terça-feira, 30 de abril de 2013

Um Caleidoscópio De Desejos

Um Caleidoscópio De Desejos

A Fonte De Todos Os Problemas Do Universo

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que pode motivar um médico a mudar? É claro para o paciente que ele quer ficar saudável, mas para um médico? Como pode um médico e um paciente ser encorajados a se tornar mais próximos uns dos outros?

Resposta: Eu nasci e cresci numa família de médicos. Minha mãe é ginecologista, meu pai era dentista, e meus tios também eram médicos. Se, de repente, alguém ficasse doente, logo havia um estetoscópio, medicamentos. Todos sabiam o que fazer, você tinha tratamento, e estava tudo bem, sem problemas. Neste sentido, todo o posto de saúde estava em minha casa.

O mesmo sentimento de família deve existir entre médicos e pacientes; caso contrário, não há confiança em relação ao médico. Mas hoje, um médico não pode permitir isso. Não importa quantos presentes você dê, ele ainda está inundado de pacientes.

Portanto, deve existir um sistema completamente diferente, com ênfase não em medicamentos, mas na atenção à pessoa, tal como na antiga medicina chinesa.

Isto é, o sistema de assistência à saúde deve incluir toda a vida de uma pessoa. Essa é uma tecnologia de vida: como você nasceu, o que você respira, o que você come, o impacto do seu ambiente, como seu corpo reage a tudo isso (como um sistema biológico para o sistema circundante), e como viver a sua vida: casar, dar à luz, ficar velho e morrer.

Mas tudo isso deve ser visto como um sistema que está em equilíbrio com a natureza. Para isso, a pessoa tem que estar orgânica e integralmente conectada à natureza, respeitar suas leis, compreender o que é exigido dela, e como ela tem que estar sintonizada com uma interconexão mútua.

Assim como a harmonia e o equilíbrio dentro de nós significa a saúde do corpo, o equilíbrio na natureza significa a saúde do meio ambiente. Portanto, deve haver homeostase entre nós e o meio ambiente. Nós perturbamos o equilíbrio da natureza, prejudicamos o equilíbrio dentro de nós mesmos, mas o mais importante, isso perturba o equilíbrio entre nós e o meio ambiente. Aqui, nós não correspondemos a ele de forma alguma.

Sabe-se que a natureza circundante age de acordo com a lei de auto-estabilização: você dá tanto quanto recebe. Assim, a homeostase é sustentada e o equilíbrio é preservado. Mas nós estamos em absoluta disparidade com a natureza, porque consumimos barbaramente tudo e não damos nada em troca, apenas a poluímos.

Tudo depende da educação da pessoa, da sua educação ambiental em primeiro lugar. Mas nós chamamos isso de educação integral, pois, a fim de mudar a atitude humana em relação à natureza e a sociedade, é necessário mudar o próprio ser humano.

Nós vivemos na sociedade que constantemente nos afeta de forma negativa, e nós fazemos o mesmo, sendo conduzidos por nosso egoísmo: só para consumir, suprimir o outro, ganhar o máximo possível ou, melhor ainda, roubar, sem dar nada em troca. Assim, nós temos que corrigir ambos: o ser humano e toda a sociedade.

Como resultado, nós chegamos a uma única conclusão: o homem precisa ser mudado. A única fonte de todos os problemas do universo é o ser humano. Infelizmente, nenhuma atenção é dada a esta questão.

Portanto, agora nós podemos ver como, por um lado, a crise nos pressiona, e ela vai limpar tudo, mas por meio da sua mão firme. A natureza não conhece dúvidas, ela pressiona de modo que algumas espécies sejam extintas, e isso é o que pode acontecer com a humanidade: tudo está caminhando para isto. Nós vamos ter que enfrentar a Idade do Gelo e outros problemas ambientais e sociais. Nós vemos que o nosso desequilíbrio com a natureza não nos leva a nada de bom.

Por outro lado, nós temos o método nas mãos que mostra como podemos mudar o ser humano e torná-lo parte integral da natureza. Então nós seremos capazes de ver toda a natureza: inanimada, vegetal, animal e humana, como um único organismo. A propósito, este é também o ponto de vista da medicina chinesa que trata o ser humano não como uma parte separada, mas como estando integrado no regime geral da natureza.

De KabTV “A Medicina do Futuro” 07/04/13

do blog do Dr. Michael Laitman  A Fonte De Todos Os Problemas Do Universo 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Ceder Ao Domínio Dos Amigos



Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“, Item 44: Quando ela começa a mergulhar na Torá e mandamentos, mesmo sem qualquer intenção, ou seja, sem qualquer amor e temor, como convém ao servir o rei, mesmo em Lo Lishma, o ponto em seu coração começa a crescer e revelar sua ação.
Quando o ponto no coração desperta numa pessoa, ela chega a um ambiente em que é provida com todas as condições para o seu desenvolvimento espiritual interior. Diz-se que “o Criador coloca a mão da pessoa no bom destino e lhe diz: escolha”. É exatamente aí onde reside seu livre arbítrio: avançar ao centro do grupo e através do grupo ao Criador.
Então, a pessoa começa a entender o sistema, a “cozinha” onde tudo é “cozinhado”. Daquele ponto em diante, se ela procura se concentrar corretamente na meta usando a influência do ambiente, subjugando-se ao ambiente e ansiando pelo Criador através dele, então seu ponto no coração se expande e cresce.
Aqui a sua participação básica, com a intenção que ainda não está destinada à doação pura, é suficiente. Mesmo se a pessoa ainda não se lamenta por isso e não consegue pensar nisso seriamente, já é um começo. Se ela já tem um “ponto no coração” e, mais importante, já está incorporada no ambiente certo que a influencia, isso é desenvolvimento.
Mesmo atos sem um objetivo podem purificar o desejo de receber, mas apenas no primeiro grau chamado de “inanimado”.
A pessoa ainda não tem as intenções certas e ainda não consegue ver a si mesma como alguém que doa, mas pode, ao menos, optar por “abaixar a cabeça” com todas as suas forças, anular a si mesma, e, assim, avançar. A grandeza do nível inanimado é a sua capacidade de se submeter perante o grupo e o estudo. Este nível termina quando a pessoa se anula totalmente diante do que foi revelado a ela no nível atual. Este é o clímax do nível inanimado.
Depois, no nível vegetal, tudo muda: se antes ela só tinha que se conter enquanto se elevava acima do seu ego, agora ela tem que se abrir o máximo possível. Tal modificação é típica em cada transição de um nível para o outro.
PerguntaEntão, verifica-se que o nível inanimado não é tão “grosseiro” como se pode pensar?
RespostaEu posso não compreender ou sentir nada, e posso não ser capaz de participar na verdadeira doação, mas eu preciso reconhecer a falta de sentimento, de mente e da atitude certa, a falta de qualquer coisa espiritual. Eu estou 100% fora da dimensão da doação. Portanto, como posso entrar nela?
Para fazer isso, eu tenho que anular tudo o que desperta dentro de mim. Eu não excluo e não encubro meus atributos, mas sei que não posso entrar na espiritualidade com eles. Então, eu me agarro ao domínio do ambiente. Eles me dizem para juntar alguma coisa, e eu faço isso sem entender o que significa. Dizem-me para ler, para estudar, e assim, eu leio e estudo. Eles me dizem para fazer alguma coisa, então eu faço. Eu faço isso especificamente porque me disseram para fazer. Em outras palavras, eu me subjugo perante o grupo e o estudo com todas as minhas forças. Eu aceito este domínio como se abandonasse a mim mesmo, avançando assim em direção à correção do meu nível inanimado.
Afinal de contas, o meu nível inanimado não pode se mover por si só. Portanto, a única maneira de fazer isso é ter amigos que me movem de fora. Para isso, eu tenho que estar em suas mãos.
Nisto ninguém tem quaisquer obstáculos. Todo mundo é capaz de realizar essas ações em si mesmo. A pessoa só se anula perante os outros e depende apenas disso. A anulação pessoal a coloca automaticamente em suas mãos. Mais tarde, será solicitado que ela realize ações baseadas na interdependência e cooperação, mas no nível inanimado ela só tem que renunciar a si mesma. O desejo cresce, as interrupções aumentam, há maior confusão junto com controvérsia, e a resposta para tudo isso é a anulação pessoal. É preciso abaixar sua cabeça repetidas vezes e, assim, avançar. Esta é a primeira fase no nosso caminho.
Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/04//13, “Introdução ao Livro do Zohar”
do blog do Dr. Michael Laitman Ceder Ao Domínio Dos Amigos

quinta-feira, 11 de abril de 2013

125 Graus De Revelação


Dr. Michael LaitmanPergunta: Cada um de nós já preencheu sua medida de esforço pessoal, e somente se nos conectarmos por meio de um pequeno golpe coletivo, vamos avançar. O que significa esse golpe coletivo? Eu tenho que esclarecer o estado geral de todo o grupo, em vez de meus esclarecimentos pessoais?
Resposta: Um golpe não é um esclarecimento mental, mas um esforço em nosso coração, a fim de sermos incorporados um no outro, a fim de nos conectarmos e nos dedicarmos à sociedade, de modo que eu possa atrair a Luz que Reforma aos amigos. Isso é o que cada indivíduo deve fazer por todos.
125 Degrees Of Revelation
Nós estamos num círculo, e se todos se anulam e acrescentam seu desejo a esse círculo, então podemos construir uma determinada zona de doação geral, do desejo geral, dentro do círculo. Todo mundo se anula, restringe-se ao nível da primeira restrição (Tzimtzum Aleph – TA), numa Masach (tela), e tenta estar em estado de doação a todos.

Acontece que nós construímos um coração e mente comum entre nós que é semelhante ao Criador. A força de doação, a Luz, aparece de acordo com a equivalência de forma. Toda esta zona coletiva que está cheia de Luz é chamada de alma geral, porque a Luz que preenche o vaso é chamada de alma ou revelação do Criador.

Esse padrão continua durante todo o caminho. Existem 125 graus do meu ego: do 1º ao 125º grau. Eu os descubro um por um, restrinjo cada um ao nível da primeira restrição, então a Masach, o estado de pequenez, e, depois, o estado de grandeza, enquanto sou incorporado em todos. Este é o nosso trabalho.

Assim, ao subir acima do meu ego, eu construo 125 graus de ascensão, a entrada no coração coletivo geral, em todos. Em seguida, isso se torna o mundo de Ein Sof (Infinito) para mim, isto é, cheio da Luz de Ein Sof. Onde posso eu descubro isso? Na conexão com todos os amigos, a qual toda a humanidade se junta mais tarde. Atrás de cada um de nós estão milhões de outras pessoas que se juntam a nós e se conectam através de nós, que estão incorporadas na força geral coletiva que formamos.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/03/13, Escritos do Baal HaSulam

 do blog do Dr. Michael Laitman 125 Graus De Revelação

terça-feira, 2 de abril de 2013

Fixar Os Olhos Na Meta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o significado da frase, “Tudo o que deve ser recolhido é como se já tivesse sido recolhido”?

Resposta: Isto significa que tudo está diante de você desde o início. Todas as coisas que você está prestes a descobrir já existem. Quando uma pessoa nasce, ela gradualmente descobre coisas novas para si, e lhe parece que não existiam antes. Esta é a forma como ela se sente. Mas, na verdade, tudo já existe; nós só precisamos preparar nossos Kelim (desejos), e os limites correspondentes do universo serão imediatamente revelados neles.

Em geral, para toda a realidade que está diante de nós é necessário apenas adicionar a intenção de doar, a Luz de Hassadim, e nessa medida nós descobrimos a realidade perfeita. Falta-nos apenas isso.
Portanto, eu não tenho a intenção de corrigir a atual realidade corrompida. Eu tenho a intenção de adicionar o atributo da fé, o atributo de doação, à minha relação com tudo. Esta é a correção: a fé acima da razão.

Assim, eu não preciso me corrigir desde dentro. Eu simplesmente preciso sair de mim mesmo e me conectar com o que está lá fora. Tudo já está diante de você; o problema é que você não está lá, fora de si mesmo. É necessário realizar esta ação, sair de si mesmo, e daí esta realidade se tornará sua. Hoje, você ainda não está pronto para revelá-la, mas ela existe. Você só precisa “colocar os óculos”, a fim de vê-la.

Nós construímos o Kli espiritual acima do desejo de receber, acima da impureza. O “Faraó” não desaparece, o desejo de receber permanece. Além disso, ele permanece em sua forma bruta, e no final o “coração de pedra” é adicionado a ele. Mas nós precisamos nos elevar acima dele, superá-lo.

Eu protejo a impureza (Klipa) que cobre o meu desejo de receber; do mesmo modo, a casca protege a fruta até que ela amadureça totalmente. Caso contrário, a fruta vai apodrecer, e eu não vou atingir a minha completa correção. Eu construo todo o meu relacionamento com a realidade, enquanto a casca protege o meu desejo de receber: “Não basta desaparecer para mim. Meu ódio, ciúme, crueldade, preguiça, todas essas coisas permanecem, eu preciso de vocês”. É como se eu envolvesse minhas características egoístas em algum pacote, e saísse com elas para fora. Por outro lado, se elas desaparecessem, eu ficaria com nada, e não teria nada sobre o que construir a mim mesmo.

Pergunta: Portanto, como é que uma pessoa sai de si mesma?

Resposta: Para isso, é necessário chegar à total impotência. Depois, uma espécie de buraco no 
coração se abrirá para você, onde você sente que pode ir lá fora – e você vai pedir isso. No entanto, você não alcançou a verdadeira oração, você não foi “empurrado” o suficiente para encontrar o Criador.

Pergunta: Como é que uma pessoa chega à verdadeira oração para obter ajuda?

Resposta: Isso só acontece depois que ela perde a esperança por completo, mas ela ainda está no caminho. Por um lado, é necessário chegar a um estado de reconhecimento do mal, e, por outro lado, reconhecer a grandeza da meta, e manter essa diferença.

Primeiro, eu me sinto mal porque estou no estado egoísta. Este estado é um mal insuportável para mim. Mas o problema não é que ele é ruim para mim. Eu tenho que anular o meu “eu” e quero que isso seja ruim para mim porque não estou pronto para doar ao Criador. Assim, o mal se manifesta em oposição ao amor pelo Criador. Em segundo lugar, eu reconheço a grandeza da meta, que para mim é bondade.

Quando eu agarro esses dois extremos, eu alcanço a verdadeira oração, um pedido por correção.
A meta é tão grande aos meus olhos que não consigo abandoná-la. E todo o tempo a minha preocupação é que a grandeza só cresça ainda mais. Finalmente, eu agarro os dois extremos: a grandeza da meta e o meu atual estado ruim.

Aqui deve haver a pressão do grupo, que me dá a consciência de que a grandeza da meta é dar satisfação ao Criador. Então, eu começo a pensar em como fugir do meu atual estado ruim, que é ruim especificamente porque estou longe da meta.
Fixing Your Eyes On The Goal
Estas são as condições que precisam ser formadas dentro de mim. Por isso eu tenho tudo: o grupo, o Criador, as fontes… Mas a consciência da importância da meta é a chave para tudo (1), é anterior a todas as outras condições. Eu preciso estar focado na meta e, em todos os estados, olhar apenas para ela, para me aderir somente a ela. Então, como resultado, eu realmente preciso de um grupo, de um professor, dos estudos e da disseminação.

Afinal, “o fim de uma ação está em seu pensamento inicial”. A meta me obriga a tudo. Aspirando à meta, eu entendo que não posso viver sem o ambiente, porque vou atingir a meta especificamente entre os amigos. Eu sei que não posso conseguir sem o professor, porque ele me mantém no caminho junto com o grupo e traz a Luz que nos preenche. Eu entendo que não posso ficar sem livros, porque com sua ajuda eu aprendo o sistema espiritual e me desperto. Quando eu estudo, é como se eu estivesse nesse sistema, e atraio de lá a Luz que Reforma. Finalmente, eu percebo que não posso viver sem a disseminação, já que o grupo é uma pequena parte do vaso coletivo da humanidade, com o qual também preciso me preocupar.

Tudo deriva de perceber a importância da meta. Eu interpreto para mim mesmo o estado final em que eu, o grupo e o professor estamos unidos com toda a humanidade, de tal forma que todo o sistema espiritual nasce entre nós. Suas Luzes vão nos encher e amarrar a todos numa única Malchut do Mundo do Infinito. Nela, nós vamos revelar Aquele que a gerou, a Raiz que produziu as quatro fases da Luz Direta. Este é o Criador.


do blog do Dr. Michael Laitman Fixar Os Olhos Na Meta