terça-feira, 30 de abril de 2013
A Fonte De Todos Os Problemas Do Universo
Pergunta:
O que pode motivar um médico a mudar? É claro para o paciente que ele
quer ficar saudável, mas para um médico? Como pode um médico e um
paciente ser encorajados a se tornar mais próximos uns dos outros?
Resposta: Eu
nasci e cresci numa família de médicos. Minha mãe é ginecologista, meu
pai era dentista, e meus tios também eram médicos. Se, de repente,
alguém ficasse doente, logo havia um estetoscópio, medicamentos. Todos
sabiam o que fazer, você tinha tratamento, e estava tudo bem, sem
problemas. Neste sentido, todo o posto de saúde estava em minha casa.
O mesmo sentimento de família deve existir entre médicos e pacientes;
caso contrário, não há confiança em relação ao médico. Mas hoje, um
médico não pode permitir isso. Não importa quantos presentes você dê,
ele ainda está inundado de pacientes.
Portanto, deve existir um sistema completamente diferente, com ênfase
não em medicamentos, mas na atenção à pessoa, tal como na antiga
medicina chinesa.
Isto é, o sistema de assistência à saúde deve incluir toda a vida de
uma pessoa. Essa é uma tecnologia de vida: como você nasceu, o que você
respira, o que você come, o impacto do seu ambiente, como seu corpo
reage a tudo isso (como um sistema biológico para o sistema
circundante), e como viver a sua vida: casar, dar à luz, ficar velho e
morrer.
Mas tudo isso deve ser visto como um sistema que está em equilíbrio
com a natureza. Para isso, a pessoa tem que estar orgânica e
integralmente conectada à natureza, respeitar suas leis, compreender o
que é exigido dela, e como ela tem que estar sintonizada com uma
interconexão mútua.
Assim como a harmonia e o equilíbrio dentro de nós significa a saúde
do corpo, o equilíbrio na natureza significa a saúde do meio ambiente.
Portanto, deve haver homeostase entre nós e o meio ambiente. Nós
perturbamos o equilíbrio da natureza, prejudicamos o equilíbrio dentro
de nós mesmos, mas o mais importante, isso perturba o equilíbrio entre
nós e o meio ambiente. Aqui, nós não correspondemos a ele de forma
alguma.
Sabe-se que a natureza circundante age de acordo com a lei de
auto-estabilização: você dá tanto quanto recebe. Assim, a homeostase é
sustentada e o equilíbrio é preservado. Mas nós estamos em absoluta
disparidade com a natureza, porque consumimos barbaramente tudo e não
damos nada em troca, apenas a poluímos.
Tudo depende da educação da pessoa, da sua educação ambiental em
primeiro lugar. Mas nós chamamos isso de educação integral, pois, a fim
de mudar a atitude humana em relação à natureza e a sociedade, é
necessário mudar o próprio ser humano.
Nós vivemos na sociedade que constantemente nos afeta de forma
negativa, e nós fazemos o mesmo, sendo conduzidos por nosso egoísmo: só
para consumir, suprimir o outro, ganhar o máximo possível ou, melhor
ainda, roubar, sem dar nada em troca. Assim, nós temos que corrigir
ambos: o ser humano e toda a sociedade.
Como resultado, nós chegamos a uma única conclusão: o homem precisa
ser mudado. A única fonte de todos os problemas do universo é o ser
humano. Infelizmente, nenhuma atenção é dada a esta questão.
Portanto, agora nós podemos ver como, por um lado, a crise nos
pressiona, e ela vai limpar tudo, mas por meio da sua mão firme. A
natureza não conhece dúvidas, ela pressiona de modo que algumas espécies
sejam extintas, e isso é o que pode acontecer com a humanidade: tudo
está caminhando para isto. Nós vamos ter que enfrentar a Idade do Gelo e
outros problemas ambientais e sociais. Nós vemos que o nosso
desequilíbrio com a natureza não nos leva a nada de bom.
Por outro lado, nós temos o método nas mãos que mostra como podemos
mudar o ser humano e torná-lo parte integral da natureza. Então nós
seremos capazes de ver toda a natureza: inanimada, vegetal, animal e
humana, como um único organismo. A propósito, este é também o ponto de
vista da medicina chinesa que trata o ser humano não como uma parte
separada, mas como estando integrado no regime geral da natureza.
De KabTV “A Medicina do Futuro” 07/04/13
do blog do Dr. Michael Laitman A Fonte De Todos Os Problemas Do Universo
sexta-feira, 26 de abril de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
Ceder Ao Domínio Dos Amigos
Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“, Item 44: Quando ela começa a mergulhar na Torá e mandamentos, mesmo sem qualquer intenção, ou seja, sem qualquer amor e temor, como convém ao servir o rei, mesmo em Lo Lishma, o ponto em seu coração começa a crescer e revelar sua ação.
Quando o ponto no coração desperta numa pessoa, ela chega a um ambiente em que é provida com todas as condições para o seu desenvolvimento espiritual interior. Diz-se que “o Criador coloca a mão da pessoa no bom destino e lhe diz: escolha”. É exatamente aí onde reside seu livre arbítrio: avançar ao centro do grupo e através do grupo ao Criador.
Então, a pessoa começa a entender o sistema, a “cozinha” onde tudo é “cozinhado”. Daquele ponto em diante, se ela procura se concentrar corretamente na meta usando a influência do ambiente, subjugando-se ao ambiente e ansiando pelo Criador através dele, então seu ponto no coração se expande e cresce.
Aqui a sua participação básica, com a intenção que ainda não está destinada à doação pura, é suficiente. Mesmo se a pessoa ainda não se lamenta por isso e não consegue pensar nisso seriamente, já é um começo. Se ela já tem um “ponto no coração” e, mais importante, já está incorporada no ambiente certo que a influencia, isso é desenvolvimento.
Mesmo atos sem um objetivo podem purificar o desejo de receber, mas apenas no primeiro grau chamado de “inanimado”.
A pessoa ainda não tem as intenções certas e ainda não consegue ver a si mesma como alguém que doa, mas pode, ao menos, optar por “abaixar a cabeça” com todas as suas forças, anular a si mesma, e, assim, avançar. A grandeza do nível inanimado é a sua capacidade de se submeter perante o grupo e o estudo. Este nível termina quando a pessoa se anula totalmente diante do que foi revelado a ela no nível atual. Este é o clímax do nível inanimado.
Depois, no nível vegetal, tudo muda: se antes ela só tinha que se conter enquanto se elevava acima do seu ego, agora ela tem que se abrir o máximo possível. Tal modificação é típica em cada transição de um nível para o outro.
Pergunta: Então, verifica-se que o nível inanimado não é tão “grosseiro” como se pode pensar?
Resposta: Eu posso não compreender ou sentir nada, e posso não ser capaz de participar na verdadeira doação, mas eu preciso reconhecer a falta de sentimento, de mente e da atitude certa, a falta de qualquer coisa espiritual. Eu estou 100% fora da dimensão da doação. Portanto, como posso entrar nela?
Para fazer isso, eu tenho que anular tudo o que desperta dentro de mim. Eu não excluo e não encubro meus atributos, mas sei que não posso entrar na espiritualidade com eles. Então, eu me agarro ao domínio do ambiente. Eles me dizem para juntar alguma coisa, e eu faço isso sem entender o que significa. Dizem-me para ler, para estudar, e assim, eu leio e estudo. Eles me dizem para fazer alguma coisa, então eu faço. Eu faço isso especificamente porque me disseram para fazer. Em outras palavras, eu me subjugo perante o grupo e o estudo com todas as minhas forças. Eu aceito este domínio como se abandonasse a mim mesmo, avançando assim em direção à correção do meu nível inanimado.
Afinal de contas, o meu nível inanimado não pode se mover por si só. Portanto, a única maneira de fazer isso é ter amigos que me movem de fora. Para isso, eu tenho que estar em suas mãos.
Nisto ninguém tem quaisquer obstáculos. Todo mundo é capaz de realizar essas ações em si mesmo. A pessoa só se anula perante os outros e depende apenas disso. A anulação pessoal a coloca automaticamente em suas mãos. Mais tarde, será solicitado que ela realize ações baseadas na interdependência e cooperação, mas no nível inanimado ela só tem que renunciar a si mesma. O desejo cresce, as interrupções aumentam, há maior confusão junto com controvérsia, e a resposta para tudo isso é a anulação pessoal. É preciso abaixar sua cabeça repetidas vezes e, assim, avançar. Esta é a primeira fase no nosso caminho.
Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/04//13, “Introdução ao Livro do Zohar”
do blog do Dr. Michael Laitman Ceder Ao Domínio Dos Amigos
quinta-feira, 11 de abril de 2013
125 Graus De Revelação
Pergunta:
Cada um de nós já preencheu sua medida de esforço pessoal, e somente se
nos conectarmos por meio de um pequeno golpe coletivo, vamos avançar. O
que significa esse golpe coletivo? Eu tenho que esclarecer o estado
geral de todo o grupo, em vez de meus esclarecimentos pessoais?
Resposta: Um
golpe não é um esclarecimento mental, mas um esforço em nosso coração, a
fim de sermos incorporados um no outro, a fim de nos conectarmos e nos
dedicarmos à sociedade, de modo que eu possa atrair a Luz que Reforma
aos amigos. Isso é o que cada indivíduo deve fazer por todos.
Nós estamos num círculo, e se todos se anulam e acrescentam seu
desejo a esse círculo, então podemos construir uma determinada zona de
doação geral, do desejo geral, dentro do círculo. Todo mundo se anula,
restringe-se ao nível da primeira restrição (Tzimtzum Aleph – TA), numa Masach (tela), e tenta estar em estado de doação a todos.
Acontece que nós construímos um coração e mente comum entre nós que é
semelhante ao Criador. A força de doação, a Luz, aparece de acordo com a
equivalência de forma. Toda esta zona coletiva que está cheia de Luz é
chamada de alma geral, porque a Luz que preenche o vaso é chamada de
alma ou revelação do Criador.
Esse padrão continua durante todo o caminho. Existem 125 graus do meu
ego: do 1º ao 125º grau. Eu os descubro um por um, restrinjo cada um ao
nível da primeira restrição, então a Masach, o estado de pequenez, e, depois, o estado de grandeza, enquanto sou incorporado em todos. Este é o nosso trabalho.
Assim, ao subir acima do meu ego, eu construo 125 graus de ascensão, a
entrada no coração coletivo geral, em todos. Em seguida, isso se torna o
mundo de Ein Sof (Infinito) para mim, isto é, cheio da Luz de Ein Sof.
Onde posso eu descubro isso? Na conexão com todos os amigos, a qual
toda a humanidade se junta mais tarde. Atrás de cada um de nós estão
milhões de outras pessoas que se juntam a nós e se conectam através de
nós, que estão incorporadas na força geral coletiva que formamos.
Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/03/13, Escritos do Baal HaSulam
do blog do Dr. Michael Laitman 125 Graus De Revelação
terça-feira, 2 de abril de 2013
Fixar Os Olhos Na Meta
Pergunta: Qual é o significado da frase, “Tudo o que deve ser recolhido é como se já tivesse sido recolhido”?
Resposta: Isto
significa que tudo está diante de você desde o início. Todas as coisas
que você está prestes a descobrir já existem. Quando uma pessoa nasce,
ela gradualmente descobre coisas novas para si, e lhe parece que não
existiam antes. Esta é a forma como ela se sente. Mas, na verdade, tudo
já existe; nós só precisamos preparar nossos Kelim (desejos), e os limites correspondentes do universo serão imediatamente revelados neles.
Em geral, para toda a realidade que está diante de nós é necessário apenas adicionar a intenção de doar, a Luz de Hassadim, e nessa medida nós descobrimos a realidade perfeita. Falta-nos apenas isso.
Portanto, eu não tenho a intenção de corrigir a atual realidade
corrompida. Eu tenho a intenção de adicionar o atributo da fé, o
atributo de doação, à minha relação com tudo. Esta é a correção: a fé
acima da razão.
Assim, eu não preciso me corrigir desde dentro. Eu simplesmente
preciso sair de mim mesmo e me conectar com o que está lá fora. Tudo já
está diante de você; o problema é que você não está lá, fora de si
mesmo. É necessário realizar esta ação, sair de si mesmo, e daí esta
realidade se tornará sua. Hoje, você ainda não está pronto para
revelá-la, mas ela existe. Você só precisa “colocar os óculos”, a fim de
vê-la.
Nós construímos o Kli espiritual acima do desejo de receber,
acima da impureza. O “Faraó” não desaparece, o desejo de receber
permanece. Além disso, ele permanece em sua forma bruta, e no final o
“coração de pedra” é adicionado a ele. Mas nós precisamos nos elevar
acima dele, superá-lo.
Eu protejo a impureza (Klipa) que cobre o meu desejo de
receber; do mesmo modo, a casca protege a fruta até que ela amadureça
totalmente. Caso contrário, a fruta vai apodrecer, e eu não vou atingir a
minha completa correção. Eu construo todo o meu relacionamento com a
realidade, enquanto a casca protege o meu desejo de receber: “Não basta
desaparecer para mim. Meu ódio, ciúme, crueldade, preguiça, todas essas
coisas permanecem, eu preciso de vocês”. É como se eu envolvesse minhas
características egoístas em algum pacote, e saísse com elas para
fora. Por outro lado, se elas desaparecessem, eu ficaria com nada, e não
teria nada sobre o que construir a mim mesmo.
Pergunta: Portanto, como é que uma pessoa sai de si mesma?
Resposta: Para
isso, é necessário chegar à total impotência. Depois, uma espécie de
buraco no
coração se abrirá para você, onde você sente que pode ir lá
fora – e você vai pedir isso. No entanto, você não alcançou a verdadeira
oração, você não foi “empurrado” o suficiente para encontrar o Criador.
Pergunta: Como é que uma pessoa chega à verdadeira oração para obter ajuda?
Resposta: Isso
só acontece depois que ela perde a esperança por completo, mas ela ainda
está no caminho. Por um lado, é necessário chegar a um estado de
reconhecimento do mal, e, por outro lado, reconhecer a grandeza da meta,
e manter essa diferença.
Primeiro, eu me sinto mal porque estou no estado egoísta. Este estado
é um mal insuportável para mim. Mas o problema não é que ele é ruim
para mim. Eu tenho que anular o meu “eu” e quero que isso seja ruim para
mim porque não estou pronto para doar ao Criador. Assim, o mal se
manifesta em oposição ao amor pelo Criador. Em segundo lugar, eu
reconheço a grandeza da meta, que para mim é bondade.
Quando eu agarro esses dois extremos, eu alcanço a verdadeira oração, um pedido por correção.
A meta é tão grande aos meus olhos que não consigo abandoná-la. E
todo o tempo a minha preocupação é que a grandeza só cresça ainda
mais. Finalmente, eu agarro os dois extremos: a grandeza da meta e o meu
atual estado ruim.
Aqui deve haver a pressão do grupo, que me dá a consciência de que a
grandeza da meta é dar satisfação ao Criador. Então, eu começo a pensar
em como fugir do meu atual estado ruim, que é ruim especificamente
porque estou longe da meta.
Estas são as condições que precisam ser formadas dentro de mim. Por
isso eu tenho tudo: o grupo, o Criador, as fontes… Mas a consciência da
importância da meta é a chave para tudo (1), é anterior a todas as
outras condições. Eu preciso estar focado na meta e, em todos os
estados, olhar apenas para ela, para me aderir somente a ela. Então,
como resultado, eu realmente preciso de um grupo, de um professor, dos
estudos e da disseminação.
Afinal, “o fim de uma ação está em seu pensamento inicial”. A meta me
obriga a tudo. Aspirando à meta, eu entendo que não posso viver sem o
ambiente, porque vou atingir a meta especificamente entre os amigos. Eu
sei que não posso conseguir sem o professor, porque ele me mantém no
caminho junto com o grupo e traz a Luz que nos preenche. Eu entendo que
não posso ficar sem livros, porque com sua ajuda eu aprendo o sistema
espiritual e me desperto. Quando eu estudo, é como se eu estivesse nesse
sistema, e atraio de lá a Luz que Reforma. Finalmente, eu percebo que
não posso viver sem a disseminação, já que o grupo é uma pequena parte
do vaso coletivo da humanidade, com o qual também preciso me preocupar.
Tudo deriva de perceber a importância da meta. Eu interpreto para mim
mesmo o estado final em que eu, o grupo e o professor estamos unidos
com toda a humanidade, de tal forma que todo o sistema espiritual nasce
entre nós. Suas Luzes vão nos encher e amarrar a todos numa única Malchut
do Mundo do Infinito. Nela, nós vamos revelar Aquele que a gerou, a
Raiz que produziu as quatro fases da Luz Direta. Este é o Criador.
do blog do Dr. Michael Laitman Fixar Os Olhos Na Meta
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