escondido nesses livros, mas a leitura dos escritos dos Cabalistas conecta a pessoa com o que está acima e a puxa para cima. É por essa razão que estudamos os livros que são feitos para pessoas como nós, que ainda não sentem nada além de nosso mundo, mas querem vir a sentir toda a realidade, toda a criação.

Mas nem todos livros de Cabalá trazem a mesma iluminação. Os principais livros que trazem a luz são o Zohar, os escritos do ARI, e os escritos do Baal HaSulam.

A parte revelada da Cabalá, da qual depende o futuro do mundo, pode ser estudada por qualquer um, incluindo pessoas inexperientes, sem qualquer medo.


O livro Aberto

Rav Michael Laitman, PhD

www.kabbalah.info


terça-feira, 29 de abril de 2008



Como sair das quedas

Mensagem enviada pelo Rav aos estudantes (grupo internacional):


O estado de 'queda' e como sair dele

Em todos os seus artigos o Rabash escreve que a coisa mais importante é criar um estado, em que a grandeza do Criador seja a coisa mais importante do mundo para nós. No momento em que algo exterior entra em nossos pensamentos e desejos, nós precisamos imediatamente controlar todos os pensamentos e desejos (que nos são enviados) do nosso próprio modo, voltando-nos para a imaginação da grandeza do Criador, Sua singularidade, a conexão com Ele, e Suas ações.
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Em qualquer situação na vida, imediatamente nós precisamos dizer: ‘Veja o que o Criador está fazendo comigo’, de modo a restaurar a conexão com o Um, com Aquele que está fazendo isto.
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O que nos acontece é similar a um aprendizado e treinamento. Às vezes parece à pessoa que isto é assim: que é o fim do mundo, que não há saída, que o mundo ao redor é tão triste. Mas depois, aprendendo e praticando, nós vemos que não é assim, que são apenas exercícios, dados a nós pelo Alto, e que esses exercícios são muito específicos e totalmente justos. Nós só conseguimos compreender isto após algum tempo, e só então nós conseguimos avaliar o quanto era necessário esse treinamento, no nível que precede a correção.

Assim, tanto quanto possível, nós precisamos manter nosso caminho, apegando-nos constantemente ao Propósito para nosso avanço, mantendo nossa cabeça erguida. Se alguém recebe condições tais, em que ele vê que está indo para o fogo e não há nada que possa fazer quanto a isto, então isto é dado para que a pessoa compreenda que ela não é o mestre em coisa alguma.

Tais condições não podem ser evitadas, nem há como escapar delas, mas podem ser abreviadas, de modo que passem rápido e menos dolorosamente. Por isso nós devemos nos voltar para o grupo, para os amigos, para o trabalho comum, para estudar mais, ler e fazer tudo o que seja possível.
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Se alguém deixa de sentir o Criador, isso não significa que esteja no estado de declínio. A pessoa precisa voltar-se ao livro, ao trabalho, ao grupo, e após algum tempo ela verá a melhora. Mas cada estado deve ser percebido como uma ascensão ao próximo nível.
Se estiver na época da alma se corrigir, isto não pode ser evitado. Cada tentativa de escapar prolongará o sofrimento.
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No declínio, a pessoa se identifica com o desejo de receber. Ela não sente o que faz, ela está imersa nesse desejo de receber, e este, está no completo controle. O poder do desejo de receber é simplesmente quando a pessoa e seu egoísmo, o desejo de receber, tornam-se uma única coisa. (Então) ela não pode nem mesmo sentir que isto é o desejo de receber; não compreende que isto é mau.
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Um segundo de mal-estar, numa má condição, significa culpar o Criador pelo que Ele faz comigo e ao mundo à minha volta. Isso empurra a pessoa para longe do Criador, impede que ela entre no Mundo Superior. Vocês precisam fazer qualquer coisa para mudar sua atitude quanto a isto.
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Está absolutamente errado esperar até cair completamente, de modo que mais tarde, possamos começar a subir. Esse é o caminho do sofrimento: esperar e sofrer! O caminho da Kabbalah é imediatamente, assim que você sentir que não está na conexão mais próxima possível com o Criador, definir essa condição como declínio e fazer todos os esforços para ascender.
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É necessário agarrar imediatamente a possibilidade de ascensão; não é necessário permanecer em declínio por mais do que um segundo. No momento em que eu começo a experimentar a separação, mesmo uma porção minúscula, eu devo me reconectar imediatamente, e essa conexão será mais forte do que antes. As quedas não devem durar mais do que um segundo. Como dizia o Rabbi Zusha: ele tinha quatrocentas ascensões e quedas em dez minutos.
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Vamos presumir que uma pessoa esteja num mau estado. Depois de chegar em casa, e sentir-se triste, vazio, aborrecido, aí é que começam todas as tarefas. O que fazer? Comece a sorrir, e a ação seguirá a mudança no pensamento e na intenção – você vai ver.

Comece a sorrir contra a sua vontade. Comece a dançar. Meu Professor costumava dançar. Ele costumava entrar nesses estados... Eu testemunhei isto; eu não podia acreditar que um Kabbalista fosse pensar em algo semelhante: há ocasiões em que ele não conseguia se levantar, mover um dedo. Ele se trancava numa sala e começava a dançar. Ele sabia dançar? Ele pulava no mesmo lugar – isso é uma dança? E assim ele saía desses estados. Por isso eu digo: sorriam. Comecem sorrindo, e seus pensamentos mudarão. Nós fazíamos esses exercícios com ele.

O que mais nos ajudava? Feche seus olhos. Você está se sentindo mal neste mundo; você não quer olhar para isso? Feche seus olhos. Mantenha seus olhos fechados por mais ou menos cinco, ou dez minutos. Quando você abrir os olhos, você verá que não há nada mal, afinal de contas. Por que? Um novo desejo apareceu, você compreendeu que você precisa de algo, que algo está faltando. Você mudou o desejo, você fez seu corpo pensar sobre mudar de desejo.

Você começou a ver, e você não via, antes. E você recebeu uma imagem completamente diferente. Quando a pessoa está sozinha, é possível forçar a si mesma a sair de condições que tais, por meios puramente psicológicos. Praticar esportes, nadar, qualquer coisa que você possa imaginar. Não permaneça num mau estado, nem mesmo por um minuto. Mas o meio mais eficaz é, definitivamente, o ambiente. Mude o ambiente.
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Não esqueçam nem por um momento que a queda é necessária para a futura ascensão, e o desejo de receber aumenta para que possamos ir além dele. Vocês não podem ascender (elevar-se) a menos que primeiro caiam no nível mais baixo. E quando nós caímos nesse nível, nós percebemos que isso é um estado de espírito (a mood drop...), e que (esse nível) está totalmente sob o poder do desejo de receber.

É necessário sairmos desse estado de espírito decadente, abandonar os pensamentos que nos confundem e nos empurram para a separação – dizer a nós mesmos que nós não estamos sozinhos, e conectarmo-nos com o grupo, com os pensamentos do grupo; doarmo-nos ao grupo novamente, dedicarmo-nos ao grupo. Ou desligar nossa mente e começar a fazer algum trabalho pelo grupo: publicação de livros, disseminação, qualquer coisa, não importa o quê exatamente, há muito trabalho a ser feito. Faça isso sem pensar, como se você não sentisse nada, como se você tivesse tomado uma pílula que eliminasse a dor, que desligasse a sua mente. E fazendo assim, é possível sair desse estado rapidamente.

Não resmunguem para si mesmos, não se aprofundem nisto, e não permitam pensamentos críticos sobre esse assunto, nem analisem essas condições, que não têm nada a ver com o espiritual.
Autumn Congress 2003, Lesson of October 17
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Em qualquer momento em que a pessoa sinta o mal, ele ou ela não avança, mas ao contrário, sobrecarrega-se, empurra-se para baixo. Desse modo, a pessoa desperdiça tempo e prolonga seu caminho. Nada de bom resulta disso. Se em vez de uma auto-análise sobre quem você é, o quanto você é mau etc., você puder tomar um drink com os amigos, fazer um lanche, e falar sobre o Propósito pelo menos um pouco (sobre quem você é, para o quê você existe), isso é muito mais eficaz que todos os seus sofrimentos, para não dizer mais agradável. Não esqueça isso.
(Spring Congress 2004, Lesson on April 8, "The Giving of Torah")
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Quando uma pessoa cai, ela pára de sentir o Criador, Seu governo. A pessoa mergulha em sensações do que acontece com ela e com seu desejo de receber, em seu Kli de recepção. Então ela somente pode ser curada do mesmo modo que uma pessoa doente, quando outros tomam conta dela. Assim, se uma pessoa não está conectada ao Criador, somente as pessoas à sua volta podem tirá-la de sua condição de ‘morta’. As pessoas em volta podem dar à ‘pessoa doente’ meios que a ajudem a tornar-se ‘saudável’, e recuperar a conexão com o Criador.
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O Rabash sempre disse que a diferença entre uma pessoa e um grupo é imensa. Para sair da queda ela deve trancar-se na sala, dançar e cantar ali. E é isso que o grande Kabbalista costumava fazer – mesmo que as quedas pudessem ser muito profundas. Foi assim que o Rabbi Shimon caiu no estado chamado ‘Shimon do mercado’.

O grupo tem uma grande vantagem – ele nunca fica caído. É como participar de um círculo. Todos estão pulando para cima e para baixo – um está pulando para cima, o outro está descendo, e então vice-versa. Juntos, eles mantêm o nível comum que pode crescer constantemente. Quedas acontecem, mas são imediatamente compensadas pelas ascensões. Você está incluído em mim, eu estou incluído em você, e todos nós estamos no estado em que é vantajoso que cada um possa receber uma queda por um segundo e imediatamente obter ajuda dos outros.
Spring Congress 2003, Lesson on October 17.
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Nós já dissemos que ‘um prisioneiro não se liberta da prisão sozinho’. Para que mais eu precisaria de um grupo, senão para me ajudar num momento difícil? A verdade é: eu não sou um herói. O grupo entra em cena em momentos assim – quando estamos caídos no chão. Então meus amigos precisam se aproximar de mim, me empurrar para fora, forçar-me, fazer-me voltar ao estudo, ou me trazer fisicamente para as aulas – em geral, fazer tudo que seja possível para me sacudir, me pressionar, até que esse período em mim tenha acabado. Eles não devem me excluir; eles precisam esperar até que isso passe. É muito simples. Em regra, o que puxa a pessoa de volta é um estudo intensivo, nem mesmo de artigos ou cartas, mas TES.
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Quando uma pessoa está em ascensão, ela se empenha na circulação, mas quando ela está em queda, ela não é capaz disso. Mas o que faz a pessoa em seu trabalho normal, nas épocas de ascensões ou quedas? Ela continua a trabalhar? O mesmo se aplica aqui: a pessoa deve continuar seu trabalho. Ninguém lhe diz para pôr seu coração, sua alma nisso, para trabalhar além de seu próprio desejo. Ela precisa trabalhar usando suas mãos e pernas. Sua cabeça. Mecanicamente. Uma organização bem estruturada tem a vantagem de rapidamente tirar a pessoa de uma queda, e isso é porque a pessoa tem que realizar algum trabalho ali.
A essência de uma organização bem estruturada é que cada pessoa, segundo suas habilidades, tempo, energia etc. esteja no lugar (cargo) em que ela possa promover circulação com mais eficácia. Fazendo assim, ela está se desenvolvendo do modo mais eficaz.
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É o Criador que dá à pessoa as quedas e ascensões. Ele também precisa ajudar a pessoa a (lidar) com isso. Não importa em que espécie de estado meus amigos estejam. Isso não me impede de estar alerta. Como se eu estivesse no pelotão de ataque, eu preciso me preocupar somente com uma coisa: como salvar a todos. Outros cálculos se apresentam aqui – mas este, vem primeiro. Se eu começar a conferir os estados e propriedades dos outros, eu abandono aquilo de que fui incumbido.
Morning lesson, October 25, 2004.
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Como ajudar um amigo em declínio? 1. Pense nele e peça (ao Criador) por sua recuperação. 2. Escreva a ele sobre suas tentativas de cuidar dele. 3. Peça que ele responda às suas questões sobre estudo ou outros problemas; procure interessá-lo em alguma coisa, mostra a ele que você precisa da sua ajuda. 4. Dirija-se a ele; descreva para ele a grandeza do atributo de doação e a inferioridade de nosso estado atual; diga a ele que não há ninguém mais feliz na Terra do que uma pessoa que se liberta do pensamento sobre si mesma. 5. Descreva para ele o quanto você aprecia sua contribuição para o grupo. 6. Certifique-se de que cada pessoa sempre tenha uma responsabilidade no grupo (escrever, traduzir, ou outros tipos e trabalho; preferivelmente deve ser uma tarefa de responsabilidade, da qual os outros membros do grupo dependam). 7. Pense menos em si mesmo. Boa sorte.
Autumn Congress, October 1, 2004 "Particular Governance of the Creator"
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Não devemos aceitar a indiferença e o pesar, que nós recebemos com o propósito de que possamos compreender ainda melhor a importância do Propósito de dEle, na direção de Quem nós estamos indo. Isso é feito deliberadamente pelo Alto. Mais além, isso acontece de acordo com a lei que funciona entre aqueles que se amam: um deles quer ver se o outro o ama, e então age como se distanciasse, de modo a permitir ao outro que se aproxime, que expresse o seu amor. Sem obstáculos, sem a distância, a direção do estado de paixão não pode se desenvolver e crescer.
Nós recebemos o fardo e a indiferença como uma oportunidade de aumentar nossa paixão pelo espiritual. Se nós os aceitarmos, isso significa que nós não usamos a oportunidade que nos foi dada. De que outro modo nós poderíamos avançar? Assim, ‘tudo o que estiver em suas mãos e em seu poder de fazer, faça!’ – apenas não aceite esses estados.
Morning Lesson, October 25, 2004.
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Se alguém não sentir sua responsabilidade com relação a todos os demais, ela não terá a força para vencer todas as circunstâncias e obstáculos que se agravam. Somente se a pessoa compreende que, por não vencer (essas circunstâncias), ela faz com que todos os outros caiam; somente se ela não quiser isto, porque ela já experimenta um pouco do despertar; (somente se ela sentir) a responsabilidade por cooperar na garantia mútua com todos os demais – (somente por causa) desse sentimento ela receberá ajuda do Alto, que a cada ocasião, vai alterar seu estado. A pessoa receberá um despertar, uma mudança do Alto, somente se ela pensar sobre sua responsabilidade com relação ao grupo. Disso, ela extrairá forças.
Morning Lesson, October 25, 2004.
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Onde quer que eu esteja, para onde quer que eu fuja como uma criança, guiada por toda espécie de desejos que despertam em mim a toda hora, o grupo pode me controlar e me dirigir constantemente. Nenhuma outra força pode sustentar uma pessoa. O grupo é como Ima Ilaya (a Mãe Superior), que eu construo. Estou construindo o Superior – este é o propósito. O propósito é atingir o Criador – construir a unidade das almas, o Kli para alcançar o propósito, e o Kli que recebe o propósito.

O Sentido de Minha Vida

Através dos tempos, o homem tem procurado respostas para as perguntas fundamentais da vida: Quem sou eu? Qual é o propósito de minha permanência aqui? Por que o mundo foi criado? Há vida após a morte?

Cada um de nós se esforça ao máximo para encontrar as respostas, à sua própria maneira e através das fontes de informação à disposição. Cada um de nós cria sua perspectiva única da vida, dependendo do que descobre e da confiança que deposita em sua fonte de informação.

A pergunta sobre o sentido de nossas vidas dá uma dimensão global aos nossos tormentos cotidianos. E de fato, por que estamos destinados a sofrer assim? Essa pergunta nos irrita de maneira implacável, privando-nos de satisfação mesmo quando obtemos sucesso na satisfação de algum de nossos desejos mundanos.

Uma pessoa que vem a atingir o objetivo pelo qual aspira, rapidamente retorna à sensação de vazio e insatisfação. Em retrospecto, os esforços que ela investiu na obtenção do seu objetivo e a dor que ela experimentou no decorrer do caminho não proporcionam um senso de satisfação duradouro com tal realização.

Pelo fato de até hoje resposta alguma ter sido dada a estas perguntas, as pessoas continuam a procurar em diversas direções, inclusive em todos tipos de religiões e crenças. Meditações e exercícios de desenvolvimento físico e intelectual nos dão um alívio passageiro, mas não nos permitem encontrar a resposta à pergunta sobre a essência da vida e do sofrimento humano, e sobre qual é o nosso propósito neste mundo. Todos aqueles métodos nos acalmam, às custas da anulação de nossas necessidades e desejos.

Porém mais cedo ou mais tarde todos descobrem que não podem mais rejeitar a realidade. A humanidade procura continuamente por uma justificativa lógica para a nossa existência. O homem tem tentado investigar e interpretar a natureza por milhares de anos.

Os cientistas contemporâneos aprenderam que quanto mais progridem em sua pesquisa científica, mais obscura e difícil de compreender se torna a imagem do mundo que descobrem. Os livros científicos contemporâneos parecem-se cada vez mais com ficção científica, contudo ainda fracassam em prover-nos com uma resposta clara sobre a essência do sentido da vida.

A sabedoria da Cabalá oferece um método claro e comprovado para entendermos o sentido de nossas vidas e nosso objetivo no universo. Esse método enfoca o desenvolvimento da habilidade humana de perceber uma parte oculta da realidade. A palavra Cabalá se origina da palavra hebraica lekabel (receber), e expressa a aspiração humana por conhecimento superior, por sentir e perceber a imagem ampla e real do universo.

Os Cabalistas nos falam sobre métodos práticos que são baseados em sua própria experiência pessoal. Seus livros transmitem o método para investigarmos a realidade daquele mundo, para atingirmos e encontrarmos a resposta para a questão da essência de toda a vida.



O LIVRO ABERTO