quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Acorde Do Sonho
Traduzido de Wake Up From The Dream
Autor: Rav Michael Laitman


O mundo espiritual não está numa dimensão diferente ou no céu entre as nuvens. Isto é algo que você encontra dentro da sua atitude com as outras pessoas, quando você vê que a sua desatenção quanto a elas é substituída pela atenção e pelo sentimento de que elas são importantes. Isto acontece porque você deseja alcançar a espiritualidade, e você começa a ver que elas são seus companheiros neste caminho.

Você então começa a se preocupar com elas e a cuidar delas justamente como você faria com alguém que é importante para você. Primeiro você faz isso egoisticamente, mas você gradualmente começa a sentir que você quer dar a eles.

Este é o momento em que a luz começa a agir, te fazendo sentir que existem qualidades dentro de você que você precisa corrigir. Você deseja tratar os outros com amor, e você também sente que somente a Luz pode realizar esta correção. Se você realmente quer que isso aconteça, então a Luz virá te corrigir.

No entanto, esta Luz funcionar apenas dentro da conexão entre as pessoas, transformando o ódio em amor e corrigindo a quebra que antes havia transformado amor em ódio. Dentro desta nova atitude com os outros, você começa a revelar o mundo espiritual que antes tinha sido perdido durante a quebra. Você percebe que a sua conexão com os outros é uma conexão de almas, dos seus desejos interiores, e dentro dela, você revela o Criador.

Tudo isso ocorre precisamente dentro desta rede de desejos que liga todos vocês. Eles criam um vaso (Kli), dentro do qual a sua vida espiritual se revela. Neste momento, a vida material se mostra ser apenas um sonho, como um mundo imaginado.

Profundamente dentro da conexão entre as pessoas, você revela a qualidade da outorga, e você percebe que ela é a única coisa que existe no mundo. Tudo mais era apenas uma fantasia, uma ocultação do mundo espiritual, a qual era necessária para que você o revelasse
MIRIAM NO PAÍS DAS CORES
por Larisa Novikova


Era uma vez uma menina chamada Miriam.
Miriam gostava de desenhar.
Ela desenhava sobre qualquer coisa que tivesse perto dela.
Num bloco de desenho, nos cadernos, em simples folhas de papel e até com giz de cor sobre a calçada.
“Miriam, o que você vai desenhar hoje?” As amigas perguntavam.
“Algo muito bonito e colorido”, Miriam respondia.
Qual é a primeira coisa que Miriam fazia de manhã?
Escovar os dentes, naturalmente. Mas imediatamente depois disso ela ia correndo para a mesa onde estavam cores, tintas e lápis de cor.
“Miriam querida, vem tomar seu café da manhã?” chamava sua mãe.
Miriam corria para sua mãe com alguns desenhos novos nas mãos.
De noite antes de ir dormir Miriam suplicava a mãe dela: “Por favor, mãezinha, só mais um último desenho”.
E quando acabava o desenho, ela ia dormir como prometeu à mãe dela.

Uma vez Miriam estava tão cansada que dormiu com os lápis de cor nas mãos.
Miriam dormiu e teve um sonho maravilhoso.
No sonho ela visitava o país das cores.
Lá ela encontrou cinco cores: vermelho, amarelo, verde, azul e branco.
As cores pareciam muito amigáveis.
Elas tinham um corpo arredondado, um par de mãos, um par de pernas e no rosto um grande sorriso.
As cores se chamavam vermelho, amarelo, verde, azul e branco, cada uma com seu jeito especial.

“Olá!” a cor vermelha falou para Miriam e lhe deu um pirulito vermelho.
A vermelha era sempre a primeira de todas: corajosa, alegre e boazinha.
E tudo que lhe pediam para fazer, ela fazia imediatamente com alegria.
“Que bom que você veio!” disse a cor amarela a Miriam, e lhe deu um docinho
amarelo.
A conversa com o amarelo foi muito agradável. Ele gostava de se aquecer com
a luz do sol e gostava de brincar na areia, gostava de comer frituras e regava
crisântemos no jardim com um grande regador amarelo.
“Espero que você se divirta visitando nosso país!” disse a Miriam a cor azul.
Ele lhe deu uma fita azul brilhante para o cabelo. Miriam a colocou
imediatamente na sua trança comprida. O azul era um tipo muito sensível. Ele gostava de escrever poemas, sentar-se por longas horas e observar o céu e o mar azul.

“Olha a grama do prado verde da nossa terra!” disse o verde e deu a Miriam uma maça verde e suculenta.
O verde tinha um gênio muito confortável. Ele gostava de tomar conta das plantas e dos animais.
E mais do que tudo ele gostava de montar na sua bicicleta verde.

“Bem-vinda à nossa terra mágica!” disse a cor branca à Miriam e lhe deu um
sorvete de baunilha gelado e doce.
A cor branca era mágica. De vez em quando ela sumia e aparecia novamente
do nada.
Ela gostava de coisas diferentes e sabia fazer mágicas com coelhos brancos e
pombos alvos como neve.

Cada uma das cores queria dar um desenho de presente à Miriam.
A cor vermelha foi a primeira que correu para escolher o pincel mais mágico.
“Desenho é uma coisa muito séria” avisou a cor amarela e começou a preparar
o tripé para desenhos.
“Para desenhar precisamos de inspiração!” gritou a cor azul, e se concentrou na sua imaginação.
“Façamos logo o desenho e depois colherei algumas flores para Miriam”, pensou o verde e começou logo a trabalhar.
E o branco simplesmente se misturou com o ar e sumiu.

Depois de todas as cores trabalharem bastante, chegou o grande momento, o momento da entrega do presente. O vermelho foi o primeiro que ofereceu seu desenho à Miriam. Mas quando Miriam olhou para o desenho, ela lembrou-a de um fogo queimando.
Quando o amarelo ofereceu seu desenho a Miriam, ela viu nele muito sol e areia.
“Isso se parece com um deserto seco onde não há uma “gota d água”, disse Miriam. “Não gostaria de pendurar uma imagem destas na parede”.
Chegou a vez do azul. Seu desenho era só um mar azul sem fim.
“No seu desenho não tem nem um pequeno pedaço de terra seca” surpreendeu-se Miriam.
No desenho do verde Miriam só viu uma floresta densa.
E no desenho do branco não consegui ver nada.
As cores se entristeceram muito.
Apesar de suas boas intenções eles não conseguiram agradar Miriam.
De repente Miriam teve uma idéia e ela disse com um grande sorriso: “Façam um só desenho! Todos vocês juntos num esforço conjunto!”
Vermelho queria executar a tarefa sozinho, mas entendeu que sem os seus amigos ele não pode pintar a grama, o mar azul.
As cores pegaram uma folha nova e começaram a desenhar. Cada cor fez sua parte: mar, areia e sol que aquece, um bosque de arvores com passarinhos cantando, coelhos pulando no campo. Uma casa pequena com um teto de telhas e do lado da casa um menino e uma menina brincando.
O amarelo pintou o sol, o campo de girassóis e a casa.
O verde pintou as árvores e a grama.
O azul pintou o céu, o mar e a bola com a qual as crianças brincavam.
Até mesmo o branco fez a sua parte e pintou nuvens no céu, uma cegonha sobre o teto da casa e a fumaça que saia da chaminé.
“Saiu uma pintura colorida e muito alegre. Nós queremos que essa pintura lhe alegre muito!” disseram todas as cores juntas e entregaram a pintura à Miriam.
Ao acordar, Miriam viu na parede uma pintura bonita com todas as cores.
Miriam gostou muito de olhar para essa pintura. Ela se lembrou que para desenhar uma pintura completa é preciso usar todas as cores juntas. E assim também com as pessoas que precisam umas das outras.