segunda-feira, 20 de junho de 2011

Encontrando O Rumo No Oceano De Luz


Dr. Michael LaitmanTodos os artigos do livro Shamati destinam-se a sintonizar a pessoa para a atitude certa em relação a si mesma (suas capacidades internas, aptidões, forças, qualidades) e em relação a tudo que está fora dela (as pessoas, a sociedade, o grupo, o professor, o Criador, a natureza) para que ela compreenda como ela muda, por meio de que, e como ela deve agir para chegar ao estado perfeito. O nosso problema é que, por um lado, não há nada que possamos fazer por nós mesmos, porque somos apenas o desejo de ser satisfeito, o desejo de desfrutar.

Por outro lado, se não podemos fazer nada por nós mesmos e representamos apenas um desejo criado oposto ao Criador, à Luz, então como podemos pedir para mudar a nós mesmos, pedir para sermos tranformados, exigir, agir de forma independente ou através de outros sistemas?

Em outras palavras, nós estamos em uma posição dupla. Por um lado, eu não posso fazer nada sozinho. Por outro lado, devo chegar ao ponto onde o meu pedido, meu desejo, causará tal influência em mim que eu serei transformado. Este ponto em particular é muito difícil para nós. Lá, a pessoa não compreende corretamente a sua interação com a força superior que a criou.

Ou seja, eu tenho que alcançar um estado onde eu sinta minha total incapacidade de me corrigir, onde percebo e compreendo que a minha correção só pode ser feita sob a influência da força externa. De modo oposto, esta força externa que existe fora de mim é constante, e eu não posso afetá-la de nenhuma maneira. Ela é absoluta. Mas eu posso afetar a mi mesmo, colocando-me sob a sua influência, isto é, pelo meu pedido.

O meu pedido é a minha ação quando eu mudo minha atitude em relação a essa força superior e, assim, mudo a sua influência sobre mim, e ela me corrige. Daí, essencialmente, o trabalho acontece dentro da pessoa e depende dos seus desejos, de sua intenção, força, direção. A pessoa existe em um campo absoluto, perfeito e imutável. Mas o trabalho é feito precisamente por este campo, influenciando a pessoa. E ela fica sob a influência deste campo.

Do ponto de vista do desejo de ser corrigido, a pessoa é um elemento ativo. E do ponto de vista da correção da pessoa em si, ela é passiva: ela é corrigida pela Luz que existe fora dela, que a rodeia e é invariável. É possível falar muito deste estado, mas ele tem que ser formado gradualmente em nós, como um estado interno preciso e definido entre eu e a Luz, o Criador.

O Artigo do Baal HaSulam “Lishma é um Despertar do Alto, e Porque Nós Precisamos de um Despertar de Baixo” é um daqueles artigos que fala da cooperação correta da pessoa com o Criador, com a Luz superior. Uma pessoa significa nosso desejo: como ele pode ser transformado se ele se colocar corretamente sob a influência da Luz.

A qualidade de doação que nós podemos alcançar e da qual estamos aos poucos nos aproximando sob a influência da Luz é chamada de “Lishma” ou “em Seu Nome” em hebraico. E sua qualidade oposta é chamada de “Lo Lishma” ou “não em Seu Nome”, que significa para si mesmo.

Os desejos surgem em nós independentemente de nós; nós não podemos regulá-los, mas podemos regular a nossa intenção: o que nós queremos em cada momento do tempo, a que nós aspiramos.

Fonte: Encontrando O Rumo No Oceano De Luz
Da Lição Diária de Cabalá de Moscou 15/06/11, Shamati #5

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Curso A Cabala Revelada


Palestra feita para o canal de televisão americano, Shalom TV
Anthony Kosinec
Em 19 de junho de 2006



Assista também em:
Cabala Revelada - Série completa

Aula 1 - Visão geral sobre a Cabala
Aula 2 - Percepção da realidade
Aula 3 - O caminho da dor e o caminho da Torá e Mitzvot
Aula 4 - A força do desenvolvimento e o significado do sofrimento
Aula 5 - As quatro fases da luz direta
Aula 6 - A Tela (Masach)
Aula 7 - Equivalência de forma
Aula 8 - Não há ninguém além do Criador, parte 1
Aula 9 - Não há ninguém além do Criador, parte 2
Aula 10 - Livre arbítrio, parte 1
Aula 11 - Livre arbítrio, parte 2
Aula 12 - A diferença entre Cabala e Religião
Aula 13 - Definindo o objetivo
Aula 14 - Revelação e ocultação
Aula 15 - Os quatro níveis da vida

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Divórcio Babilônico




Dr. Michael LaitmanNós não temos a menor idéia sobre a futura ordem mundial, porque nós entramos em um sistema de forças que nunca havia se manifestado em nosso mundo. À medida que a natureza (o Criador) se aproxima de nós, isto se torna cada vez mais claro. Assim, nós temos que começar a revelar o mundo superior, ou seja, o sistema de governo pela força superior, a Luz.

À medida que esta força externa se aproxima de nós, à medida que ela brilha sobre nós, a nossa sociedade e o mundo de forma mais sensível e intensa, nós sentimos nossa oposição a ela. Nós não sentimos a força em si, mas a nossa incapacidade de sossegar mesmo que um pouco.

O mundo se tornou imprevisível. As pessoas estão engajadas em adivinhações e até acreditam em milagres. Como é possível isso acontecer em nossa época esclarecida? Como podemos, de repente, começar a acreditar nisto depois do século XX? Todos os anos, e às vezes algumas vezes por ano, nós temos todos os tipos de datas do fim do mundo e outros eventos apocalípticos.

Além disso, nós nos encontramos sob o abraço forte da natureza que, inesperadamente, gera crises como tsunami, furacão, erupção vulcânica, incêndio, inundação, e assim por diante. Aos poucos, tudo desequilibra, fora do equilíbrio delicado em que estávamos. Isso porque nós estamos atravessando um momento decisivo. Nós já atravessamos este ponto decisivo antes, em uma escala menor, na antiga Babilônia. A humanidade inteira estava concentrada lá, e mesmo assim, ela descobriu que era uma sociedade pequena e fechada.

Hoje, apesar de haver sete bilhões de seres humanos, nós somos uma sociedade fechada. De repente, nós sofremos um “curto-circuito” e nos encontramos dependentes uns dos outros. Por outro lado, nós somos como cônjuges antes de um divórcio. Nós nos odiamos mutuamente, apesar de ainda estarmos em um apartamento. Nós devemos mudar, nós não conseguimos ficar juntos, mas os laços comuns nos mantêm juntos. Este é o “apartamento partilhado” que nos encontramos hoje na Terra.

Antes, isto se tornou evidente em um pequeno território, na Mesopotâmia, há 3.700 anos. Então, pela primeira vez, as pessoas começaram a procurar o que elas poderiam fazer. Por um lado, elas estavam no mesmo lugar e na completa e total interdependência. Por outro lado, odiavam-se e se esforçavam para estar o mais longe possível umas das outras. Duas forças opostas, duas das mais difíceis tendências estavam separando a sociedade. Então, na realidade, dois métodos foram sugeridos.

O primeiro método foi a correção de sua natureza. “Vamos corrigir o egoísmo que separa, distancia, e afasta-nos uns dos outros. Então, nós ganharíamos. Nós nos tornaríamos uma única entidade de apoio mútuo. Nós teríamos um poder enorme, e realmente iríamos erguer uma “torre para o céu “, a torre de amor mútuo, cooperação e união, a força positiva.

Assim, eles se tornariam iguais à natureza, porque tudo na natureza está interligado. Todos os seus níveis – inanimado, vegetal, e animal – agem sempre em harmonia mútua, e apenas o ser humano, com seu egoísmo, se sente acima da natureza, acreditando que pode fazer o que lhe agrada. No entanto, se ele entendesse as leis da natureza e procurasse ter correspondência com ela, ter um relacionamento harmonioso, ele sentiria toda a sua capacidade e poder. Ele entenderia e perceberia a sua finalidade, a sua essência. ”

Isto é o que foi sugerido pelos adeptos da correção humana, mas, infelizmente, a humanidade (cerca de três milhões de pessoas vivendo entre os rios Tigre e Eufrates) escolheram um caminho diferente. Como cônjuges após um casamento fracassado, eles decidiram que seria melhor para eles “sair”, dividir o apartamento compartilhado, e quebrar o contrato. Assim, as pessoas se dispersaram por todo o mundo.

Muitas fontes antigas narraram esta história. Desde aqueles tempos, nós temos o livro sobre a Cabalá chamado O Livro da Criação. Nós o temos em nosso arquivo livre, em língua russa também.

O livro chamado O Grande Comentário surgiu depois. Ele também descreve os eventos que aconteceram na antiga Babilônia e como as pessoas não conseguiram resolver o problema da união. Para fazer isso, elas tiveram que trabalhar no seu egoísmo, e superá-lo por meio de um método especial, que exigiu muito mais esforço interno e moral do que simplesmente separar-se fisicamente uns dos outros e fazer o que todos queriam, cada um em seu próprio canto.

Flávio Josefo descreve onde as pessoas foram, em que lugares. Posteriormente, todas as crenças e religiões foram originadas delas, tudo baseado no egoísmo, tudo o que o egoísmo apoia.

Da 1a Lição na Convenção de Moscou 10/06/11

Fonte: O Divórcio Babilônico

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Conheça O Mundo Em Que Você Vive



Pergunta: Como é que nós vamos atingir as pessoas em posição de autoridade? Afinal, nós queremos quebrar as paredes da caixa em que elas vivem.

Resposta: Nem um pouco. Nós não brigamos com o governo, não destruimos a política e a economia, não quebramos o estilo de vida habitual. Nós lutamos apenas pela educação do povo e nada mais. Eu sou a favor de deixar tudo no mundo como está, apenas acrescentando o princípio do “amar o próximo como a si mesmo”.

Não é da minha conta o que foi construído até agora. Deixe-os construir mais. Apenas uma coisa é importante para mim: as pessoas devem saber em que mundo elas vivem, para que vivem, e como podem realmente se satisfazer de modo que cheguem à meta sem cair no auto-engano e se divertindo com todos os tipos de jogos que dão apenas uma satisfação transitoria, inadequada e que terminam com a morte.

Eu não anulo nada, não me oponho aos programas do governo, bancos, prefeituras, etc. Eu não me importo com isso. Faça o que quiser: se você quer roubar, roube, faça outras coisas bobas. Isso não é importante; eu não olho para isso. Tudo o que eu quero é acrescentar a educação.

A finalidade da educação é dar conhecimento sobre o mundo em que vivemos, como ele funciona, o que o move, qual o seu objetivo, o que aconteceria se nós seguíssemos este programa, e o que aconteceria se nós nos desviássemos dele ou seguíssemos na direção oposta. Quanto sofrimento isso nos trará? Que tipo de sofrimento? Se vale a pena ou não? Eu quero que as pessoas saibam, vejam o que elas enfrentam, para poder ler o mapa e nada mais.

Todas as outras questões estão em outro plano, e eu não me sobreponho a ele em nada: Meu escritório fica no andar de cima. Nós estamos falando apenas do que estamos destinados a entrar de qualquer maneira. Nós esgotamos os recursos naturais e poluimos a Terra. Assim, nós temos que passar de uma sociedade de consumo para uma sociedade equilibrada; em outras palavras, parar de de agir feito bobos.

As pessoas precisam das coisas simples do dia a dia: moradia, trabalho, alimentação, vestuário, etc. Isto deverá ser fornecido a todos, e todo o resto tem que ser interrompido. Temos que parar a produção de bens inúteis, parar de medir o sucesso pessoal por meio da produção. Esses bens esvaziam o planeta e poluem o ambiente.

Assim, você vai trabalhar metade do dia para suprir as necessidades e estudar o resto do dia, passando por exames de tempos em tempos. Você será pago por isso e só por isso.

As pessoas não conhecem o mundo em que vivem. Elas se formam na escola, sem corresponder com a realidade em que vivem. Elas vivem em suas ilusões, no isolamento do mundo, surpresas com os problemas que atraem para si. Esses problemas surgem porque, como crianças, nós agimos para prejudicar a nós mesmos.

Assim, eu quero apenas uma coisa para você: acrescentar a educação e, o mais importante, a formação, o treinamento, a essência do que é a correção do relacionamento entre as pessoas. Então, você vai estar em sincronia, em equilíbrio,com o mundo, você vai se tornar um todo completo, que é o imperativo do tempo. Todos os elementos têm que estar corretamente conectados com o mecanismo principal, com as redes de interconexão natural, e você ainda não sabe disso.

É disso o que estou falando. Na verdade, essa educação vai mudar a pessoa, mas isso acontecerá gradualmente, como que por si mesmo. Eu não luto com a natureza das coisas; eu só explico o mundo para você, mostro onde você vive, e, como conseqüência, você muda. Você vê os fatos na sua frente, e o que você pode fazer? Nós não podemos fazer nada: ao ver as leis imutáveis, nós vamos levá-las em conta.

Nada pode ser mudado de uma só vez. As pessoas agem de acordo com sua natureza. Isto pode ser corrigido? A destruição é inerente à natureza humana, e até dar aos seres humanos uma educação correta, até que eles não vejam por si mesmos que arriscam perder suas vidas, eles não irão parar. Eles devem ver isso da forma mais clara, como se estivessem às porta da morte. Esta é a educação, a formação que nós precisamos.

Caso contrário, nós não iremos sobreviver na Terra. Isto é confirmado pelas pesquisas. Não há nenhum outro meio, exceto a educação. Nós não temos que moralizar e dizer às pessoas se elas são boas ou más. Elas são como a natureza as criou. Elas não podem roubar menos, mentir menos, pois não conseguem. Esta escrito: “Vá ao Criador que me criou”. O Criador lhe disse desde o início: “Eu criei a inclinação ao mal”. Você não vai reclamar com Ele sobre as ações Dele, não é?

Você só tem uma solução: “A Torá como um tempero”; em outras palavras, a educação de acordo com o método da Cabalá.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 27/05/11, “A Liberdade”

Fonte: Conheça O Mundo Em Que Você Vive