quarta-feira, 27 de julho de 2011

Escapar A Qualquer Custo



Baal HaSulam, “A Arvut (A Garantia Mútua)”: O mandamento de “amar ao próximo como a si mesmo”… não pode ser observado por um indivíduo, mas apenas através do consentimento de uma nação inteira. E é por isso que demorou até que eles saíssem do Egito, quando se tornaram dignos de observá-lo.

A medida plena do grande desejo do homem, bem como a medida plena de sua aversão aos outros têm que se manifestar dentro dele. A magnitude de seu desejo é o Faraó, a extensão de sua rejeição é o Monte Sinai, e a medida de sua aspiração direta ao Criador é Moisés. Assim, toda a história Bíblica do êxodo do Egito é descrita na alma do homem.

Até então, ele não precisa do método Cabalístico; ele não precisa de correções. Ele não se esforça pela atualização, não está pronto para ser “como um homem com um coração” com todos, e não pede ajuda do Criador.

Este grito está ainda por emergir no grupo, mas nós devemos chegar a ele. Então, nós descobriremos que estamos realmente lidando com um método aqui: o meio de corrigir o desejo.

Então, eles foram primeiro perguntados se todos da nação concordavam em realizar esse mandamento. E uma vez que concordassem com isso, eles receberiam o método.

Que pergunta é esta que é feita a todos? Na verdade, é o Criador perguntando a eles. E o que significa o consentimento deles?

Em outras palavras, um desejo, uma falta, que visem precisamente à correção devem se manifestar dentro do homem. “Você gostaria de corrigir a sua natureza para essa de doação ou não? Você tem certeza que é isso o que você quer? Você está pronto para se unir com os amigos? Você é incapaz disso, mas deseja a unidade ou não?”.

Aqui você precisa querer fugir do ego (o Faraó) a qualquer custo, mesmo que isso signifique atravessar o Mar Final (Mar Vermelho). “Escapar a qualquer custo”, isso é o que todos devem sentir. Se for esse o caso, então nós estamos prontos para nos unir e receber a força de união chamada de “Luz que Corrige”. Isso é o que nós chamamos “a entrega do método”, a entrega da Torá no Monte Sinai.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/07/11, “A Arvut (Garantia Mútua)”
Fonte: Do Blog do Dr. Michael Laitman - Escapar A Qualquer Custo

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Que Pode Substituir O Dinheiro?



Dr. Michael LaitmanPergunta: Os jornais dizem que o terrorista que cometeu um crime horrível na Noruega era viciado em jogos de computador cruéis e shows sobre assassinos em série. Por que as pessoas não entendem um conceito tão pequeno e trivial, de que a mídia moderna está criando esses assassinos e colocando pensamentos psicopatas em suas cabeças? Afinal, isto é tão claro….

Resposta: O mundo é governado por pessoas que sabem como ganhar dinheiro. São elas que governam os tribunais, os sistemas de educação e formação, e os governos. E elas não planejam “fechar a loja”, uma vez que ganham dinheiro. É rentável para elas criarem jornais sensacionalistas e sensações que enganem as pessoas, escrever sobre os terroristas e bisbilhotar as vítimas de atos terroristas a fim de ganhar dinheiro com elas. É rentável para elas produzir e vender o máximo possível de armamento para manter focos de guerras e hostilidades. E é rentável para elas publicar notícias de “edição especial” sobre tragédias e catástrofes.

Elas não se importam com nada. Cada uma quer ganhar o que é seu. Uma produz e vende armas, e outra organiza escutas e reúne materiais para que possa vender todos os tipos de informações, mesmo que seja chocante e inaceitável para a divulgação pública.

Por trás de todas essas ocorrências está o lucro de alguém. As pessoas que recebem esse lucro estão no controle dos meios de comunicação de massa, do governo e do comércio, e, como resultado, nosso mundo aparece da forma que está.

Afinal, há uma enorme quantidade de pessoas no mundo que pensam exclusivamente no dinheiro. Elas não sentem mais nada. A questão aqui não é o cinismo, porque um cínico percebe que há algo maior aqui, mas observa isso de cima. Uma pessoa que tira proveito não observa nada. Ela simplesmente não tem consciência disso. Sua faixa de percepção é muito estreita, ela está totalmente mergulhada em uma atividade e nada mais existe para ela.

Portanto, essas pessoas são muito poderosas. Isso porque, em essência, elas têm apenas um desejo. Se elas precisam da cooperação do governo para lucrar, elas se infiltram no governo. Se elas precisam de um exército, elas se infiltram no exército. Se elas precisam da polícia, elas se infiltram na polícia. Se elas precisam do jornal central para escrever o que querem, elas compram o jornal. Nos bastidores, tudo pertence a elas.

Portanto, é rentável para essas pessoas ter um ambiente com uma sensibilidade atualizada e os prazeres que são ditados a ele. Precisamente essas pessoas formam a opinião pública, direcionando-a para a crueldade, drogas, prostituição, terrorismo, e assim por diante. Não é que os governos sejam fracos em comparação com elas, mas é que eles agem em conjunto.

A questão em jogo é o dinheiro, e dinheiro é poder. Veremos quão fraco o dinheiro se provará agora. Mas o que irá substituí-lo? Deve haver uma moeda, um valor, ou uma medida da contribuição e sucesso de uma pessoa. O que você pode dar às pessoas em vez de “dinheiro vivo”, pelo qual elas medem tudo? É o equivalente e o critério de quaisquer esforços.

Assim, verifica-se que nós precisarmos de “dinheiro espiritual” – a medida de doação, de proximidade com o Criador. Isto é o que nós usaremos para medir as nossas contribuições e a nossa renda, enquanto todas as coisas materiais serão reduzidas às necessidades básicas.

A fim de fazer essa transição, o mundo deve virar de cabeça para baixo. Para aqueles que hoje sustentam a roda e estão à frente da sociedade, a coisa mais importante é produzir produtos para lucrar. E eles terão que cair do seu Olimpo, ou tornar-se corrigidos e aceitar a nova “moeda” como seu pagamento.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/07/11, “Arvut”

Do Blog de Dr. Michael Laitman
O Que Pode Substituir O Dinheiro?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Como Nasce A Vida Espiritual


Pergunta: Que tipo de cálculo é este de receber para doar?

Resposta: Ele não é fácil. Em primeiro lugar, você precisa se ligar ao superior e restringir-se. A recepção em prol da doação é um grande estado.

Quando eu me conecto com outra pessoa, a primeira coisa que eu preciso fazer é anular os meus desejos, de modo a evitar que eles fiquem no caminho da união com ela. Eu me transformo em doação pura, Bina (Hafetz Hesed, deliciar-se na misericórdia), o que significa que estou pronto para sentir todos os desejos dela, e possuo uma força de proteção que me permite evitar usá-los para a satisfação dos meus próprios desejos, uma vez que eu já os havia restringido. É como se você me permitisse entrar em você e permanecer lá. É assim que eu penetro nos desejos de outra pessoa.

Eu recebo esta permissão sob a condição de ser capaz de restringir-me. Agora, eu começo a sentir você completamente, todos os seus pensamentos e desejos, como se eu fosse você. Eu os aceito como eles são, e eu faço um cálculo da minha capacidade de satisfazer os seus desejos, levando em consideração a minha força e habilidades.

No entanto, este cálculo é incorreto, porque eu faço meus cálculos em relação às minhas habilidades, mas agora eu devo estar fazendo um cálculo em relação aos seus desejos. Eu pego seus pensamentos e desejos, entendo o que você quer, e realizo as ações que você queria realizar em seus desejos nos meus próprios. Eu trabalho com os meus desejos a fim de satisfazer os seus.

Essa ação pela qual nós criamos nossos desejos comuns é chamad de “cabeça (Rosh) do Partzuf“. A cabeça do Partzuf é um estado onde eu existo dentro de você, dentro de seus desejos, com todo meu coração e mente, e faço um cálculo lá. Onde está a tela? A tela está sempre de pé entre eu e você, como se fosse um guarda.

“O corpo interior do Partzuf” (Toch) é a parte em que nós nos unimos com os nossos desejos e pensamentos comuns, e “o fim do Partzuf” (Sof) é onde nós somos incapazes de nos unir, e eu restrinjo os meus desejos. Seus desejos restritos estão lá, junto com meus desejos restritos. Eu restringi seus desejos porque era incapaz de satisfazê-los.

Em outras palavras, um Partzuf espiritual é o grau de adesão dos dois, um com o outro, juntamente com todos os cálculos do que é e do que não é possível. Por esta razão, quando não há adesão de um com outro, não há existência espiritual, não há Partzuf.

Da 3ª parte Lição Diária de Cabalá 17/07/11, Talmud Eser Sefirot



Fonte: Blog do Dr. Rav Michael Laitman
Como Nasce A Vida Espiritual

Reconhecer A Escuridão No Ponto Negro


A entrega da Torá, o método de correção, é impossível sem a garantia mútua, a qual representa um modelo, a implementação deste método. Você só revela a Torá, trabalha com ela e percebe este ensinamento na garantia mútua.

Hoje, ao ler o artigo do Baal HaSulam “A Garantia Mútua”, nós tentamos encontrar cada vez mais formas de realizar a meta da criação. Nós estamos no desejo egoísta e devemos convertê-lo na forma de doação. Em vez de permanecer no egoísmo, que assume a forma do desejo de receber aumentado, devemos perceber o mal dessa forma.

A realização (compreensão) do mal pode vir através de problemas ou por meio da mente. Uma variação combinada também é possível. Isso depende do quanto podemos empregar nossa mente para aumentar a consciência do mal, sem esperar pelos problemas. Um problema simplesmente prolonga o tempo e nos leva a guerras e mortes pelo caminho do sofrimento, através de condições realmente trágicas.

De uma forma ou de outra, nós devemos perceber o mal na íntegra, o que significa tornar-se ciente de que estamos no egoísmo, no desejo de receber, e que cada um procura apenas a sua própria vantagem em detrimento dos outros. Se nós não percebermos isso agora, imaginem o quanto mais nós teremos que trabalhar sozinhos na realização do mal .

Quantos golpes adicionais eu tenho que experimentar para ver e perceber que todos os meus desejos são egoístas? Eles são egoístas a tal ponto que eu não considero ninguém, incluindo meus familiares, parentes e filhos.

Este é um estado terrível. Está escrito nas Escrituras: “As mãos das mulheres compassivas cozeram seus próprios filhos”. Isso é o que significa o reconhecimento do mal. Nós não sabemos o que ele é.

A fim de não chegar aos extremos, para economizar tempo, e ser salvos de grande sofrimento, podemos usar a ciência da Cabalá, a Luz que Corrige e o trabalho do grupo. É por isso que esta ferramenta foi dada a nós. Então, numa combinação de sofrimento e Luz que Corrige, perceberemos o mal mais cedo.

Nós não precisamos de mais nada exceto essa consciência. O Baal HaSulam escreve sobre isso em seu artigo “A Essência da Cabala e Seu Propósito”. Por que nós a recebemos? Nós a recebemos para acelerar nossa realização do mal. Se eu usar corretamente o seu poder em cada oportunidade recebida, serei capaz de conduzir esta análise e tirar conclusões, mesmo que eu tenha que passar por algum sofrimento para avançar ao estado de análise.

O Baal HaSulam escreve que vivemos na época do Messias e, portanto, considerando as oportunidades disponíveis para nós, precisamos ir em frente, começar a agir. Tudo depende de nós, na medida em que atraimos a Luz que Corrige.

No entanto, primeiro ela tem que nos trazer o reconhecimento do mal. E familiarizar-se com o nosso próprio ego é desagradável. Nós precisamos do apoio do ambiente e estudar; devemos nos tornar mais fortes internamente para suportar esse ego que nos é revelado. O fundamental é que ele esteja sendo revelado e, por isso, eu com certeza avançarei à meta. Se eu rejeitar a revelação de ego, porque é desagradável para mim, ele virá pela “porta dos fundos” e me trará condições realmente trágicas.

A humanidade pode avançar por um caminho bonito, experimentando muito pouco mal. De uma gota de veneno, de um minúsculo pedaço de mal, eu construirei uma enorme estrutura de análise. Eu vejo como este mal me impede de me conectar com os amigos no grupo. Se eu utilizo plenamente uma pequena porção do mal, eu não preciso de mais nada. Um ponto negro é o suficiente, e eu já entendo o que ele significa.

Nós só conseguimos tudo isso com a força da garantia mútua, quando queremos construir juntos um sistema de doação mútua, para nos unir como um homem com um coração e, assim, ajudar uns aos outros. Neste caso, nós reconhecemos o mal.

Agora, imagine que o mundo reconheça hoje um pouco do mal. Olhe para os desenvolvimentos: revoluções, manifestações e tumultos. Dia após dia, a situação está piorando e se aproximando de Israel. Nenhum outro país está sob tal pressão externa. No entanto, a pressão interna em breve será também aparente.

Portanto, devemos entender que a garantia mútua, a união, e a análise que leva à realização do mal são uma questão de vida ou morte para nós. Não precisamos de mais nada exceto o reconhecimento do mal, porque à medida que você se conscientiza dele, você quer se livrar dele e não mais esquecer da Luz que Corrige. Você é como uma pessoa gravemente doente que pensa em um remédio que possa salvá-la. A realização do mal impede você de usá-lo e afasta-o de encontrar a correta aplicação.

Se hoje os países e todo o tipo de organizações reconhecessem o mal, eles imediatamente transformariam o mundo no Jardim do Éden. Por que eles criam as coisas tolas de hoje? Os acontecimentos do mundo atual dexiam claro que estamos nos aproximando de estados críticos.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/07/11, “A Arvut (Garantia Mútua)”


Reconhecer A Escuridão No Ponto Negro

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Solução Da Crise Global: Mudar A Si Mesmo Para Ajustar-se Ao Mundo



Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu não entendo como é que o futuro difere do passado, tornando-nos incapazes de controlá-lo e encontrar uma solução para a crise e o curso correto de desenvolvimento?

Resposta: O homem sempre passou por mudanças (evoluiu egoisticamente), e com base nessas alterações, ele ajustava o ambiente “para servi-lo”. Mas hoje, ele parou de evoluir egoisticamente: o gradual desenvolvimento egoísta do homem terminou. Por isso, ele vai parar de corrigir o mundo a sua volta.

Deste ponto em diante, o movimento será “inverso”. Atualmente, a natureza, o ambiente circundante, está mudando: ele se apresenta a nós como um sistema integral, global e nos obriga a nos ajustar a ele, para nos conectarmos com o mundo inteiro como sua parte integrante.

Em outras palavras, a fase em que nós entramos não é a da transformação involuntária do egoísmo humano, que ordena ao homem como modificar a natureza “para servi-lo”. Pelo contrário, é o homem que deve mudar para alinhar-se a uma nova situação onde a natureza muda “diante de seus olhos”. Este lê a mudança de paradigma: se antes nós não participávamos de nossas transformações internas e continuávamos alterando o ambiente para adequá-lo ao nosso egoísmo (nós o fazíamos servir às nossas necessidades), hoje é o mundo circundante que está transformando e forçando-nos a mudar para nos ajustar.

Este movimento é inverso: não do homem para o mundo circundante, mas do mundo circundante para o homem. Isto é, o mundo, o ambiente natural, ao se submeter à mudança, irá fazer com que todos e a humanidade inteira mudem adequadamente.

A humanidade terá de se adequar, ou seja, corrigir-se e estar em sintonia com a natureza. Isso nunca ocorreu antes. O homem nunca levou a natureza em consideração, mas a alterou: “Nosso objetivo é pegar tudo o que precisamos da natureza”, isto é, fazê-la servir ao nosso ego.

Agora, a humanidade terá que mudar, ao invés de mudar a natureza circundante. Assim, o homem deve começar a alcançar a natureza, “ver” primeiramente, e depois pensar como estar em harmonia com ela. A Natureza é, de fato, o Criador. Portanto, nós chegamos à necessidade de alcançar toda a natureza, ou seja, o Criador, através da correção de nós mesmos “para nos equivalermos” a Ele.

Este é o ponto sem volta que chamamos de “crise”. E nós não vamos sair dela até que entendamos o que significa este novo paradigma da nossa existência: não devemos mudar o mundo para que ele se adapte a nós, mas sim mudar a nós mesmos para nos ajustarmos ao mundo.

Se continuarmos tentando alterar a natureza para nos servir, nós iremos nos colocar em oposição a ela. No final, a natureza irá “nos subjugar”, impondo-nos terríveis sofrimentos.


Fonte: Site do Dr. Michael Laitman
Solução Da Crise Global: Mudar A Si Mesmo Para Ajustar-se Ao Mundo

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Universo Inteiro Está Sobre Um Único Eixo



Pergunta: A espiritualidade baseia-se na doação. Sob qual base nós construiremos o nosso trabalho enquanto estamos no “período de preparação” para a entrada no mundo espiritual?

Resposta: Há uma instrução: “Escuta, ó Israel”. Isto é, a pessoa deve dirigir-se ao “O Criador é a única força acima de nós, o Criador é Um” (“o Senhor é nosso Deus, o Senhor é Um”, as palavras da oração).

Suponha que eu diga a mim mesmo: “Escute, o Criador é a força superior acima de você, Ele é um”. Isto determina a minha direção, que me levará à Fonte, à revelação, à adesão e união. Esta é a base sobre a qual o nosso trabalho é construído, o eixo ao longo do qual tenho que me mover. Agora, eu preciso anexar a este eixo todos os meios à minha disposição para realizar este princípio.

Eu e o Criador estamos nos extremos opostos de uma linha. Eu fico mais perto Dele com os meios disponíveis a mim: conectando “Israel, a Torá e o Criador” em um todo.

A Torá é tudo o que você pode imaginar; tudo o que existe, exceto o desejo inicial da criatura, como é dito: “Eu criei a inclinação ao,mal, e criei a Torá como tempero”. Eu tenho que conectar tudo isso em uma direção.

Eu careço da proximidade com o Criador; o meu objetivo é a adesão com Ele. Eu não sei exatamente o que isso significa em termos de desejos, pensamentos, decisões, bem como a conclusão de todo esse caminho. Mas eu, o objetivo, e os meios para alcançá-lo existem, e eu tenho que organizar e usar tudo isto corretamente. Quanto ao destino, o resultado é um! Tudo está incluído neste conceito de Único.

Ao longo do caminho, nós obtemos diferentes formas de idéia, pensamento, tomada de decisão, e ação — absolutamente tudo é transformado dentro da pessoa. A Luz faz uma revolução nela e cria um novo ser humano.

Agora, nós não podemos imaginar o que é isso. Mas, em cada estado, em cada etapa, você deve se esforçar para fazer o que é capaz de fazer e deve fazer agora, neste nível. Depois será revelado que tudo isso atua em uma só direção. Isto inclui a sua busca e, especialmente, a sua luta com os obstáculos, quando você tenta arduamente discerni-los e ver que seu egoísmo trabalha aqui, desviando você do seu caminho, do pensamento de que “Não há outro além Dele”.

A todo instante você deve verificar com uma atenção especial: se eu estou em paz e concordo com a força superior em tudo que faço? Será que o universo inteiro dividiu-se agora em duas ou até três partes em meus pensamentos e sentimentos, como se houvesse o Criador, o resto da criação juntamente com vários motivos, e eu mesmo?

Alguém me irrita, coloca todos os tipos de obstáculos, causa problemas — isto significa que eu não conecto este mundo inteiro com o Criador, e reconheço ídolos, “outros deuses”. De fato, como poderia haver outros motivos para o meus estados se há uma só força agindo no universo?

Eu preciso verificar como eu reajo a todos esses motivos, a cada indivíduo, inimigo ou amigo, e a cada problema: eu os percebo como existindo separadamente ou posso combinar todos eles e ver atrás deles o Criador, que executa toda esta farsa, de modo que, conectando tudo isso e atribuindo a Ele, eu alcanço o princípio de “não há outro além Dele”?

Este é um trabalho sério, e se a pessoa é sensível e analisa cuidadosamente seus estados, ela avança de forma correta e rápida.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 07/07/11, Shamati #15



Fonte: Blog do Dr. Michael Laitman
O Universo Inteiro Está Sobre Um Único Eixo

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Quando O Sol Não Abandona O Zênite



Pergunta: Pesquisas mostram que 80 por cento da humanidade acredita no poder superior que controla tudo. Por que nós não podemos explicar às pessoas que tipo de poder ele é e o que ele quer? É muito mais interessante do que as chamadas para o amor.

Resposta: Nós não temos nada a explicar. A força superior é a Natureza, a lei, uma força tão inflexível quanto a força da gravidade. Ela é o Absoluto que é Bom, faz o Bem, e não muda.

Se esta força é invariável, é como se inexistisse. A ausência de mudança parece anulá-la. É como viver sob o sol, sempre preso no zênite. Não há nenhuma forma de levá-lo em conta se ele está, e sempre estará lá. Ele simplesmente é, e isso é tudo.

Em nossa vida, fazemos cálculos com base no que deve mudar, nos avanços dos quais dependemos. É uma outra questão se falamos de algo permanente e indestrutível, do qual dependemos constantemente, a tal ponto que isso não pode ser chamado de dependência.

Isto é o que o “Criador” é. É por isso que é tão difícil explicar isso às pessoas. Na realidade, nós oramos não para Ele, mas para nós mesmos. Nós buscamos como mudar, e Ele é sempre imutável. Claro, eu irei mudar se eu desejo isso, e para fazer isso, eu não preciso levá-Lo em conta. Ele é Bom e faz o Bem, e ao lado Dele eu sou como uma criança mimada cujos pais lhe dão amor absoluto, enquanto ela faz o que lhe agrada e fica fora de controle, sabendo que nada de ruim vai lhe acontecer.

Assim, nosso problema é como explicar às pessoas que o Criador é como um muro sólido e simplesmente existe. Você pode saltar na frente dele, abanar os braços, este é o seu trabalho e o muro ainda está edificado sobre você.

A pessoa mal pode imaginar isto: “Então, com quem eu estou lidando? Isso significa que não há ninguém para perguntar”. Como nós podemos explicar para aqueles que acreditam no poder superior, de que não faz sentido orar ao “Criador” mutável que faria melhor hoje do que ontem. Isto significa dizer que ontem ele me fez mal?

Na realidade, nós lidamos com Aquele que é Bom e faz o Bem para o malvado e o justo. Mas para a pessoa, isto significa que, independentemente de ela ser boa ou ruim, o resultado será o mesmo.

Uma pessoa comum está constantemente sujeita a mudanças. O tempo todo, ela se compara com o mundo, tentando calcular os resultados de mudanças internas e externas. Ela não entende o que significa a Força universal, geral, grande e imutável. Isto ilude nossos órgãos dos sentidos, porque eles estão “sintonizados” para mudanças ao invés da condição estática. Eu só não vejo o que não muda, não desaparece da minha vista.

É por isso que nós não podemos explicar às pessoas o que o “Criador” é. Às vezes, eu digo que o “Criador” é a Natureza, que Ele é imutável, e não há ninguém para quem orar; que a oração é um autojulgamento. Em resposta, eles estão prontos para me fazer em pedaços. Este é o problema: nós julgamos a nós mesmos, enquanto outros pedem ao Criador por mudança: “Eu joguei uma moedinha no Seu cofrinho, agora me salve das angústias”.

Ao falar do Criador como a lei inflexível da natureza, nós negamos à pessoa a possibilidade de recorrer a Ele. A pessoa não vê que ela tem que mudar. A nova “dose” forte de desenvolvimento é necessária para que a pessoa comece a se comportar de forma diferente.

O que quer que nós falemos, incluindo a crise, nós essencialmente explicamos às pessoas o caminho do sofrimento: “Como alternativa, haverá problemas, e não vale a pena. Vamos mudar”. Isso não é uma mentira, mas também não é a verdade.

Nós devemos dizer algo mais à pessoa que vem para a sabedoria da Cabalá, desejando alcançar a meta da criação: “Você tem que estar acima disso. Não importa se isso é bom ou ruim, você tem que se elevar pela fé acima da razão. Você não deve condicionar suas ações ao sofrimento ou prazer. Isto não é doação. A fé acima da razão significa que você se eleva acima da recompensa. Ou você trabalha para escapar do mal e alcançar o bem no futuro? Você está esperando a compensação? Você quer atingir o propósito da criação para si, em vez de dar prazer ao Criador?”.

Por outro lado, a quem nós supostamente agradamos, se o Criador é a lei? Este é um momento delicado em nossas explicações

Da Lição Diária de Cabalá 17/106/11, “O Shofar do Messias”

Do blog do Dr. DR. Michael Laitman
Fonte: Quando O Sol Não Abandona O Zênite