quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Multiverso


Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do Newsweek Magazine): “Os últimos desenvolvimentos em cosmologia apontam para a possibilidade de que o nosso universo é apenas um dentre bilhões.
“Na época Einstein, a possibilidade de que o nosso universo pudesse ter saído de forma diferente era um quebra cabeças que os físicos podiam ter cogitado por muito tempo depois do dia em que pesquisas mais séria fossem feitas. Mas, recentemente, a questão passou da periferia da física para a corrente principal.
“Ao invés de apenas imaginar que o nosso universo poderia ter propriedades diferentes, os defensores de três desenvolvimentos independentes sugerem agora que há outros universos, separados do nosso, a maioria feitos de diferentes tipos de partículas e governados por diferentes forças, preenchendo um cosmos incrivelmente vasto.

“O multiverso, como é chamado este vasto cosmos, é um dos conceitos mais polarizadores que tem surgido na física nas últimas décadas, inspirando discussões acaloradas entre aqueles que propõem que ele é a próxima fase em nossa compreensão da realidade, e há aqueles que afirmam que é um total absurdo, uma farsa nascida de teóricos que deixam suas imaginações correrem soltas.

“Notadamente, a análise matemática também revelou — e é aqui que entra o multiverso — que à medida que o espaço se expande o combustível cósmico se reabastece, e tão eficientemente que é praticamente impossível usar tudo. Isso significa que o Big Bang provavelmente não seria um evento único. Em vez disso, o combustível não seria apenas a potência da explosão que deu origem ao nosso reino em expansão, mas também o poder de inúmeras outras explosões, cada uma produzindo seu próprio universo separado em expansão. Assim, o nosso universo seria uma única bolha em expansão habitando um grande banho de espuma cósmica de universos: um multiverso.

“Através de anos de observações cuidadosas de galáxias distantes, as equipes coletaram dados sobre como a taxa de expansão do espaço mudou ao longo do tempo. E quando eles completaram a análise, todos quase cairam de suas cadeiras. Ambas as equipes descobriram que, longe de abrandar, a expansão do espaço se intensificou há cerca de 7 bilhões de anos e tem  acelerado desde então”.

Meu Comentário: A Cabalá diz que tudo é percebido em uma pessoa, em sua qualidade de receber, e que sentir um universo diferente significa aceitar as suas qualidades, de doação, ao invés da atual, de recepção. A Cabalá nos presenteia com esta oportunidade.

do blog do Dr. Michael Laitman O Multiverso

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Um Jogo Interminável


A Never Ending GamePergunta: Durante o processo de educação, a pessoa tem que aprender certos modelos de comportamento. Quais são esses modelos de comportamento?

Resposta: Esses modelos de comportamento são as leis de comutação, algo semelhante à tabela de multiplicação. Antes de tudo, é a disponibilidade de cada um de entrar no outro, sentir o outro como seu parceiro no mesmo processo de ajuste.

Quando encontramos pessoas em nosso mundo egoísta, entramos num determinado contato com elas. Por exemplo, nós sorrimos a fim de estabelecer primeiro uma conexão puramente visual e, depois, emocional. Só depois é que começamos a perceber o outro mais de perto. O mesmo acontece aqui.

Quando falo de grupos e sociedades, estou me referindo a uma infinidade de grupos, que irão se familiarizar um com o outro, conectar e trabalhar em conjunto, seja por fundindo-se ou misturando-se um com o outro, a ponto de criar enormes convenções e festivais, quando diferentes grupos com a mesma preparação reúnem-se e realizam determinadas ações mútuas.

Em outras palavras, aqui nós já estamos lidando com milhares de pessoas num determinado espaço limitado, que devem interagir entre si. Ao mesmo tempo, nós podemos envolvê-las em estados e jogos especiais de modo a superar uma variedade de problemas e processos. Além disso, estes problemas e processos devem ser naturais e não artificiais. Por exemplo, de repente falta luz, ou surge certo perigo, ou o contrário, surge certa oportunidade, ou seja, alguém acha um tesouro em algum lugar. Como é que vamos interagir nesta situação?

Nós criamos diferentes condições de jogo e emoção para elas, nós tentamos tirá-las dos hábitos altruístas que elas estão acostumadas e as fazemos dependerem umas das outras  mais uma vez, o mais egoisticamente possível. Ao mesmo tempo, observamos como elas superam esses estados, e depois os esquecem, e mais uma vez tentamos estimulá-las, para lembrar e sair de seus egoísmos, na tentativa de encontrar novas forças internas para situações totalmente inesperadas.

Existem muitas oportunidades para as pessoas aqui. Eu acho que a coisa mais importante é trabalhar com estas situações, porque como uma criança, quando a pessoa joga, ela finalmente se corrige, corrige sua natureza. Nós pensamos que isto é apenas um jogo, mas na realidade esta é uma enorme meta universal para corrigir o egoísmo humano, além do qual nada mais existe. Todo o resto é a natureza inanimada,  instintiva.

Da “Discussão sobre Formação Integral” # 16, 27/02/12

Do blog do Dr. Michael Laitman Um Jogo Interminável

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Causa E Efeito

Dr. Michael LaitmanPergunta: A ilha do Haiti demonstra muito bem a irreversibilidade das leis da natureza. Durante muitos anos, ela foi um país florescente com um clima maravilhoso e uma infra-estrutura relativamente desenvolvida. No entanto, cinco anos atrás o terremoto a atingiu, e a comunidade internacional investiu trilhões de dólares na restauração da ilha.
A ONU organizou ajuda global, e parecia que tudo ia ficar bem e a vida na ilha iria voltar ao normal. Mas descobriu-se que mesmo os enormes recursos que foram dirigidos a ela não puderam evitar o caos e a destruição.

Este é um exemplo claro que uma vez passado certo ponto, a natureza humana torna-se irreversível.

Resposta: Isso confirma mais uma vez que, antes de tudo, é necessário educar a população. Somente então, dependendo da extensão da formação, dirige-se mais a população no sentido da formação da nova interação social. O problema da ilha do Haiti não pode ser resolvido apenas com a injeção de dinheiro. Se esses fundos não tivessem sido fornecidos, os habitantes da ilha teriam saído sozinhos dessa situação.

Comentário: Nem toda a ilha sofreu danos com o terremoto. Mas aqueles que ainda tinham casas e podiam se alimentar da pesca se mudaram para cidades de tendas da ONU onde o alimento era dado gratuitamente. Clãs controlados pela máfia colocaram toda a ilha sob seu poder. Tropas da ONU se movem apenas a luz do dia em tanques porque os bandidos estão por toda parte. Esses bandidos aniquilam cada tentativa da ilha de sair da situação atual.

Resposta: É o que já foi feito na África.

Vou repetir de novo: a educação, um sistema de educação universal, deve preceder todas as transformações. Se não quisermos que a humanidade avance através de brutais crises e guerras mundiais, nós temos que primeiro organizar um sistema de educação por nós mesmos!

Você diz que a causa de tudo é a crise. Portanto, nós devemos mudar a sociedade e a natureza humana, torná-las integrais e interconectadas. Eu acho que aqui as nossas opiniões diferem sobre qual é a causa e qual é o efeito.

Do meu ponto de vista, a causa é o movimento da força da natureza que está constantemente empurrando-nos para o novo estado evolutivo. Uma vez que já passamos por todos os nossos estágios evolutivos anteriores, agora estamos nos movendo em direção ao próximo. A próxima etapa da humanidade é a globalidade, a integralidade. A natureza está movendo tudo para a integração, para a equivalência consigo mesma.

Assim como tudo na natureza (como, por exemplo, os diferenciais de pressão e temperatura) está se movendo em direção à coordenação e entropia, o mesmo processo está acontecendo com a humanidade. Ela tem que se mover em direção à integração, porque a natureza está nos forçando e, assim, causando em nós a crise que temos hoje.

Não fomos nós que causamos isso, mas o contraste do nosso estado atual da sociedade com o estado que devemos alcançar. Isto é o que nós sentimos como crise.

Do programa de TV “Cidade Experimental: Saindo da Crise” 03/02/12

Do blog do Dr. Michael Laitman Causa E Efeito

Regras Principais de equivalência com a Natureza

Regras Principais de equivalência com a Natureza

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Método Para Revelar O “Ponto Cego”



Pergunta: Quando especialistas trabalham com pessoas, eles frequentemente encontram qualidades numa pessoa que é óbvia para todos, mas que a própria pessoa não percebe que as tem. Em psicologia, este fenômeno é referido como um “ponto cego”. Essas qualidades podem ser discutidas e reveladas para as pessoas nos grupos de educação integral?
Resposta: Isto não vai funcionar. Você só pode falar sobre isto de uma forma totalmente indireta, dizendo que todos nós experimentamos este estado, e não você ou eu.
Está escrito em todos os artigos sobre educação integral, que durante o processo de transição de um estado egoísta para um estado altruísta, nós começamos a entender, perceber e compreender que há coisas que atualmente não percebemos, certos “pontos cegos” peculiares. Mas eles existem na realidade. As pessoas à nossa volta os vêem em nós; elas entendem que, até agora, não percebemos que nós existimos nestes “pontos cegos”. É como se uma grande luz estivesse me cegando e eu não fosse capaz de ver nada, mas os outros pudessem ver muito bem a mim e tudo à minha volta.
Geralmente, a pessoa sempre existe num estado como este, mas nós só podemos falar disso de acordo com o nível da pessoa. Não podemos apontar diretamente para esse “ponto cego”, mas podemos guiá-la indiretamente a este estado, levando-a a uma rota alternativa. Mas nunca diretamente, isso não vai funcionar; pelo contrário, só vai piorar o estado.
Ela deve perceber isto através dos outros, indiretamente, e experimentá-lo. Primeiro, ela deve encontrar os sentimentos necessários para este estado. Ela precisa aprender que não entende coisa alguma aqui, que há algo que ela não sente, e isso precisa doer.
Uma vez que isto começa a doer dentro dela, ela vai se sentir decepcionada, como se não entendesse coisa alguma, estivesse desorientada, e visse que algo está acontecendo em outras pessoas e ainda não está acontecendo nela; em outras palavras, ela deve começar a sentir inveja, ciúmes e orgulho. São esses sentimentos que normalmente a cegam, não a deixam ver. Todo mundo tem esses estados. Eles acompanham as pessoas até a completa correção. Sempre!
Mas nós devemos entender que esses “pontos cegos” são os estados que devemos corrigir. Este “ponto cego” deve sempre nos guiar para frente como a luz de uma lanterna. É por isso que o grupo e todos devem de alguma forma usar suas qualidades, atitudes e relacionamentos para descrecer-me a sensação do “ponto cego”, que eu falho em perceber em mim, e o fato de que estou cego pelo meu orgulho, meu egoísmo tolo e minha limitação, e é aqui que eu tenho que elevar acima de mim mesmo.
Este é um método muito complicado. Nós falaremos sobre isso no futuro e discutiremos as diferentes abordagens e soluções para ele. Nós temos que ajudar cada pessoa e toda a humanidade a ver este “ponto cego” diante deles. Em outras palavras, devemos ajudar a todos a perceber que esta “área ainda não ativada de compreensão” é o seu próximo grau; é através da compreensão do mal, da compreensão do bem, que você começa a perceber a bondade por trás do mal.
Mas, em geral, o “ponto cego” é simplesmente o nosso egoísmo óbvio, que não nos permite sentir que estamos nele. Acreditamos que tudo é normal e certo, e não sentimos que parecemos tolos e limitados aos olhos dos outros. Se nós estivéssemos sentindo isto, estaríamos ardendo de inveja, ciúme e orgulho, que nos forçaria a sair do egoísmo.
É por isso que devemos explicar com muito cuidado o método complacente de revelar o “ponto cego” de uma pessoa para ela.
Da “Discussão sobre Educação Integral” 27/02/12
Do blog do Dr. Michael Laitman O Método Para Revelar O “Ponto Cego”

segunda-feira, 14 de maio de 2012

As Tentativas Fúteis De Prender-se Ao Passado


Dr. Michael LaitmanAo longo da nossa curtíssima vida, o mundo passa por grandes mudanças. As pessoas estão totalmente confusas, a terra parece estar se transformando mais rápido do que podemos compreender. Será que perdemos o caminho e não sabemos para onde estamos indo? Ou, pelo contrário, estamos examinando a situação em que estamos como uma virada, levando-nos a um novo caminho pelo qual poderemos chegar a um novo nível?
Obviamente, há um período de incerteza na transição de um nível para outro, de um estado para outro, quando estamos entre os dois níveis, entre os estados estáveis, em total confusão. A humanidade se sente muito confusa nesses dias.
Estes são tempos muito especiais, porque estamos vivendo num novo mundo. Esta não é a vida que estamos acostumados a levar por muito tempo, nós não avançamos diretamente como fazíamos de uma geração para outra. Agora, há uma grande mudança nas relações entre as pessoas, em nossa atitude para com a família, a vida, o lugar onde vivemos, a nossa nação. Tudo mudou completamente. Apesar de não percebermos isso agora e assumirmos que ainda estamos vivendo no passado, acabou!
Quando começamos a olhar para a forma como nos perdemos, descobrimos um desejo especial que exige que encontremos a fonte da vida, para descobrirmos a razão de vivermos e por que mudamos. Se há um plano para nossa vida, um objetivo, e se é possível descobri-lo com antecedência. Será que é possível avançar em direção a esse objetivo da forma como costumávamos fazer há séculos neste planeta, sem suspeitar para onde nosso avanço está nos levando? Instintivamente, nós realizamos diversas mudanças e revoluções inteiras, e vivemos dessa maneira!
Nenhum de nós sabia o que estava acontecendo. Embora houvesse muitos filósofos e cartomantes, nenhum deles poderia prever e explicar o que estava ocorrendo.
Mas hoje, nós realmente precisamos disso. Nós não podemos continuar vivendo como costumávamos. Nós estamos vivendo um caos total. Nós sentimos que temos que descobrir o segredo da vida, o seu plano, e em que direção estamos nos desenvolvendo, porque sem isso nós estamos perdendo nossas fundações. No passado, nós sempre nos desenvolvíamos no âmbito da família, herdávamos tudo dos nossos pais e vivíamos para construir a nossa família e passar isso aos nossos filhos. É assim como a vida foi passada de uma geração para outra, em muitas famílias em torno de mim, e juntos avançamos ao longo de uma estrada familiar pavimentada. Mas hoje não sabemos mais nada.
Além disso, muitos cientistas estão abertamente advertindo que a nossa situação é muito perigosa, porque estamos destruindo nosso planeta e não temos nenhuma esperança no futuro, já que estamos esgotando todos os recursos naturais e fontes de energia. O mundo tecnocrático que construímos nos últimos 50 anos é resultado de ações destrutivas sem sentido. Nós estamos simplesmente matando a nós mesmos, tomando o que pudermos da Natureza e queimando tudo nela como se não houvesse amanhã. Embora ainda estejamos vivendo, é uma vida sem esperança, sem perspectivas de um futuro melhor. E o que é pior, nós estamos tão cegos que nem sequer nos preocupamos.
Na nossa geração, nós descobrimos um estado muito especial e uma pergunta muito especial sobre o sentido da vida que é evocada em nós e, na verdade, queima dentro de nós. Há pessoas que não conseguem relaxar e começam a pesquisar tentando diferentes métodos tipo “nova era”, de onde se derivam diferentes estudos de misticismo. Mas entre essas pessoas há aquelas que fazem perguntas mais sérias sobre o significado da vida e que querem chegar a uma solução realista e científica. Elas não acreditam em nada, e não contam com as palavras e histórias de outra pessoa, mas querem descobrir sozinhas o processo que estão prestes a atravessar.
Por um lado, elas querem compreender o passado: com que finalidade nós atravessamos esse caminho, não a partir do início da vida na terra, mas a partir da criação do universo? E não só para descobrir o que nos trouxe ao ponto em que estamos hoje, mas para saber como continuar a partir daqui: o que vai acontecer de acordo com o plano da Natureza de agora em diante? Existe tal plano e é possível descobri-lo, e vale a pena descobri-lo? Tudo depende se podemos influenciá-lo. Eu serei capaz de me dirigir corretamente? Esta é uma questão importante que teremos que responder.

Da Convenção no Brasil 04/05/12, Lição 1

Do site do Dr. Michael Laitman As Tentativas Fúteis De Prender-se Ao Passado

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Albert Einstein: “O Ser Humano É Parte Do Todo”

Albert Einstein: “O Ser Humano É Parte Do Todo”

Ser O Meu Próprio Instrutor


Dr. Michael Laitman
Nós esperamos que gradualmente alcancemos um nível de concordância na sociedade (no Estado), e entre as pessoas, quando elas começarem a entender que ninguém pode mudá-las, exceto elas mesmas, e que não serão capazes de mudar o mundo sem mudar a si mesmas; que o mundo é a percepção da pessoa, o seu próprio reflexo, e é por isso que é necessário jogar como se estivesse no futuro, de modo que este futuro se torne o presente. Como Kozma Prutkov disse uma vez: “Se você quer ser feliz, seja feliz”. Em geral é assim que é.

É por isso que um instrutor deve ser também um tipo de psicoterapeuta. Ele deve entender as pessoas muito bem e saber tudo sobre isso. Os instrutores devem concluir cursos e terem muita experiência. Eles precisam estudar fórmulas exatas de comportamento, mudança e reações humanas. Em outras palavras, o fundamento da sua experiência deve conter cenários específicos com entradas e saídas apropriadas. Eles devem entender o que estão fazendo com as pessoas e os tipos de reações que as pessoas podem ter, e precisam saber exatamente o que precisam para alcançar a saída.
Além disso, ao trabalhar com um grupo de adultos, também temos que transformá-los em instrutores enquanto trabalhamos com eles, porque cada pessoa, em geral, é seu próprio instrutor. E quando ela interage com os outros, verifica-se que todos estão instruindo uns aos outros. Em outras palavras, este trabalho tem dois lados, é o trabalho da parceria entre todas as pessoas.
E mesmo que no início haja instrutores, educadores, professores e metodólogos trabalhando com o grupo, o grupo recebe todo o método deles, toda a cadeia de mudanças que deve experimentar, todo o programa, todas as leis exatas de comportamento, as leis de influência e de permuta entre si. No final, todos no grupo chegam a um ponto em que podem aplicar este método em si e nos outros, e ativamente interagir com o restante, tendo compreensão exata de como se transformar sob a influência do grupo.
Em outras palavras, quando uma pessoa termina em qualquer cenário, ou até mesmo num cenário ocasional, ela sente exatamente como se comportar e corrigir esta situação para que ela possa influenciá-lo e fazê-lo ter uma influência correta sobre ela. Desta forma, ela sempre será capaz de trabalhar corretamente com o ambiente e, simultaneamente, torná-lo um instrumento para si e para o grupo que ela influencia.
Da “Conversa sobre Educação Integral” 27/02/12

Do site do Dr. Michael Laitman: Ser O Meu Próprio Instrutor

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O Homem Do Universo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Suponha que tenhamos um grupo de estudo integral, que precisa de alguma orientação, para que possamos dizer com o que ele deve lidar, qual processo vai passar. Com o que devemos começar?

Resposta: Para os novos membros deve haver conversas sobre o mundo, sobre a nova tendência, sobre a evolução baseada no ego, etc. Primeiro nós temos que preparar uma base teórica séria do ponto de vista prático da história humana, da sociedade e de nós mesmos. A pessoa é gradualmente trazida à pergunta “o que é o próximo?”. Suponha que tenhamos explorado o mundo moderno, o nosso desenvolvimento, o desenvolvimento do homem e de toda a natureza, e para onde está nos levando. Nós nem sequer percebemos a falta de livre escolha, a dinâmica do nosso desenvolvimento, e o colapso do ego como o motor, a fonte de nossa vida e do nosso progresso. Chegamos a uma crise, e agora?
Agora, é claro, existem diferentes objetivos na natureza. Nós estamos agora num desses cruzamentos em que temos que mudar totalmente a nossa atitude para com o mundo, porque o ego com o qual crescemos antes, de repente parou de funcionar.
Então, para onde isso está nos levando? Para a sua negação. Nós vemos isso em todos os problemas: depressão, drogas, terrorismo, e até mesmo crise na família e na sociedade. A coisa que mais nos machuca é a crise econômica, porque nós, como animais, nós precisamos comer e suprir nossas necessidades básicas. Aqui, nos encontramos num estado onde não seremos capazes de suprir as necessidades básicas, sobretudo no mundo que criamos ao nosso redor, um mundo que é uma imensa selva urbana, na qual todos nós temos que fazer algo a fim de conseguir o que precisamos.
É muito fácil destruir tal mundo. Ele é tão sensível à mínima incapacidade de se adaptar, que milhões de pessoas podem se encontrar privadas de alimentos, água e fornecimento de energia e outros recursos. Não podemos sequer imaginar quão delicado e frágil é o mundo que criamos, e se algo der errado, só um pouco, isso vai cair como um castelo de cartas. Tudo isso vai entrar em colapso e o que será de nós?
Como resultado do nosso desenvolvimento, nós chegamos a este estado muito instável. Você pode imaginar cidades ao redor do mundo com uma população de 20 milhões de pessoas, mas mesmo em cidades com uma população de dois milhões de pessoas, o que vai acontecer quando essas pessoas são privadas de alimentos, eletricidade, água ou sistema de esgoto? Este é o fim!
Há uma necessidade de cooperação mútua entre os países, sem a qual não podemos lidar. Nenhum país sozinho pode prover suas próprias necessidades. Assim, podemos ver que o mundo é realmente muito frágil e inseguro. Nós estamos mostrando às pessoas tudo isso, explicando a tendência geral e porque a natureza e o ego nos trouxeram a este ponto, para que possamos superar o ego, porque no estado atual não somos capazes de nos adaptar à natureza global integral. Como podemos estar mutuamente conectados a ela, ou seja, ser incluídos na sua integralidade, na sua esfera, em harmonia, com o nosso ego?
É por isso que precisamos de orientação; através dela nós podemos mostrar às pessoas que existe outra forma de se desenvolver. Quando mudarmos psicologicamente a nós mesmos e as pessoas, veremos que o mundo não de uma perspectiva egoísta, mas de uma perspectiva altruísta integral. Seremos capazes de formar uma sociedade totalmente diferente que vai estar em harmonia com todas as leis naturais. Depois, sem ter escolha, a pessoa, a família, a sociedade, o Estado, a civilização, e toda a humanidade, alcançarão tal harmonia com a natureza que nós vamos recuperar todo o frágil equilíbrio na terra, interna e externamente, com o resto da natureza. Isso só é possível quando a pessoa muda de individualista para uma pessoa do universo. É para esse estado que nós temos que levar para as pessoas.
Agora, vamos ver como isso pode ser feito: nós podemos deixar a perspectiva individualista e egoísta do mundo? Podemos mudar os óculos egoístas e ver tudo através das lentes integrais? O que vou ganhar com isso? Em outras palavras, eu tenho que cuidar de todos. Isso é possível? Eu não deveria cuidar de mim; isso é possível? Eu tenho que “sair” totalmente de mim mesmo? E quanto a mim, a minha família e meus parentes? Como podemos visar à cooperação mútua com os outros para que possamos formar uma sociedade unificada?
O que significa unificada? É quando cada um de nós não sente a si mesmo, mas só a sociedade, como as formigas, que só entendem a sua cooperação. Nenhum deles tem um papel separado, um objetivo separado, tamanho ou prioridade, mas todos são operados por uma mente coletiva, um programa, e meticulosamente realizam todos os pedidos do programa. Isso é possível? É para esse lugar que a natureza está nos levando. Em tal nível nós atingiremos total harmonia com ela.
O que ganhamos com isso? Embora soe um pouco como uma fantasia, nós estamos ganhando a sensação de eternidade, de infinito, porque todos os nossos sentimentos hoje estão dentro do ego limitado, enquanto que aqui vamos passar para um sentimento diferente, fora de nós mesmos. Então, a pessoa não sente mais seu próprio corpo bestial, subindo ao próximo nível, à próxima dimensão chamada de “humano”, que não se sentia antes. Ela não está mais em seu “animal”, mas sobe para um nível superior. Até hoje éramos realmente os animais mais desenvolvidos.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 17, 28/02/12

Do site do Dr. Michael Laitman: O Homem Do Universo